A tensão no escritório do clube era palpável enquanto esperavam pelo investigador de polícia. Patrícia não conseguia conter as lágrimas desde o momento em que viu seu namorado apunhalado de forma horrenda.
— Quem poderia ter feito isso com o meu Ricardinho, Marta? Não entendo... — Ela chorava, abraçada em sua amiga.
— Eu não... Eu nem consigo pensar...
Marta tentava apagar da memória a cena terrível que tinha testemunhado. Ao mesmo tempo, pensava em como teria que dar a notícia à sua tia e aos outros parentes que viviam em outro estado.
A porta se abriu e um homem calvo, acompanhado por uma mulher, entrou. Era o detetive Luiz Carpena e a policial Laura Vargas, encarregados do caso.
Ele pediu para conversar a sós com Marta por alguns minutos, enquanto Laura cuidava de Patrícia, que continuava inconsolável. Eles se sentaram mais afastados para terem um pouco de privacidade:
— Então, jovem senhorita. Qual é a sua relação com a vítima?
— Sou prima dele. Meu nome é Marta Gonçalves.
— Certo. E quem viu ele primeiro? — O detetive anotava tudo enquanto fazia perguntas.
— Nós duas. Chegamos juntos, e ele foi ao banheiro. Como demorava para voltar, achei melhor procurá-lo e... foi quando...
Ela não conseguiu mais segurar as lágrimas, cobrindo o rosto com as mãos e soluçando. O detetive Carpena esperou até que ela se acalmasse, pedindo que ela desse seu endereço e telefone para a policial e pedisse que Patrícia viesse até ele.
Assim foi feito. Em pouco tempo, Patrícia sentou-se onde Marta estava anteriormente e, enxugando os olhos vermelhos, esperou que o detetive fizesse suas perguntas.
— Você era a namorada da vítima? Qual é o seu nome?
— Sim, eu era! Meu nome é Patrícia Araújo.
— Pode me dizer por que subiram até onde ele estava? Vocês já sabiam que ele estaria lá?
— Não, detetive! Marta e eu estávamos procurando por ele, e o zelador sugeriu subir, pois algumas pessoas tinham o costume de ir lá fumar e... outras coisas. — Ela revirou os olhos.
— Outras coisas?
— Ah, você sabe como é, né? Algumas pessoas vão para namorar. Não que ele estivesse me traindo. Claro que não! Além disso, ele nem fumava! Não faço ideia do porquê ele resolveu subir lá!
Ela gesticulava, visivelmente perturbada, e o detetive notou isso.
— Certo, obrigado pela cooperação. Deixe seu endereço e telefone com a policial que estava com você.
— Posso ir embora agora? — Ela se levantou, ajustando sua saia de tule rosa.
— Sim, pode. Só mais uma coisa. Vocês estavam noivos?
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ASSASSINATO NA FOLIA
Short Story-ˋˏ ༻✿༺ ˎˊ- Todos dançavam ao som de carnavais passados. A folia, os confetes e as risadas ... Tudo enchia o ar com uma alegria contagiante. Alheios ao que acontecia fora do salão. Ninguém imaginava que havia um homem sem vida, numa noite tão col...