eighteen

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Caroline olhou para Renata que lhe lançava um olhar curioso, e ao mesmo tempo carregado de malícia como quem procurasse entender o que havia acontecido. Caroline revirou os olhos e voltou a encarar as ruas de Nova Iorque, era domingo e havia uma movimentação um pouco menor do que nos outros dias, o dia ainda era cinzento e frio, não lhe espantava nem um pouco pelo tanto que havia chovido na noite anterior.

- Não vai mesmo me falar?

- Eu já te falei tudo Renata, por Deus.

- Então por que não me avisou? Eu poderia levar uma roupa para você. - Carol revirou os olhos por estar tocando no mesmo assunto novamente.

- Porque eu não queria que você saísse no meio daquele tempestade.

- Eu tenho a leve impressão que você usou isso como desculpa.

- Vá se foder, Renata!

[...]

Rosamaria ouviu seu telefone tocar, e com dificuldade se arrastou até o mesmo. Depois que Gattaz saiu a modelo voltou a dormir por mais algumas horas, estava exausta e sentia seu corpo dolorido.

- Alô?

- Rosa? Podemos conversar?

A voz conhecida soou do outro lado da linha, fazendo a italiana se castigar por não ter lido o nome antes de atender.

- Claro, Caterina.

- Precioso que seja pessoalmente.

- Eu...eu não sei se é uma boa ideia...

- Por favor, eu imploro!

- Caterina não temos mais o que conversar, se quiser me dizer algo que seja por telefone -- disse perdendo sua paciência.

- Rosa, eu só preciso que você me escute!

Rosamaria suspirou derrotada.

- Onde você está?

- Próximo ao seu antigo prédio, em 5 minutos estou chegando.

Rosmaria desligou o telemóvel e o jogou sobre o colchão, fazendo o mesmo com seu corpo. Se levantou após alguns minutos pensando se sua decisão em ouvir Caterina havia sido a correta, de qualquer forma ela conhecia Cate e sabia que a mulher não seria capaz de aprontar algo. Vestiu uma roupa rápida e amarrou seus cabelos num rabo alto e volumoso. Em poucos minutos a campainha foi tocada e Rosamaria se aproximou para poder abrir a porta.

Assim que o fez teve a imagem de Caterina com uma expressão diferente do que ela estava acostumada, seus olhos estavam fundos e seu rosto deixava exposto toda exaustidão da mulher. Quando Bosetti deu um passo para entrar na casa Rosamaria a barrou com seu corpo, fazendo a mulher lhe lançar um olhar incrédulo.

- Também não posso entrar na sua casa?

- É melhor assim. Nada que você me falar pode ser tão longo assim.

- Eu não sei o que eu fiz para você passar a me tratar dessa forma, sinceramente, passei as duas últimas noites pensando se de fato eu havia feito algo mas nada me vinha a cabeça...eu gostaria de saber, talvez assim eu pudesse me desculpar e... -- Rosamaria a interrompeu.

- Você não fez nada, Caterina. As coisas simplesmente mudam, e não temos muito o que fazer sobre isso. O tempo que eu passei com você foi incrível, mas não podemos continuar com isso!

- Por quê?

- Porque não seria verdadeiro.

Caterina balançou sua cabeça positivamente, buscando compreensão nas palavras da italiana. Abriu sua bolsa e tirou dali uma pulseira de prata com um pingente de um trevo de quatro folhas e o estendeu em direção a mulher.

YOU (Adaptação Rosattaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora