Morte em Meio a Folia

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          Todos ali estavam se divertindo ao som das músicas de carnaval. Os três bebiam, quando Marta fez um sinal discreto para Patrícia, indicando que ela deveria fingir estar distraída com os foliões, enquanto ela passava um guardanapo para o primo, convidando-o para subir até o terraço.

Ricardo enviou imediatamente e, poucos minutos depois, avisou as duas que iriam ao banheiro. Ele lançou um olhar sugestivo para a prima e desapareceu no meio das pessoas que dançavam na folia.

Marta, com um sorriso nos lábios, impacto-o, segurando sua pequena bolsa de tecido. Ela subiu as escadas com a máscara no rosto e o encontrou no sofá, com os braços apoiados pelo encosto. O sorriso de Ricardo era malicioso, convidando Marta a se sentar com ele. Comecei um beijo apaixonado, e quando ele se distraiu por um momento, Marta aproveitou a oportunidade. Com agilidade, retirou uma seringa sem agulha contendo cocaína e, com precisão, injetou todo o conteúdo em uma das narinas de Ricardo. Ele empurrou Marta no chão, um reflexo de defesa, fazendo com que ela perdesse a máscara no meio dos confetes. Dois garotos bêbados chegando a eles não deram muita atenção ao que estava acontecendo.

Ricardo começou a perder os sentidos rapidamente devido ao efeito da droga, e logo desabou no sofá. Marta sabia que se ele não morresse de overdose, Patrícia cumpriria sua parte usando o punhal que estava na bolsa. Marta desceu tranquilamente as escadas e fez um sinal com a cabeça para Patrícia, indicando que era a hora dela completar a tarefa.

Patrícia, apreensiva, olhou para Marta, procurando apoio. O medo cresceu dentro dela, mas já não havia como voltar atrás. Com um sorriso imposto, Patrícia deu as costas a Marta e, ao som de uma antiga marchinha de carnaval, atravessou a multidão em direção às escadas, sem olhar para trás.

Ao chegar ao terraço, descobri que não havia mais ninguém além de Ricardo, completamente entorpecido pela droga. Ela sabia que eu deveria agir rapidamente, seguindo as instruções que Marta lhe deu. Posicionou-se sobre ele, com as pernas em seu abdômen, e passou os dedos indicadores e médio sobre as costelas até encontrar o espaço entre elas, onde estava o coração. Sem hesitar, cravou o punhal com violência até que apenas o cabo visível.

Ricardo, mesmo em seu estado entorpecido, murmurou com dificuldade:

— Por quê?...

Patrícia, com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso cruel nos lábios, sussurrou:

— Porque você merece isso, Ricardo.

Ela esperou por um momento, recuperando o fôlego, enquanto virava o punhal até ouvir o último suspiro de Ricardo ecoar na sala. Então, num estranho frenesi, ela riu enquanto arrancava a aliança do dedo dele e saía dali com passos largos, deixando Ricardo dar seu último suspiro...

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