O tal plano

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Pov Maiara

-Quando eu tinha dezessete anos, conheci o Mario.

Assenti para que ela continuasse.

-Foi paixão à primeira vista, éramos jovens, ele era um pouco mais velho que eu, tinha uns vinte e dois anos, eu ainda estudava, mas ele já tinha se formado e a vida dele era viajar. Então nos conhecemos e nos apaixonamos. E eu logo me formei, mas aí que veio os problemas.

-Por que?

-Ele queria que eu fosse viajar com ele, viver pelo mundo, e eu até cogitei, mas meu pais não aceitaram... hoje eu até entendo, que pai deixaria uma loucura como essa.

-E então vocês terminaram?

-Não! Foi uma longa semana ele fazendo de tudo, ele até pediu para os meus pais, mas além deles não deixarem também não aprovaram nosso namoro, ou seja, tudo piorou.

Caraca que bad.

-Foi uma semana muito difícil, meus pais não deixavam eu sair e nem nada do tipo, mas um dia consegui sair escondida e encontrei com ele, tivemos uma noite incrível, inesquecível.

Ta bom, talvez eu não precisasse saber de tanto.

-E eu prometi a ele que no outro dia fugiríamos juntos.

Prestava atenção como se assistisse um filme.

Até porque a história parecia de um.

-Mas então o meu pai descobriu, eu não sabia, mas ele tinha colocado um detetive para me vigiar e no dia anterior quando fugi, essa pessoa me seguiu e contou tudo para o meu pai e foi quando ele me deu o veredito.

-Que foi?

Perguntei ansiosa.

-Que se eu fosse ao encontro dele, o meu pai iria destruí-lo e ele era muito influente aqui na cidade, tinha amizade com o delegado daquela época, eu sei que ele conseguiria. Então ele fez além de eu não ir embora com o Ian, fazer uma ligação e terminar de uma vez por todas, dizendo que tinha mudado de ideia que preferia fazer faculdade e que tinha percebido que ele não valia tanto a pena, como largar todo o luxo que tinha com minha família para ir embora com ele.

-Caramba que pesado.

-E ficou pior.

-Conta!

-Ele não me procurou mais depois da ligação, ele realmente acreditou e foi embora, só que quinze dias depois eu descobri que estava grávida.

Arregalei os olhos.

-Que história Ruth.

-E tem mais, eu tentei ligar para ele, e contar que nossa historia de amor nunca tinha sido mentira, que eu tinha sido obrigada a falar aquilo, que ele ia ter uma filha comigo e eu queria que minha filha tivesse um pai, mas ele não atendeu mais, tenho para mim que ele nem tinha mais aquele número... e mesmo anos depois eu tentei o procurar na internet, mas nunca encontrei.

-E seus pais aceitaram a sua gravidez numa boa?

-Quando tudo isso aconteceu o meu pai conseguiu uma vaga em uma universidade de Tallahassee rapidamente para mim e eu acabei indo sem contar, eles ficaram sabendo apenas quando voltei já no verão seguinte com a Marilia de dois meses de idade.

Dei um sorrisinho de lado imaginando ela bebê.

-E eles surtaram!?

-Obviamente!

Demos risada.

-Mas eles não tinham muito o que fazer e tiveram que aceitar, mesmo falando que eu não deveria ir atrás do Mario, com coisa que eu já não tivesse tentando né. Depois de três anos o meu pai faleceu. Um ano depois a minha mãe. Eu então terminei minha faculdade e voltei para a casa dos meus pais.

A Namorada Do Meu Padrasto (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora