Telefone toca
"Antônio"
Amanda respira fundo, foram 3 meses de contato diário. Eram 24 horas por dia. Entraram juntos e saíram juntos.Era o 2 dia de distanciamento e a mente dos dois estava a milhão. Não esperavam a proporção de tudo. Programa, relação, vida.
Quando saíram descobriram o nível de expectativas do público e a frustração pela relação não ter acontecido dentro da casa mais vigiada do Brasil.
A chamada caiu. Amanda permanece encarando a tela do celular. Notificações de todos os aplicativos pipocavam na tela. Tantas que era humanamente impossível responder.
Victoria havia saído há alguns minutos. Ela estava no quarto de hotel completamente sozinha, eram por volta das 22 da noite. O dia havia sido muito cheio.
O telefone volta a tocar, na tela novamente "Antônio".
Ela sabia que eles precisavam conversar, mas... o medo a estava paralisando. Lembrava muito aquele dia 23 de fevereiro em que ele havia ido ao primeiro paredão, mas, agora era por outro motivo.
A cada momento livre ela via um vídeo, um edit, uma foto ou texto sobre eles e tudo o que ele havia dito sobre ela.
Nem nos sonhos mais distantes, nem nas histórias da Disney, utópicas e fantasiosas, ela imaginou que alguém a olharia dessa forma. Com essa delicadeza e amor. Lembrou de um dia em que falou a ele na academia do bbb uma frase que a marcou muito, algo como "Obrigada por me olhar devagar, porque nessa vida muita gente me olhou rápido demais".
Ele a enxergava melhor do que ela mesma, porém, o maior inimigo ainda era a insegurança (de ambos os lados).Olhou para a tela do celular, 2 chamadas perdidas.
Respirou fundo, tirou a toalha e entrou no banho, as lágrimas rolando enquanto ela pensava.O amava, era fato, mas a insegurança em se permitir, e acreditar que merece esse amor tão lindo, a deixava em estado de choque. Após longos minutos ela sai do banheiro, coloca um pijama e deita na cama de olhos fechados. O celular vibra, ela percebe que ele ligou mais uma vez e enviou uma mensagem de voz. Da play...
"Amandinha... oi. Amandinha, me atende... por favor, Amandinha. Eu... eu só... eu preciso te ver. Pode ser agora. Ou amanhã. Quando você puder na verdade... Eu tô confuso, sei que você também. Mas você sabe, você é minha prioridade, eu só quero te ver... Falar com você... Enfim, um beijo!"
Ela deu play novamente, e de novo, mais uma vez. Reparou em cada respiração. Nas pausas. No medo que a voz dele transmitia. Ela o amava ao ponto do peito doer. Mas, como? Vendo os vídeos parecia que era recíproco. Mas seria impossível. Logo ele? Com ela? Não tem como... não da.
Ela deu play mais uma vez de olhos fechados, notou a voz dele falhando. Ele provavelmente estava ansioso. Ela sabia que não atender deveria estar deixando ele louco, mas ela também sabe que isso ficaria muito pior se ele ouvisse a voz de choro dela.
O telefone toca mais uma vez, agora era chamada de vídeo. Ela atende. A câmera demora um pouco para focar e ele surge com os olhos baixos.
— Amandinha
— Oi... oi
— Que saudade
Ela ri, não esperava que ele fosse verbalizar o que ela estava sentindo. E foram só dois dias de distância.
— Eu também estou sentindo a sua falta. Acho que desacostumei de não estar na casa ou te vendo na cozinha.
Ele da uma gargalhada sincera.
— Eu posso cozinhar pra você.
— Eu adoraria.
— Amandinha?
— Oi?
— Eu posso ir ao seu quarto?!
— Eu...
— Nós precisamos conversar, sempre disse que conversa era a melhor forma de resolver tudo...
— Eu sei. - ela respira fundo- tudo bem...
A campainha toca, ela toma um susto e da um pulinho na cama. Olha pra tela com cara de surpresa e ele sorri.
— Eu apostei minhas fichas que você me deixaria vir.
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Dia 103 - DocShoe 🪢🔞
Fanfic⚠️ Alerta: • Contém sexo explicito • Contém palavrões • Short fic +18 Amanda e Antônio tem muito para conversar. Três meses se passaram e no dia 103 eles finalmente podem externar os pensamentos e desejos. Fanfic Docshoes 🪢