Capítulo 50

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- Eu avisei pra você calar a boca. - Os olhos de Gabriela estavam arregalados e inundados em lágrimas. Ela piscou debilmente fazendo as lágrimas escorrer pelo rosto. Ela bambeou e caiu no chão inconsciente, o rosto e o colo lavado em sangue. Jade olhava atônita para a cena a sua frente. Ela não imaginava ter coragem de atirar em alguém e tinha acabado de fazer isso. Ela atirou na cabeça de alguém. Ela atirou na cabeça da mulher que tentou sequestrar seu filho, sequestrou seu marido e quase a matou. Ela não se arrependia, estava se sentindo bem mais leve na verdade.

- Amor! - Ela correu até o marido o soltando das cordas e tirando a mordaça de sua boca. - Eu tive tanto medo de te perder, tanto medo. - Se lançou nos braços do amado chorando muito. Finalmente colocando para fora o nó preso em sua garganta.

- Shiii... Eu tô aqui baby! - A aconchegou em seu colo beijando o topo de sua cabeça. - Eu te amo!

- Chefe, que bom que estão bem. Eu estava a espreita observando e pronto para tudo, mas nem foi preciso. A dona Jade foi mais rápida. - Disse entrando na cabana, acompanhado de sua outros seguranças e começaram a limpar a bagunça. - Vamos dar um jeito nessa bangunça.

- Obrigada Yashi! - Disse saindo daquela cabana abraçado a Jade que tinha o rosto escondido em seu peito para não ver a cena de Gabriela morta. Eles entraram no carro, olharam uma última vez para aquele lugar e por fim partiram. Esse era o fim de um tormento na vida deles, finalmente teriam paz.

Na cobertura de Paulo André, Mary andava de um lado para o outro preocupada com seu filho, ela pensava no que aquela louca poderia fazer com ele, em como Jade estava e muitas outras preocupações. Ela decidiu que ia ligar para Jade, ela precisava saber se estava tudo bem e assim que ela pegou o celular na bolsa, o elevador apitou e Paulo André passou pela porta do mesmo abraçado a Jade fazendo com que a mãe suspirasse aliviada e corresse ao seu encontro.

- Filho! Meu filhinho amado! Que bom que você está bem! - Disse aos prantos acariciando o rosto do filho com devoção - Eu fiquei com tanto medo do que aquela louca podia fazer com você meu amor. E a Gabriela? O que aconteceu com ela? - Perguntou.
- Está tudo bem mamãe! Não aconteceu nada de ruim. - Abraçou a mãe com ternura - A Gabriela não vai mais nos atormentar e eu prometo que nada de ruim vai voltar a acontecer com a nossa família. Prometo para vocês duas. - Disse olhando para Jade que assentiu. Era uma promessa mútua. Nenhum dos dois deixariam que nada de ruim voltasse a acontecer com aquela família e assim finalmente teriam a paz que mereciam.

Quatro anos depois...

- Eu avisei para você não ficar correndo por aí! - Paulo André disse sério ajudando Théo que estava aos prantos após um belo tombo, mesmo após o pai pedir para ele não ficar correndo. - Agora sua roupa está toda suja e sua mãe vai brigar com você e comigo também, porque era minha função não deixar que você se sujasse até a cerimônia. - Disse de forma dura e Théo arregalou os olhinhos úmidos pelas lágrimas, as bochechas vermelhas.

No auge dos seus quatro anos Théo Camilo era o menino dos olhos de seus pais. A pele morena, os olhos azuis e os cabelos pretos lisinhos, trazia para o garoto um ar angelical. Théo era o xerox da mãe, herdando do pai apenas o formato dos olhos, nariz e boca. Ele era obediente, inteligente e super amoroso com todos para o orgulho dos seus pais.

- Desculpa papai! - Pediu fungando e Paulo André sorriu. Ele se derretia todo com o filho, não conseguia ficar irritado com ele por muito tempo.
- Está tudo bem filho, eu sei que você só estava brincando. - Ajeitou o cabelo do filho que desgrenhou com a queda. - Agora você vai lá em cima com a sua babá se trocar. Sua mãe já estava adivinhando que você ia se sujar e trouxe uma peça de roupa a mais.
- Théo! Tá tudo bem? - Bella, aproximou do primo e do tio com Lousie do lado.

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