ᴄᴏᴏᴋɪᴇs ᴅᴇ ᴇsᴄᴏᴛᴇɪʀᴀs

ᴜᴍ

Kim Taehyung pode ouvir o eco de batidas fortes por toda a casa, perturbando-o de sua escrita. Esperando que o infeliz que está à sua porta desapareça, ele o ignora, porém, minutos depois, o barulho vem novamente.

Taehyung continua esperando que desapareça, mas isso persiste e, eventualmente, ele não tem escolha a não ser descer as escadas, resmungando palavrões o tempo todo.

Ele abre a porta para encontrar uma jovem furiosa.

Sohyun não consegue acreditar na coragem do homem à sua frente. Ela ignorou seus erros assim como o resto da cidade, mas quando sua filha voltou para casa ontem chorando por causa dele; ela decidiu que não podia aguentar muito mais do jovem idiota.

Ele é tão antissocial e rabugento o tempo todo. Sohyun acha que deve ter algo a ver com seu passado, mas mesmo assim isso não lhe dá o direito de ser tão rude com as escoteiras que vêm apenas para vender biscoitos. Todo mundo passou por dificuldades no passado, até Sohyun.

Seu namorado morreu há vários anos no exército, deixando-a sozinha apenas com sua filha, mas Sohyun não reclama ou desconta sua raiva no mundo. Ela despreza o fato de Kim Taehyung ser tão egoísta, porque faz isso com pessoas inofensivas de sua pequena cidade. Mas ela ignorou; até agora.

Agora ela realmente vai corrigi-lo. Algo que ela provavelmente deveria ter feito anos atrás.

— O que foi? — dispara Taehyung, examinando a mulher de cabelos escuros; com uma franja roçando sua testa. Sua pele está pálida, apesar do sol quase todos os dias; e suas roupas simples acentuam seu corpo esguio. Em suma, ela é bonita. Talvez ele a use como inspiração para seu próximo romance.

— Senhor Kim, preciso falar com você sobre minha filha. — afirma Sohyun, cruzando os braços sob o peito com os olhos brilhando de raiva e determinação.

— Vá embora. Não conheço sua filha, senhora. E com certeza não quero falar com você sobre ela. — resmunga Taehyung prestes a fechar a porta na cara dela, quando uma mão bate na porta e a para.

— Bem, então me deixe falar e você escuta. Você pode realmente aprender algo útil.

Os olhos de Taehyung se estreitam e ele examina suas duas casas vizinhas para ver um velho fingindo regar seu gramado enquanto escuta a conversa.

Porra!

Taehyung começa a perceber rapidamente que a mulher não vai embora. E se ele não quiser fazer uma cena, ela terá que entrar e dizer o que quer que seja que ela tanto precisa.

— Espere. Você pode entrar, mas tem que dizer o que for preciso e sair em 5 minutos. Entendeu? — rosna Taehyung, passando a mão pelo cabelo.

É só quando Sohyun passa pelo homem que percebe o quão... gostoso Kim Taehyung é.

Omo! Ele pode ser totalmente recluso, mas ele com certeza se mantêm em forma. Seus braços estão nus e expostos na regata branca que ele usa. Onde o material branco gruda nele, Sohyun pode ver alguma definição em seus abdominais. Suas pernas estão em calça cinza que se inclina em seu quadril e se arrasta em seus calcanhares. Ambos, juntamente com a pouca barba por fazer completam sua aparência desleixada. Mas mesmo parecendo um desleixado, ele é lindo.

Pena que é o epítome de azedo, amargo e mal-humorado.

Taehyung fecha a porta da frente, mas se oferece para levá-la a lugar nenhum. Ele se vira para olhar para ela, com os braços cruzados sobre o peito.

— Cinco minutos. — exige.

— Minha filha voltou para casa chorando ontem à noite por causa da sua grosseria. Ela tem apenas 10 anos, pelo amor de Deus! Você não acha que poderia ter sido um pouco mais legal com ela?!