02 | Evol's Bordel.

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CAPÍTULO 02: EVOL'S BORDEL.
📍 Guryong, Seul.
09:00AM

Naquela noite não conseguiu dormir, passou toda a madrugada se revirando na cama enquanto chorava silenciosamente, sua cabeça latejava e sua garganta necessitava de água, mas tinha medo de descer e encontrar seu padrasto por lá

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Naquela noite não conseguiu dormir, passou toda a madrugada se revirando na cama enquanto chorava silenciosamente, sua cabeça latejava e sua garganta necessitava de água, mas tinha medo de descer e encontrar seu padrasto por lá. Seu rosto machucado doía, mas sua cabeça parecia 100 vezes pior.

Quando enfim conseguiu fechar os olhos, já eram seis da manhã, saberia que sua aparência de cansado iria transparecer, mas nada que uma maquiagem velha não ajudasse.

Seu pequeno celular, que praticamente só servia como despertador, estava programado para nove horas. E assim que tocou, Jimin sentou sobre a cama assustado, mas logo se jogou na cama novamente enquanto passava a mão no rosto.

— Droga. — chutou os lençóis, demorando um pouco para conseguir enxergar algo no quarto escuro.

Já tinha passado por dias piores, seu mecanismo de defesa falava.

“A preguiça é inimiga da vitória, o fraco não tem espaço e o covarde morre sem tentar.”¹ Foi pensando nisso que o garoto despertou-se, abriu a janela de madeira deixando o ar gélido adentrar o quarto, adora aquele friozinho que a maioria depreciava.

Jimin não queria diminuir sua dor, podia sim ficar melancólico quando bem-quisesse, mas esse não era ele, ao menos tinha tempo de ficar assim. Essa noite, ele ficou, e olha as consequências, quatro horas mal dormidas e agora tinha que trabalhar lavando roupas sujas da burguesia, esse era o tão adorado capitalismo?

O tempo não cansa², diziam por aí. Por questão de sobrevivência, não poderia cansar também. 

Agarrou uma calça jeans clara em seu guarda roupa e um moletom azul bebê que estava pendurado no cabideiro ao lado de sua porta. Pegou mais algumas coisas e caminhou até o único banheiro da casa. A porta do quarto da sua mãe e do seu padrasto estava fechada, por isso tentou fazer o mínimo barulho possível.

Quando adentrou o banheiro, fechou a porta no trinco e fez suas higiene antes de se banhar. Foi rápido para não perder o horário, e assim que terminou, recebeu uma ligação da sua vizinha.

— Oi, Sra. Kang. — saudou a mais velha.

— Oi, Jiminie... Liguei para avisar que não precisa mais buscar meu sobrinho, ele está indo na van da escola agora que seu pai está pagando.

— Ah, sério, Sra. Kang? — suspirou sabendo que não teria mais uma renda extra. — Tudo bem, muito obrigado por avisar, eu tenho que desligar, pois vou trabalhar agora, senhora. — avisou se sentindo mal por saber o quão solitária sua vizinha ficava quando seu sobrinho estava na escola. 

Vá em frente e chore, garotinho. | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora