Capítulo 9

718 59 80
                                    

Naquela tarde Paulo André, Jade um juiz de paz e duas testemunhas se encontravam no escritório dele na empresa. Tinha uma papelada para ser assinada, revisada e homologada.
Estavam naquela sala a mais de duas horas lendo e assinando papéis, tornando aquilo tudo ainda mais exaustivo. A primeira cláusula do contrato dizia que assim que assinassem os papeis do casamento Jade passaria a ter o sobrenome do marido. Paulo André fazia questão que ela tivesse o sobrenome dele.
E nisso se foram mais algumas horas, quando terminaram de assinar tudo o céu já estava escuro.

Paulo André: Vá para casa e se arrume, vamos jantar juntos hoje. - Disse se levantando.

Jade: Muito obrigada, mas não! - Dispensou, também se pondo de pé. Só havia os dois na sala, os outros já haviam ido.

Paulo André: Acho que você não entendeu. - Riu debochado - Eu não estou te convidando! Eu estou te comunicando que vamos jantar hoje. Precisamos começar a aparecer juntos para esse casamento não parecer tão estranho.

Jade: E tem como parecer mais estranho do que já é? - Disse baixo questionando a si mesma, mas Paulo André ouviu e sorriu com a espontaneidade dela - Tudo bem! Eu vou jantar com você, mas faça parecer realmente que é um encontro! Você vai me buscar em casa e me levar flores e chocolates. - Disse divertida, dando uns tapinhas de leve no peito dele.

Paulo André: Vai querer que eu te dê o vestido e cozinhe pra você também? - Perguntou debochado.

Jade: Para esse primeiro encontro não, mas leve em consideração nos próximos. - Sorriu ao ver a cara de exasperação dele.

Paulo André: Te pego as oito. - Sussurrou próximo ao ouvido dela a fazendo arrepiar.
Se despediram brevemente e foram para suas respectivas casas se arrumarem para o encontro.

Jade já estava quase pronta, faltava só colocar o par de brincos de diamantes que havia ganhado de seu pai no natal. Ela usava um vestido vermelho curto, saltos dourados, os cabelos soltos com cachos, bem maquiada e os lábios vermelhos no mesmo tom do vestido. Estava impecável! Quando pegou a bolsa na cama sua mãe entrou no quarto e a olhou dos pés a cabeça.

Margareth: Vim avisar que o a jantar está pronto, mas pelo visto você vai sair. - Cruzou os braços e a olhou julgadoramente.

Jade: Sim. Eu vou jantar fora. - Disse olhando a mãe desconfiada.

Margareth: E eu posso saber com quem você vai jantar? Porque não estamos em condições de ficar jantando fora, e pelo seu traje imagino que vá com alguém. - Julgou novamente.

Jade: Eu vou fingir que não entendi o que você quis insuar ao dizer isso. - A olhou com nojo - Mas sim você pode sim saber com quem eu vou jantar. É com o Paulo André Camilo.

Margareth: Hum... vejo que já se adaptou bem a ideia do noivo. Parece que se casar por dinheiro não está sendo tão ofensivo assim como você fez parecer quando soube do contrato. - Despejou venenosa e Jade a olhou magoada e ultrajada, os olhos já enchendo de lágrimas.

Jade: Como você pode falar isso da sua filha? - Perguntou a olhando com desgosto - Você sabe muito bem porque eu aceitei isso! Não se faça de desentendida e nem coloque a minha moral em jogo! - Gritou e Margareth riu divertida. Jade a olhou negando com a cabeça e saiu daquele quarto o mais rápido possível. Não queria passar mais nenhum minuto na presença da mãe.
Assim que desceu as escadas, encontrou seu pai, que a olhou com carinho, aquecendo o coração da mesma. Tratou logo de se recompor para que o pai não notasse o seu nervosismo e que estava prestes a se debulhar em lágrimas graças a mãe, se é que poderia chamá-la assim.

Carl: Querida, você está deslumbrante! - A elogiou a pegando pela mão e a fazendo dar uma voltinha.

Jade: Obrigada papai. - O abraçou com ternura quando a campainha tocou - Eu preciso ir! Me deseje sorte papai.

I Wanna Be Yours Onde histórias criam vida. Descubra agora