Fuga da morte pura sorte 2

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(Adivinha quem teve outro pesadelo com esse pó de osso e vai escrever outro capítulo sobre o pesadelo com ele? Isso aí!! A XUXA- ZOAS KKKKKKK, ainda bem que esse mlc(maluco) parou de me seguir nos meus sonhos (por enquanto), desistiu kkkkkkkk. Bom, só avisando que, como o capítulo é totalmente inspirado num sonho/pesadelo, é possível que algumas partes não façam sentido, já que meus sonhos não costumam fazer sentido, idependente do contexto.)









Escutando coisas.

Um piso velho de madeira rangendo desagradavelmente.

Respirações.

Vozes.

E um barulho de faca. Por que um barulho de faca?

Você estava acordando no quarto de uma velha casa de madeira, sem se quer saber como havia parado ali. Lhe doía a cabeça só de pensar como diabos você havia parado naquela casa, que estava quase caindo aos pedaços e pedindo socorro de tão empoeirada que estava. Teias de aranhas para todos os cantos, você sentia um arrepio na espinha só de imaginar que possivelmente, em algum canto da casa, poderia existir uma mãe aranha com suas centenas de filhotes.

Interrompendo seus pensamentos paranóicos, você chegou a tossir um pouco por conta da imensa quantidade de poeira que havia ali.

O problema não era estar sozinho ali, o problema era não estar sozinho, o que era o seu caso. Você não estava sozinho ali.

Sentando-se no chão para tentar entender melhor a situação, uma horrorosa sensação o preencheu. Juntamente a um mau-presságio e a sensação de estar sendo observado.

Não era de se surpreender que você estava sentindo essa sensação, acordar numa casa estranha, velha e desconhecida .

Instintivamente, você rapidamente se levantou do chão onde estava, e correu até a porta do quarto, que por sorte, ou azar, estava aberta.

Assim que esbarrou na porta, você escutou o barulho de algo fincando fortemente no chão, e alguns passos e risadas.

Assustado seu coração disparou e sua barriga esfriou. Virando-se para ver o que ou quem estava atrás de você, em questão de segundos os pânico já tomava o seu corpo, suas mãos tremiam, e suas pernas estavam bambas, sua respiração ofegante e de descontrolada.

Três esqueletos.

Um crânio quebrado.

Lágrimas negras.

Capuz. Dois olhos azuis, um dos olhos um pouco avermelhado.

A sensação de que você já tinha visto o encapuzado em algum lugar, lhe passou a mente. Não se lembrava de ter visto ele alguma vez na vida, mas a sensação ainda estava presente. Mas já com ele, ele parecia se lembrar, parecia se lembrar de já ter o visto.

Encarando mais um pouco nos olhos azuis e avermelhados, você notou que o desejo de matar dele era grande. A fome por matança, a fome por sangue, principalmente o seu. Tudo isso descrito em um único olhar problemático e aterrorizante.

Você prestou mais atenção no encapuzado do que nos demais, a sensação de que ele era familiar pra você cutucava a sua cabeça. De todos os 3 que você sentia que queriam te matar, você sentia isso mais forte nele, como se ele estivesse prestes a finalmente te matar, depois de você tanto escapar dele.

Fugir.

Fugir, fugir é o que lhe veio a mente, fugir foi o que os seus instintos disseram, fugir foi o que o seu corpo implorou pra você fazer. Fugir foi o que você fez.

Você se encontrava fugindo, correndo, quase tropeçando, em direção ao quarto mais próximo. Eles também estavam correndo atrás de você, e para o seu azar, o corredor era apertado, então eles não estavam longe de você, mas felizmente não conseguiam te tocar. Era como viver um pesadelo temível e horrível, mas convenhamos, seria melhor se fosse apenas um pesadelo do que a realidade, não? Para o seu azar, era real. Você amaldiçoou mentalmente seja lá quem for que te colocou ali.

Você nunca pensou que estaria numa situação dessas, já se imaginou estando numa situação parecida, mas nunca se quer lhe passou pela cabeça que isso realmente pudesse acontecer.

O piso velho e apodrecido de madeira sendo pisoteado e por pouco não quebrando, mas mesmo assim, fazendo um barulho alto e extremamente desagradável.

Finalmente chegando no quarto, você fechou a porta e a trancou, na cara deles, vendo pela pequena janela na porta, cada um deles bater ridiculamente com com a cara na porta, por não terem tido tempo o suficiente para pensar e parar de correr. Você teria soltado uma risadinha pela cena, se não estivesse tão apavorado na hora.

O encapuzado. De novo o destaque nele. Olhando cara a cara. O sorriso ainda largo e estampado no rosto do esqueleto do outro lado, ele batia na porta, para que você a abrisse, o que você não faria nem se lhe pagassem. As batidas foram ficando cada vez mais forte, e não foram apenas dele, os outros dois também fizeram a mesma coisa. A casa era velha, lhe assustou pensar que a porta poderia não ser tão resistente.

Três esqueletos batendo na porta, Deus, você estava muito encrencado.

Olhando agora, ao redor, para ao menos saber onde raios você se encontrava e o que tinha a sua volta, viu que o quarto onde você estava tinha uma janela aberta. E uma cama, qur ficava ao lado da porta.

Você correu em direção a janela e...Santo Deus...Era uma altura imensa, você morreria se caísse dali.

Certo, que situação miserável. Uma casa caindo aos pedaços numa altura imensa. Três assassinos do lado de fora da porta. E claro, não menos importante, as diversas aranhas na casa. Não que uma ou outra lhe incomodasse muito, mas você certamente odiaria se encontrar cercado por centenas de aranhas com centenas de filhotes.

Você perdeu o controle do seu pânico, se é que você tinha algum controle. Vendo a cama como uma última opção, você se deitou no chão, ao lado dela. Sabia que o esqueleto encapuzado estava te olhando e você olhou de volta.

De repente, você ouviu o rangido do piso aumentar. O barulho insuportável se tornou cada vez mais alto e mais presente, fazendo você arrepiar novamente. Logo o piso abaixo de você.

Seus olhos pesaram, seu corpo pesou. E enquanto você apagava, o piso onde você estava caiu, junto com você, fazendo um grande buraco no chão do quarto.


Você simplesmente apagou, por mais que estivesse caindo, você não conseguia continuar acordado, você se deixou levar.


𝗖𝗲𝗻𝗮́𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗨𝗻𝗱𝗲𝗿𝘁𝗮𝗹𝗲 𝗲 𝗨𝗻𝗱𝗲𝗿𝗮𝘂'𝘀Onde histórias criam vida. Descubra agora