Não costumo escrever textos felizes. Geralmente acaba tudo em morte, em despedidas, nas coisas mais mórbidas.
Acho que há uma primeira vez para tudo.
Lembro-me do dia em que te conheci. Nas circunstâncias mais banais do mundo. Pareceria algo aborrecido escrever todos os pormenores, mas a verdade é que a beleza da vida está nas circunstâncias banais em que conhecemos as pessoas.
Conheci a pessoa mais importante da minha vida na escola. Algo banal, mas importante. É disso que a vida é feita.
Passando à frente, lembro-me de ficar nervosa sempre que passava por ti, o que não era normal. Apesar de nos termos conhecido numa banalidade da vida, nada em ti era banal. Eras perfeitamente interessante e eu tinha um medo surreal de não achares o mesmo de mim.
Lembro-me de eu te dizer que não era interessante. Respondeste que não concordavas e que eu era perfeitamente interessante. E conseguiste deixar-me nas nuvens só com essas palavras.
É incrível como uma pessoa nos pode afetar desta maneira.
Lembro-me daquele primeiro beijo maravilhoso. No local mais banal do mundo, na circunstância mais banal de sempre, encontrei a felicidade.
Ou talvez a felicidade me tenha encontrado a mim, quem sabe?
Tudo o que sei é que passe o tempo que passar, nunca ninguém terá o teu lugar.
Dizem que, quando é o amor da nossa vida, sabemo-lo. Também sei isso. E sei que és tu.
Mas acho que quando se ama alguém, sendo-se humano, difícil é não se ter medo. E o meu maior medo é perder-te. Apenas a ideia de te perder dá-me vontade de fugir.
Amo-te tanto. Cada segundo que passo longe de ti dói como se eu fosse ao inferno e voltasse. Afinal de contas sempre dissemos que íamos ao inferno um pelo outro.
Tenho saudades tuas e nem sei mais o que escrever. Mais uma vez um texto meu arrastou-se para a tristeza. Mas não deixa de ser sobre a felicidade, sobre toda essa felicidade que eu sinto quando estou contigo.
Um brinde ao quão bem tu me fazes.
Para sempre.