My Demon Companion

Princess Alicia

Alicia caminhava lentamente com a sexta cheia de frutas e vegetais em direção a sua casa, ouvindo ruídos e rosnados, seus olhos escuros e curiosos vagam pelo lugar notando um pequeno beco, ela se aproxima, parando assustada ao notas um par de olhos vermelhos intensos se abrindo em sua direção.

O vampiro sentado sobre o concreto frio rosnava como um animal em fúria, seus pulsos estavam presos em correntes claramente sobrenaturais, sua pele pálida saltava todas as suas veias pretas como carvão, suas presas imensas e assustadoras apontadas para fora, prontas a matar qualquer um.

Alicia nota um grande pedaço de madeira em sua cintura, o que com certeza deveria doer de mais, até para alguém como ele.

— Ei! Qual é seu nome? Eu me chamo Alicia e moro logo ali! Isso parece bem ruim mas fica tranquilo, não é capaz de te matar, eu posso soltar essas amarras e tirar isso, mas ainda iria precisar de algumas ervas para que não fique fiapos, mas precisaria atrasar sua cura e...

— A sua voz é muito bela minha dama! Acho que tão bela que adoraria fazer todos de meu castelo ouvirem seus gritos, mas ficaria mais feliz se suas belas mãos arrancasse essa droga logo, eu cuido do resto!| O homem a interrompe, sua voz soa baixa e dolorida, Alicia fica encantada com o quão bela a voz do homem era, se aproximando mais usando sua magia para soltar as correntes logo puxando a estaca, ouvido um baixo gemido contido de dor.

— Caralho!| Exclama dolorido, enquanto se levantava lentamente, o homem olha a mulher mais baixa que si, reparando no quão adorável e bela ela era. Alicia se levanta começando a sentir-se levemente desconfortável com a diferença de tamanho deles, e de como de repente ele pareceu tão assustador a olhando de cima como se ela fosse um pequeno animalzinho insignificante prestes a ser morto.

— Prazer minha bela dama, me chamo por Arthur! Arthur visconde!| Diz com a mão sobre o peito curvando se levemente voltando seus olhos intensos para a pequena mulher a sua frente admirado a sua beleza.

— Hum, você já sabe meu nome! Mas agora eu preciso ir! Você já se curou? Precisa de algum remédio ou..

— Ah sim minha linda! Estou muitíssimo machucado, você como uma boa feiticeira deve saber, eu preciso tanto da sua ajuda!| O homem faz drama se encostando na parede fechando os olhos, Alicia se aproxima assustada e extremamente preocupada.

— O, o que eu faço? Do que você precisa?

— Um beijo!

— Um o que?| Alicia mal pode terminar de falar ao ter seu corpo agarrado e repentinamente próximo ao do homem tão misterioso a sua frente, seus olhos se encontram, Alicia fica levemente assustada pela repentina aproximação, mas ao mesmo tempo ansiosa para que ele fizesse algo.

Arthur aproxima seus rostos os deixando a milímetros, seus narizes se encostam antes de, lentamente ele unir ambos os lábios dando início a um beijo lento e quente.

Alicia geme baixo sentindo o corpo frio de Arthur encostado no seu, ela separa seus lábios buscando recuperar o ar, balançando a cabeça desacreditada no que havia acabado de acontecer, dando as costas a Artur pegando sua cestinha de frutas e o deixando para trás.

— Não posso acreditar que uma dama tão linda seja desse tipo? É sério? Você só vai abusar do meu corpinho em um beco escuro e me deixar para trás? Ou, isso foi cruel!

— Isso é errado, tipo ao extremo! Extremamente errado! Quer dizer aonde já se viu beijar um completo desconhecido do nada? Tipo não julgando já que muitos fazem isso por diversão, mas tipo existe todo um padrão, um clima e um ambiente pra isso, não é só entrar em um beco escuro sem nenhuma contexto no fundo e...

— A sua boca é mais gostosa do que o sangue mais puro já encontrado, posso repetir a dose? Sinto que é uma nicotina que vai me viciar loucamente e que me trata uma sensação de dependência, mas eu gosto dessa ideia!

— Ter dependência em algo ou alguém não é algo legal, não deveria dizer algo assim!| Alicia diz baixinho o olhando de canto.

— Verdade, mas fodasse eu adoraria ter uma dependência emocional na sua bunda! Me desculpa pela falta de classe, mas já que estamos sendo sinceros aqui, vou desabafar também!| Arthur termina com um suspiro pesado enfiando as mãos no bolso de sua calça, descendo os olhos para as nádegas gordinhas cobertas pelo longo vestido branco.

— Que fala mais devassa! Não sabe como tratar uma dama!| Alicia diz com as sobrancelhas franzidas se virando ao homem, Arthur apenas da de ombros lubrificando os lábios ao olhar todo o colo e rosto da menor.

— Alias, quem é você e porque tá me seguindo em? Tá apaixonado!?

— Eu tô, pode me abusar! Eu deixo!| Arthur diz estendendo os pulsos para a loira, que bufa voltando a andar, tentando esconder um pequeno sorriso em seus lábios.

— Mas eu já lhe disse minha dama, me chamo Arthur visconde!| Arthur repete franzindo as sobrancelhas quando a menor para repentinamente de andar, dava pra ver as engrenagens de sua cabeça rodando enquanto ela parecia pensar profundamente em algo.

— Puta que... Lorde!| Alicia se corta repentinamente fazendo uma reverência em respeito ao homem a sua frente.

— Qual foi? Tá com torcicolo?

— Me perdoe minha falta de educação inicial meu lorde!

— Me pede desculpas só agora? Não estava tentando me violar ali atrás? Não desculpo não! Você será presa!| Alicia reclama irritada com a brincadeira idiota, enquanto o maior apenas ria.

— Para de bobagem, somos amigos agora, mas eu tava falando sério tá? Você vai ser presa, bem na minha cama!

— Cala a boca!| A loira volta a sua postura caminhando rapidamente.

— E o papo de respeito?

— Um vampiro não deveria estar cassando uma hora dessas?

— Já achei minha presa perfeita!

— O que fazia naquele beco todo fodido?

— Arrumei briga com uns feiticeiros maconheiros, e depois apareceu um lobo, eles me amarram e o cachorrinho ia uivar para seus deuses lunais e chamar sua alcatéia!| Diz indiferente olhando suas unhas curtas.

— Que história, deveria respeitar as crenças alheias!| Diz chutando de leve a canela do homem que exclama dolorido.

— Aí! Eu respeito, tá? Mas odeio aqueles pulguentos! Que nojo!

— Aí o que? Você nem sentiu! .... E porque tá me seguindo?| Alicia diz ao perceber estar de frente a sua pequena casinha com o homem ao seu lado.

— Eu não disse que ia te prender na minha cama?

— Você tá prometendo isso tantas vezes que tenho medo que não seja uma brincadeira!

— Eu tenho cara de quem faz brincadeirinhas? Você me deixa entrar?

— Não.

— Nossa, eu que tô morto e você que é fria? Que ódio é esse?| Arthur espera Alicia dizer que era brincadeira, mas sua expressão seria não mudava.

— Que mulher má! Não pense que me esquecerei ou que irá se livrar de mim tão facilmente! Eu voltarei bela dama!

— Que Deus te acompanhe meu amor!| Diz acenando, Arthur se vira com um olhar mortal, a fazendo correr para dentro da casa rapidamente, Alicia observa os olhos malignos brilharem em vermelho rapidamente, e com um piscar de olhos Arthur já não estava mais ali.

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