Capítulo 8

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Daemon narrando

      Sobrevoou o campo onde estão e quando Caraxes junto de Skyblack cospem fogo, eles correm para as cavernas me fazendo xingar com raiva. Olho para o meu filho e aceno para voltar, sinto que meu dragão precisa ser alimentado antes que despenque de fome. Voamos de volta para o nosso acampamento, ouço gritarem sobre a nossa volta e noto uma movimentação entre o nosso pequeno conselho de guerra. Aerion que parece o mais calmo dentre eles, desço de Caraxes conseguindo escutar as reclamações de Vaemond de longe.

– eu já não suporto esse homem, qualquer momento separo a cabeça dele do corpo - Vaegon fala ao descer de seu dragão que parece o verdadeiro Balerion, de tão grande que está. O encaro e lhe puxo pela armadura

– você, respire! Não quero ter que fazer um massacre por sua causa - falo sério e dou um tapinha de leve em seu rosto por cima do elmo, antes de me afastar o escutando respirar fundo - mas eu estou preste a fazer o mesmo com ele

     Me aproximo da mesa sendo encarado por todos, tiro minhas luvas e o elmo jogando na mesa, sentindo o cansaço me sobrepor e me encosto na mesa olhando para todos os homens que estão piores do que eu, analiso cada um deles, estamos perdendo. Se não fizermos algo, será o fim para todos aqui, olho de relance para Vaegon e Aerion que conversam entre si. Não posso decepcionar Adhara, eles tem que sair vivos daqui, nem que pra isso eu me mate.

– se você não tomar controle dessa guerra, meu lorde, seremos comidas para os caranguejos - Vaemond fala irritado e penso em Adhara, Daena e nos gêmeos que nem pude conhecer, Maegon e Maegelle. Bem provável que cada homem nesse campo tem família lhe esperando em casa, como eu tenho a minha me esperando. 

– príncipe Daemon! Trago notícia de vossa graça, Viserys Targaryen, primeiro de seu nome, rei dos andâlos e dos ronaires, e dos primeiros homens, lorde do setes reinos e protetor do reino - vejo o mensageiro de Kingsland anunciar se aproximando e me entrega, logo depois outra carta - e uma carta da princesa Adhara Targaryen, sua esposa

      Pego as duas entregas, abro a carta de Adhara primeiro, dando prioridade à minha esposa. Leio calmamente me fazendo olhar de relance para Vaegon que me encara confuso com a testa franzida, volto a continuar a ler a carta e suspiro com um leve sorriso nascendo em meus lábios, guardo a carta. Abro a de Viserys

    Irmão, ofereci dez navios e dois mil homens para zarparem de Kingsland para se juntar aos esforços em Stepstones. Embora o tempo e a circunstância tenha nos afastados, saiba que não desejo vê-lo falhar em seu curso, invés disso, minhas esperanças que está ajuda traga vitória que até agora nos evadiu. Eu rezo todas as noites para que retorne em segurança, para sua esposa e seus filhos.

Seu irmão e o rei.
Viserys Targaryen

     Ao termina de ler, devolvo para o mensageiro que me encara e me viro apoiando na mesa olhando para Corlys que arqueia as sobrancelhas em questionamento, encaro todos ao redor da mesa até os meus filhos. Sinto a raiva subir a cabeça junto com o cansaço que piora mais ainda e pego meu elmo de forma que nem o mensageiro reaja, começo a lhe bater fazendo os outros se aproximar para me fazer parar.

– chega! Para! - continuo sem me importar e só paro quando ouço a voz do meu filho

– pai, pai! Para! - Aerion me puxa junto a Vaegon e me afasto respirando fundo, passo pelos soldados. Sinto ser seguido pelo mesmo, chego na colina onde posso ter meu momento de paz - pai

– gostaria de ficar sozinho, Aerion - falo com a voz serena observando o mar estreito, o vejo ficar ao meu lado

– Laenor deu uma ideia que pode nos salvar - Aerion fala e fico em silêncio apenas o ouvindo - precisa de uma isca, alguém que vá até lá e se renda, ou finja se render... os segure por um tempo, até que a gente ataque, todos juntos de uma só vez. Acabar com essa guerra de vez, estou cansado pai.

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