01 | (Des)conhecido.

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CAPÍTULO 01: (DES)CONHECIDO.
📍 Guryong, Seul.
22:52PM

Chovia forte lá fora, por isso, alguns baldes estavam espalhados pela casa com intuito de amparar as goteiras

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Chovia forte lá fora, por isso, alguns baldes estavam espalhados pela casa com intuito de amparar as goteiras. O garoto loiro estava na cozinha vestido com uma camiseta grande envelhecida que caia pelos seus ombros, e um short que tinha desde sua pré-adolescência.

Estava pondo o café na garrafa térmica para que não esfriasse, e logo colocou um pouco numa xícara para poder esquentar seu corpo gelado. Já era tarde, mas ninguém havia chegado, quando acordou, seu padrasto já havia saído enquanto sua mãe ainda dormia sobre efeito de sedativo.

Sentou no banco da cozinha antes de suspirar e olhar o calendário, início de março, bebericou seu café antes de fazer a sua nota mental. Primeiro: buscar o sobrinho da vizinha na escola para ganhar alguns trocados, segundo: lavar roupas para outras pessoas, e por fim, procurar um prostíbulo ou bordeis.

Respirou fundo levantando para lavar sua xícara e logo depois ir até seu quarto arrumar alguns documentos que muito provavelmente nem precisaria, mas não sabia como agir, afinal, nunca pensou em ser um prostituto. Assim que lavou o que usou, foi em passos preguiçosos para a sala, presenciou a porta sendo aberta e a figura do seu padrasto surgir adentrado a pequena casa hedionda.

Pensou em ir para seu quarto rapidamente, mas ao ver que ele cambaleava e segurava uma garrafa de vodca ao lado de seu corpo, sabia que não iria adiantar. Engoliu a seco vendo o homem se aproximar esbarrando em alguns baldes pelo curto caminho.

— Eu preciso do... — arrotou enquanto falava embolado. — Do dinheiro, Jiminie.

— Certo. — tentou encurtar aquela maldita conversa, não queria que acabasse como sempre.

— Você entende, não é? — se aproximou um pouco mais, fazendo o menor se afastar. — Eu tenho um conhecido, ele disse que as portas estariam abertas para você. — ele falou enquanto acariciava o rosto do menor que tinha seus olhos castanhos arregalados.

Sabia sobre o que ele estava falando, e agora não tinha volta, teria que ser um puto no bordel do amigo do seu padrasto.

No passado, o loiro teria empurrado seu padrasto e distribuído socos em seu peitoral, mas hoje em dia o que podia fazer? Apenas afastou a mão dele de seu rosto e assentiu passando a andar até seu quarto, mas seus fios foram puxados para trás, fazendo com que levasse suas mãos até às que o puxavam.

— Me solta, Donghae! — ditou um pouco mais alto ainda de costas para o mais velho.

— Escuta, Jimin. — ele falou rente ao ouvido do garoto que se arrepiou de uma maneira horrível. — Você vai naquela porra amanhã e vai cobrar o dobro, você não é o único garoto, mas é com certeza o mais bonito. — o hálito quente de álcool batia em sua pele, fazendo o garoto sentir uma imensa vontade de chorar.

Vá em frente e chore, garotinho. | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora