Filme De Terror

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PVO Lady Sam.






































Aos poucos vou abrindo meus olhos percebendo que ainda estou na sala e que tudo foi real, bocejo levando a mão até a boca começando a esticar meu corpo percebendo que o pai de Mon provavelmente está encolhido no canto. Me acostumo com a luz do dia passando pela janela virando meu rosto vendo que meu celular estava no carregador mas não havia colocado, ele deve ter feito a gentileza de colocar já que havia me esquecido. Pego meu celular tirando do meu carregador vendo que estava em 100% o que me deixou feliz, desbloqueia a tela vendo minha foto com Mon sorridentes, estou sorrindo sonolenta agora. Vejo que era quase duas da tarde me deixando com os olhos arregalados... Eu dormi todo esse tempo? Acho que passei muito tempo acordada e estou ficando perdida nos horários, está tudo tão confuso mas não consigo achar ruim.

Deixo o celular no bolso da calça moletom tirando a coberta do meu corpo pronta para acordar o homem mas ele não estava mas no sofá, o lençol está dobrado sinal de que acordou primeiro e até organizou a louça que deixamos suja na mesinha, pisco algumas vezes raciocinando coçando meus olhos me sentando no sofá com as perna para fora. Me levanto começando a dobrar as cobertas e assim que termino carrego junto com os travesseiros indo até a escada, pelo caminho tento achar o pai de Mon mas não escuto nada vindo da cozinha nem do jardim, subo os degraus passando pelo corredor grande na esperança de ver o mais velho no meu quarto. Abro a porta do meu quarto mas não vejo minha nele apenas os lençóis trocados, me aproximo deitando o que trouxe nos braços em cima da cama batendo na porta do banheiro, mas nenhum sinal dele. Abro vendo que está vazio também soltando um suspiro, fecho a porta de madeira caminhando um pouco pelo meu quarto. Sento na cama macia juntando minhas mãos segurando uma na outra.

Ele foi embora pra casa, tudo bem, era o certo a se fazer.

Sei que não devo me apegar as pessoas por que a morte foi algo que aprendi desde cedo que existe, perder alguém é doloroso demais e machuca durante bastante tempo... Eu sei disso, mesmo assim acho que me acostumo rápido demais com a presença de alguém, era inevitável. Quando minha mãe morreu comecei a ficar mais sozinha do que o normal claro que Song tentava se aproximar mas quis me fechar, demorou muito para permitir que brincassemos juntas pois era difícil para ambas, foi quando percebi que Song estava muito triste e decidi que era hora de ser madura mesmo com tanta pouca idade. Nunca tive contato com mas ninguém na verdade Mon foi a primeira pessoa que quis ficar próxima de um jeito romântico, eu não gosto de pessoas entrando na minha vida por ter vivido uma perda tão nova tenho medo de que um dia as pessoas me deixem, seja por escolha ou por perderem suas vidas. Isso era assustador.

Lembrar da noite passada me deixa feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por ter tido uma experiência de pai e filha pela primeira vez e triste por que ele não era meu pai, infelizmente não podemos escolher nossos próprios parentes pois a vida séria mais fácil. Apesar da minha avó ter se esforçado para ser uma mãe, pai e vó ao mesmo tempo não era fácil esquecer as coisas. Eu imaginei algumas vezes meu pai sendo uma pessoa normal e fazendo coisas de meu pai junto com sua filha. Imaginei assistindo um jogo de futebol em um estádio, imaginei meu pai assistindo meu primeiro jogo de vôlei, me ver tirando fotos com Song na nossa viagem para o Canadá, pensei muitas vezes no meu pai me dando um beijo na testa antes de dormi. Eu imaginei tanta coisa que nunca poderia se tornar realidade. Eu nunca permito que meu pai se aproximasse de mim apesar de tentar muitas vezes apenas ignoro suas investidas, eu não consigo esquecer o que aconteceu naquela noite.

Ontem a noite foi a primeira vez que percebi que alguém tinha orgulho de mim mesmo não tendo o mesmo sangue, o pai de Mon me apoiou e elogiou minhas notas diferente da minha avó que apenas olhava e dizia que era a minha obrigação fazer aquilo pois não queria notas baixas. O homem apenas me apoiou dizendo coisas incentivando ainda mais os estudos, isso me deixou feliz só de lembrar que me convidou para uma noite de pizza, me deixou até de bom humor só de pensar. Quando assistimos jogo de futebol torcendo feito loucos, nos abraçamos comemorando o gol do Messi e Neymar foi uma boa memória de se recordar agora, rever os lances também era ótimo pois comentamos muito sobre o jogo e como adoramos ter assistir daquele jeito. Mesmo tendo perdido o primeiro tempo consegui rever os melhores lances, o homem do lado não sabia inglês e expliquei o que o comentarista falava, ele prestou atenção bem atencioso. Me lembrou um pouco sua filha agora entendo de onde ela tirou ser tão cuidadosa e gentil.

Rubber Of Love [SamMon MonSam]Onde histórias criam vida. Descubra agora