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Eu jurei pra mim mesmo que eu não ia me apaixonar
Eu jurei pra mim mesmo que eu não ia me apegar
Mas foi só você chegar com essa marra no olhar
A cura do meu mundo, a luz no fim do túnel

Bem melhor - Mc cabelinho.

                          ***

Victor Hugo.👻

Me assusto caindo do sofá.

- Isso foi tiro! - O Talibã olha pra mim com mó olhão.

Ouço os papoco do foguete, o moleque avisando que tão invadindo.

Na mesma hora meu radinho toca.

- Fala, Edu!

- Mete o pé, mete o pé chefe! Os polícia tão pesadão subindo o morro! Tão atrás de um iPhone de uma mina que foi sequestrada.

Olho pro talibã e pro Gugu que já está em pé também.

- PORRA O CELULAR!

- CADÊ? - Gugu pergunta.

- Lá em cima!

Corremos os três um querendo passar pelo outro na escada. Tudo louco querendo dá logo um fim nessa porra. 

Como aqui só tem dois quartos, meu e da minha irmã, deixei a loirinha dormir na minha cama ontem a noite. Dormi no sofá.

Assim que ela ver a confusão dos cara procurando o celular no quarto se levanta assustada.

- Finaliza logo essa mina, porra! - Gugu fala puxando uma arma e me entregando.

Talibã encontra o celular e começa a quebrar no chão do quarto igual um louco .

Ela olha tudo assustada.

- Bora vazar! Deixa ela aqui. - Digo pra ele.

- Tu sabe que tem que matar essa mina... ela viu coisa pra Caralho!

- VAMO METER O PÉ, CARALHO! JÁ FALEI.

Nego confunde amizade...

- E ela vai ficar viva pra entregar nos tudo? Tu não tá pensando com a cabeça de cima, meu mano!

A gente inicia uma discussão ali.

- TU TA SURDO, PORRA? BORA METE O PÉ! ANTES QUE EU TE META UMA BALA! -  Aponto a arma que ele me entregou, na cara dele.

Que passa por mim e some. Talibã vai logo em seguida.

Encaro ela, em pé do lado da cama.

Olho cada detalhe... seus olhinhos assustados. A boca carnuda e vermelhinha entre aberta. A ponta do nariz vermelha por causa do choro. Tá vestida em uma camisa minha e uma cueca. Os cabelos meio bagunçado não lhe deixam menos linda...

Então corro. Corro pra Caralho! Mó medo de ser seguro. Tá doido! Aquilo ali não é vida não.

Pego minha moto, que é mais veloz e nela ninguém me pega! Corro igual louco. Rapidamente sumo pelo morro. Pego a estradinha de terra indo até minha boate.

A mesma que fomos ontem.

Me escondo por lá, sempre que o morro ta sujo.

Assim que chego lá, ligo pra Rafinha que estava na casa do filho da puta do namorado. Aviso ela o que aconteceu e onde estou. Digo pra ela ficar suave e não ir lá pra casa hoje.

Entro na minha sala e respiro fundo a MILHÃO.

Decido fumar um baseado. Passo um rádio pro menó que tá lá em baixo, pra ele trazer. E logo ouço batidas na porta.

MOLEQUE LOUCO Onde histórias criam vida. Descubra agora