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Victor Hugo.
Vulgo fantasma. 👻

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Assim que saímos da churrascaria o maldito do Mauricinho começou a ligar pra Caralho

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Assim que saímos da churrascaria o maldito do Mauricinho começou a ligar pra Caralho. Saco cheio desse comédia já!

Odeio dever favor, ainda mais pra bacana. Mas é isso, cumpro com minha palavra, sou sujeito homem.

- Agiliza Porra! ta achando que tá dando um passeio com a tua dona? METE O PÉ CARALHO!

Grito no ouvido do Meu parceiro, Caneta. O maluco é meu melhor piloto e amigo. Um dos únicos que confio nessa favela.

- Relaxa, Fantasma. nós tá dentro de casa! - Ele diz todo despreocupado com a voz arrastada.

A mano! Não me escuta nunca?

- Tu fumou né filho da puta? -Digo serinho olhando pra cara dele balançando a cabeça, sem acreditar.

Ele rir, depois bota a cara pra fora do carro pra ter uma visão melhor do pessoal lá fora. Nunca se sabe quem pode ta seguindo nos.

Olho pra mina toda se tremendo do meu lado. Porra, mó dó de matar essa gatinha. 

O outro mané, ainda hoje tá apontando a arma pra mina.

- Abaixa essa porra, talibã! Tá querendo matar nós, caralho?

Ele abaixa travando a M24.

- Aainda, esquecie! - Fala rindo.

O outro chapado de maconha também.

- Vocês não leva nada a sério mano. - Digo, puto.

- Vai me levar pra tua comunidade? - A gatinha pergunta.

Olho bem pra ela, me perguntando, porque um cara mandaria matar  uma mina dessa, mano?

- Vou!

- E quando vou poder ir embora? Você disse que iria pedir um valor para alguém meu... como vai ser isso? - Ela fala com a voz de choro.

O caneta entra na estradinha de areia que nos mermo que improvisamos pra passar despercebido dos verme, entrando no meu querido complexo da Penha.

No som começa a tocar uma música do cabelinho, me amarro no som desse moleque. Caneta também, por isso aumenta o volume.

MOLEQUE LOUCO Onde histórias criam vida. Descubra agora