- Você e esse seu bando não passam de uns pogues de merda. - Rafe cospe as palavras na direção de Maya.
- Ah, Rafe... - Maya solta uma risada nasal. - Pense bem. Garoto rico e mimado, confere. - a morena fala, enquanto anda de um lado para o outro...
Esse capítulo irá abordar sobre crise de pânico e ansiedade, o que pode ser um gatilho para algumas pessoas. Se alguém for sensível a esse tipo de assunto, peço para que não leiam, ou pulem essa parte. Enfim, desejo uma boa leitura a todos!
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RAFE CAMERON
Depois de sair da casa de Maya, eu quase havia sofrido um acidente, o que me deixou ainda mais estressado. Após chegar na mansão, eu estacionei a moto de qualquer jeito e me sentei na mesma, tentando me acalmar antes de entrar em casa, para não receber um milhão de perguntas do meu pai, o qual eu estava evitando o máximo possível. Eu estava tentando entender o porque de eu estar tão estressado assim, afinal, eu já havia tido discussões com o Maybank antes, e isso nunca estragou o meu dia como hoje. Não sei, mas o fato dele estar na casa dela a esperando me incomodou. Esses pogues de merda estão mexendo com a minha cabeça, e eu não posso deixar isso continuar.
— Casa legal, Country Clube! — ouço a voz familiar de Barry e me viro imediatamente para encarar o mesmo.
— Droga, Barry. Que porra você está fazendo aqui? — olho para os lados, me certificando que não havia ninguém nos vendo e me aproximo do mesmo.
— Para uma pessoa que me deve tanto, você parece ter muito com o que luxar, cara. — ele analisa o local, parando seu olhar em minha moto com um sorriso cínico nos lábios.
— Você não pode ficar aqui, droga. — falo um pouco nervoso, na intenção de fazer o mais velho ir embora.
— Você parece nervoso, Rafe. — ele solta uma risada. — Vamos fazer assim: você me paga o que me deve, e eu vou embora sem te causar problema nenhum. — ele sugere, rodeando minha moto e parando a minha frente.
— Eu não tenho o seu dinheiro agora, Barry. — coço a cabeça com o nervosismo. — Mas eu vou te pagar, tá legal? Me da só mais um dia, e eu levo o dinheiro até você.
Barry solta uma risada nasal e abaixa a cabeça, balançando a mesma negativamente. Eu estava ainda mais nervoso do que antes, porque se Ward o visse aqui, me traria problemas ainda maiores. Olho ao nosso redor mais uma vez e parece estar tudo limpo ainda.
— Cansei de ser bonzinho, Country Clube. — ele aponta o dedo em minha direção e se aproxima, fazendo com que eu recue um passo para trás. — Esse é o último aviso. E isso, é para você saber que não estou brincando.
Em um movimento rápido, ele pega meu braço direito e o encosta no cano de descarga da moto, e uma dor absurda me consome, fazendo com que eu solte alguns gritos e tente me soltar, mas a posição não estava tão favorável para mim. Barry pressionava meu braço contra o tanque cada vez mais, até finalmente decidir me soltar. Me jogo no chão com o empurrão que o mesmo me dá, e no momento, não conseguia pensar em mais a não ser a dor que eu estava sentindo.
