Capítulo 30

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O ano novo da família Camilo foi diferente. Paulo André e Jade passaram no apartamento deles, de chamego. Jade estava com o braço na tipoia e muito marcada ainda, então preferiram ficar em casa. Diferente dos demais que viajaram, incluindo Duda e João que viajaram juntos e enquanto estavam nas praias da Bahia anunciaram o namoro, para total desespero de Paulo André que deu um xilique, chegando ao ponto de Jade ter que conter o marido. Mas aos poucos ele aceitou o namoro porque sabia que João era uma boa pessoa e cuidaria bem da irmã, e também porque Jade tinha ameaçado fazer uma greve de sexo caso ele se metesse no namoro dos dois.
As semanas passaram os hematomas de Jade sumiram e ela não estava mais com o braço na tipoia. Carl saiu do hospital e foi para a casa da filha, apesar de insistir que devia ir para a sua própria casa. Ele ainda estava abalado pela morte de Margareth, apesar de tudo que ela fez e de como o tratava, ela foi o primeiro amor da vida dele. Primeiro e único e ele estava sentido por saber que ela havia tirado sua própria vida.

Carl: Filha, podemos conversar? - Perguntou parado na porta do escritório, onde Jade estava desenhando. Ela finalmente inaugurou o ateliê nesse meio tempo e era um sucesso. Principalmente os vestidos de noiva. Todas queriam casar com um legítimo Jade Camilo.

Jade: Claro papai! - Disse deixando os papéis de lado e o pai se sentou na cadeira em frente a mesa.

Carl: Jade, eu sei que você quer que eu continue morando aqui, mas eu não posso minha filha. Eu atrapalho você e o Paulo André, apesar de não falarem, vocês são jovens, recém casados, precisam aproveitar esse tempo sozinhos. - Disse sincero e Jade negou com a cabeça.

Jade: Papai você não atrapalha em nada! Eu e o Paulo André queremos o você aqui, com a gente! - Disse carinhosa e dessa vez o pai negou.

Carl: Mas eu preciso viver a minha vida e deixar vocês viverem a de vocês. - Pegou a mão da filha sobre a mesa - Tudo que eu mais queria, era ter a tranquilidade de saber que você estava bem, com uma família zelosa e com uma pessoa que te ama e você tem tudo isso! Sei que está em boas mãos então, eu posso aproveitar o que me resta de vida para fazer o que eu não pude quando era jovem. - Disse e Jade assentiu, os olhos lacrimejando. Ela entendeu que o pai precisava fazer o que não pode quando era jovem, que ele precisava viver a vida dele e não viver a vida dela ou a vida que ela queria para ele. Estava na hora dele fazer as próprias vontades. Coisa que nunca pôde fazer quando ainda era casado com Margareth.

Jade: Eu entendo papai! - Se levantou e abraçou o pai apertado, as lágrimas rolando. - E eu espero que aproveite muito e seja muito feliz! Eu te amo!

Carl: E eu vou ser feliz! Eu também te amo estrelinha! - Disse ainda abraçado com a filha.

E assim dois dias depois Carl embarcou para a Suíça sabendo que poderia ir em paz e que a filha estaria bem, feliz e segura. Tudo que ele fez a vida toda foi para que Jade tivesse uma vida feliz e realizasse todos os seus sonhos.
E assim ele foi, com o coração tranquilo e a certeza de que fazia a coisa certa.

Alguns meses se passaram e Nina já se encontrava no oitavo mês de gestação de uma agitada menina que ainda não tem nome e esse era o motivo da discussão entre a família nesse exato momento.
Estavam todos na sala da mansão Camilo. Enquanto os demais discutiam, Jade tocava no piano sua canção favorita. Quando ela tocava, a melodia a levava para quando aprendeu a tocar, porque seu pai gostava.

Duda: Pelo amor de Deus Nina! - Bateu a mão da testa indignada - Patrick, você vai mesmo deixar a sua mulher esculhambar com o nome da sua filha? - Perguntou e Patrick deu de ombros. Já estava exausto dessa discussão. Estavam nessa a horas e nao chegavam em uma conclusão.

Nina: Eu sou a mãe e nem posso escolher o nome da minha filha, que alguém coloca defeito! - Disse exasperada.

Vivi: Mas Gabriela também não né? - Disse reclamando do nome que Nina escolhera - Você não tinha dito que queria um nome pequeno?

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