forty one

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Narrator's point of view

Caroline de desatrelou do abraço que tinha com sua irmã Renata para abrir a porta principal da casa, ela e o restante de sua família acabavam de chegar do enterro de seu avô e o clima não poderia estar pior. Deu espaço para que sua mãe e seu pai entrassem, Cidinha parecia ainda pior do que ontem, e os remédios calmantes haviam a deixado com uma expressão de exaustão.

Mauricio exigiu que Carol passasse alguns dias com eles na casa, até que Cidinha se sentisse bem e até que Carol estivesse sã ao ponto de não cometer nenhuma loucura. No dia anterior assim que seu pai lhe contou sobre Marcela, Carol a procurou por toda a casa, como uma felina atrás de sua presa. Porém, Marcela deixou a casa antes que seu pai contasse tudo a Caroline, porque sabia exatamente do que sua irmã era capaz de fazer.

Caroline subiu as escadas ignorando completamente os chamados de sua irmã, abriu a porta do seu quarto e deixou com que seu corpo caísse sobre o colchão macio. Sentia seu corpo cansado, e suas vistas pesadas, havia sido de longe os dois piores dias de sua vida.

- Carol,.. -- Renata disse abrindo a porta - Vem comer, você não de alimenta desde ontem.

- Não estou com fome. -- disse seca, sem abrir seus olhos

- Desse jeito você vai passar mal.

- Eu não ligo.

- Pare com isso, Carol! -- Renata disse se aproximando, sentando-se na beirada da cama - Você está nessa cama desde ontem, só levantou para irmos ao enterro do vovô. Eu não suporto ver você assim, me diz o que eu posso fazer para te ver mais feliz?!

- Nada é capaz de me fazer esboçar um pingo de felicidade agora, Re. Eu acabei de perder meu avô, meu filho não é meu filho, minha mulher me traia com minha irmã e meu melhor amigo e Rosamaria me odeia. -- esbravejou - Não tem como eu me sentir feliz estando nessa situação!

Renata suspirou enquanto recebi um olhar tristonho de Caroline, a irmã mais nova se levantou e deixou o quarto sem dizer nada. Lhe doía não poder fazer nada para amenizar o que sua irmã estava sentindo, mas Renata conhecia uma pessoa que podia melhorar pelo menos um pouco o dia de Carol.

[...]

A porta da grande mansão de Mauricio foi aberta, e todos que estavam na sala se assustaram com quem estava ali. Era Ariele, a mesma tinha uma expressão raivosa enquanto segurava um papel em mãos.

- Onde está Caroline? -- berrou adentrando na casa

- Ariele... -- Mauricio disse se aproximando - Não é um bom momento.

- Estou pouco me lixando se é ou não um bom momento, eu quero falar com Caroline agora!

Mauricio e Cidinha trocaram olhares tentando encontrar alguma forma para que aquele encontro entre Ariele e Caroline não acontecesse. Mas era tarde demais, assim que Carol ouviu os gritos tratou de sair de seu banho e aproximar-se da escada, de onde encarou Ariele.

- O que está acontecendo aqui? -- Carol esbravejou encarando sua esposa

- Quero conversar com você! -- disse se aproximando da escada - Não pense que vai ser tão fácil assim me largar.

- Não temos mais nada. -- disse seca

- Você vai acreditar em Luis? Por Deus!

- Eu vou acreditar em Luis, assim como vou acreditar em Marcela. Eu tenho nojo de você!

- Disse a mulher que estava vivendo um romance com uma modelo de quinta! -- disse cínica - Chifre trocado não dói!

- Suma daqui! -- gritou - Agora!

[...]

Rosamaria deixou seu quarto e correu em direção a sala onde seus pais e Julia assistiam um filme, logo sua presença foi notada ali e ela não demorou muito para começar a falar.

- Julia foi você quem mexeu em minhas maquiagens?

- Não. -- a menor negou, mas em sua face era nítido que ela estava mentindo.

- mammina, Julia quebrou todas as minhas maquiagens! -- bufou se aproximando enquanto batia seus pés no chão - Eu não sei o que vim fazer em Veneza, ah é, me lembrei que eu não tive escolha.

- Compraremos outras, Rosamaria. -- Roque disse tentando apaziguar a situação

- Eu não sei como Candece aceitou toda essa loucura... -- murmurou irritada para si mesma

A italiana capturou seu celular que estava em cima da mesa e deixou a casa, hoje era um dia quente em Veneza obrigando Camila retirar suas roupas de verão do guarda-roupa. Após alguns minutos andando logo Rosamaria estava entrando no bar de seus tios, ela se aproximou da bancada e sentou em um dos bancos altos que havia ali.

- Pink! -- seu tio Luciano disse - Como está?

- Estou bem tio... -- disse recebendo do homem um beijo na testa - Só estou cansada de não fazer nada, essa ideia de voltar a Veneza é uma completa loucura. Quer dizer, eu adoro vocês e adorei revê-los, só que... Eu sinto falta de fazer o que eu amo!

- Você está aqui por necessidade. Seu pai me disse sobre o sequestro, e também sobre uma tal de Caroline... -- ele fez uma pequena careta divertida - Você gostava dela?

- O-o quê? Não! Claro que não! -- sorri sem jeito sentindo suas bochechas queimarem

- Pode me contar, eu não sou fofoqueiro como sua tia Cicy!

- Eu gosto muito dela, mas não posso gostar! -- suspirou - Talvez seja por isso que eu não tenha relutado tanto quanto vir passar esse tempo em Veneza, talvez assim eu consiga parar de pensar um pouco nela.- E está funcionando?

- Não. Não tem um segundo sequer que eu não pense nela, nem um! É como se eu tivesse perdido parte de mim, eu não queria sentir isso. Mas é mais forte do que eu!

O celular de Rosamaria tocou, e ela rapidamente o pegou e se assustou com o nome que apareceu na tela.

- Renata?! -- disse confusa

- Rosa, preciso da sua ajuda.

YOU (Adaptação Rosattaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora