A jornalista

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-filho da puta!- A mulher gritou no momento em que saiu da porra da delegacia. - Desgraçado! Puta merda! Eu vou arrancar o pau desse playboy do caralho. Aqueles policiais desgraçados nem sequer quiseram ir atrás da denúncia sem fundamento dele!

-Você é uma jornalista. Eles conhecem o seu tipo. -Yachi disse, segurando a mão do irmão mais novo de [nome].

-Eu não sou uma jornalista investigativa e muito menos escrevo tablets de fofoca, Yachi.

-Você sabe que gostaria.- A loira revirou os olhos, sabia que a melhor amiga ia fazer um drama por um bom tempo, mas porra, essa é uma situação que sugere um drama!

Ela nunca tinha sido acusada de invasão de privacidade, e isso era o pior, porque [nome] já morava ali há muito tempo e não era para espionar aquele jogador desgraçado! Não era culpa dela se ele não percebeu isso porque estava sempre distraído com algo ou alguém!

-Vamos amigão. - A jornalista ajudou o irmão a colocar o sinto de segurança.

-Mana, você foi presa?

-Não.

-Você fugiu da prisão?

-Por acaso eu tenho cara de quem cometeria um crime, As?- A jovem levantou as duas sobrancelhas para o mais novo.

-bom, se for algo relacionado a violência.

-Sem doces pra você.

-Qual é, eu tava brincando, mana!- Ela abafou as argumentações do pequeno Ascian assim que bateu a porta do carro.

Yachi suspirou pra amiga.

Amanhã mesmo eles teriam que ir até o complexo da MSBY BJ, e a loira com certeza estava preocupada com o profissionalismo de [Nome]. O que era um insulto, afinal ela já tinha sido xingada e quase agredida algumas vezes por fãs do que chamavam de vítimas do Diabo a cada jornal que estampava alguma opinião ou observação de [Nome] sobre alguma celebridade . Era o trabalho dela, não é que ela odiasse todos, era só que ela odiava mentir e era muito meticulosa, e isso as vezes refletia no trabalho dela.

-Não faça essa cara. Você me conhece. - A mulher apontou a chave do carro para a loira mais baixa.

-Conheço. Mas eu também conheço o Atsumu, esqueceu?- Yachi enrugou o nariz.

-Tá, tá.- A jovem espantou o assunto com as mãos, intensificando a careta da amiga.- Eu não vou bater nele, nem xingá-lo na revista, vou fazer meu trabalho. Eu não sou tão irresponsável assim.

-Eu sei. É que eu sempre fico tensa quando você precisa ir até a polícia.- A loira mirou a criança distraída no banco de trás, [Nome] sorriu cansada, não menos furiosa do que antes, mas cansada.

-Eu sei. Obrigada por ter ficado com ele, eu não queria que ele visse tudo de novo, preciso que ele confie em mim.

-Você está se saindo bem, sabe disso.

-São três anos, eu pego o jeito rápido.- Ela deu a partida no carro, vendo a loira entrar da SUV da namorada, e então foi até o prédio.

No dia seguinte, após a entrevista fudida com o MSBY, e[Nome] ocupou sua cabeça com várias coisas, terminou alguns artigos e levou seu irmão aos treinos a noite. Ela precisou passar em um restaurante e pedir comida para os dois, e embora soubesse que não era muito saudável para o seu irmão comer comidas rápidas, ela ainda ficou brava pelo olhar que recebeu das mães que buscavam os seus filhos no ginásio.

Já eram oito da noite, não cozinharia esse horário, além do mais ela teve um péssimo dia, e Ascian com certeza reclamaria da comida dela.

Quando ela finalmente chegou no prédio, pode respirar, e enfim se preocupar em arruinar um pouco Atsumu.

505, or 506Onde histórias criam vida. Descubra agora