Que mulher encantadora

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  -Acorda!

Senti um chacoalhão.

Que isso? Estou sonhando?

Deve ser aqueles que a gente cai no precipício.

-Acorda Marilia.

Mas tinha uma voz de longe me chamando.

Foi no segundo chacoalhão que eu abri os olhos.

Levei a mão até os olhos esfregando.

-O que foi?

Falei não muito animada.

-Já são sete horas você deveria estar se arrumando para o colégio.

Olhei onde estava, estirada toda de mal jeito no sofá.

Mas o que? Parece que eu tinha deitado a menos de uma hora nesse sofá, como assim virei a noite?

-E desde quando ficou tão preocupado assim?

Disse seguindo o Fernando, ele pegou sua pasta na cadeira da cozinha e se virou me olhando.

-Não to preocupado nem um pouco, é só que a única coisa que você faz é estudar, então pelo menos faça direito.

Cruzei os braços.

-Me dê um cargo na empresa, que eu vou trabalhar facilmente.

Ele me olhou bem.

-Eu não preciso de você lá, ainda mais sendo uma adolescente folgada e sem formação.

Quando fui revidar ele saiu andando.

-Folgado é você, idiota.

Ouvi a porta bater e fui para o meu quarto que ficava no andar de cima.

Entrei e segui até o armário, abri a porta e escolhi minha roupa.

Uma calça jeans, com um rasgo no joelho, uma camisa preta de uma banda que curto, uma cueca branca e meu top.

Peguei a toalha e segui até o banheiro.

Não demorei muito no banho para não me atrasar mais.

Quando sai do box, me enxuguei, vesti a cueca e o top, depois minha calça e a blusa.

Voltei para o quarto e sequei rápido meu cabelo com o secador.

Depois sentei na cama e coloquei meu tênis branco.

Me levantei, caminhei até a cômoda, passei meu perfume, peguei minha mochila e desci.

Quando cheguei na sala de casa, no chaveiro peguei a chave da moto e sai de casa.

Fui até a garagem abrindo o portão e lá estava minha belezura.

Uma Harley Davidson branca.

Meu xodó.

Minha mãe me deu quando fiz quinze anos, mas passei um ano sem poder dirigir porque só pude tirar a carteira com dezesseis.

Mas que sorte que ela deu, porque se fosse depender do Fernando eu andaria de a pé hoje em dia.

Entrei na garagem e montei na moto.

Coloquei a chave na ignição e liguei.

O ronco do motor me excitava.

Sai com a moto, com o controle fechei a garagem e segui rumo o colégio.

*****

-Até que enfim né querida.

Foi a primeira coisa que ouvi da minha amiga quando cheguei no colégio.

Ela me esperava, afinal somos um duo inseparável.

A Namorada Do Meu Padrasto (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora