Tom estava assistindo a um filme, juntinho de Lali, que estava com a cabeça apoiada no ombro dele.
Ao se dar conta de que ainda estava com ela, sentiu-se bem. Seu cheiro de erva doce era tão suave que lhe atraía.
O relógio marcava quinze para as nove da noite e Tom, sentiu-se um pouco triste, ao imaginar que Lali o deixaria quando voltasse ao normal.
- Já é um pouco tarde. Seu pai deve estar preocupado com você.
- Mas eu não quero ir! Eu quero ficar aqui, do seu lado pra sempre...
Eu também quero isso.
- Mas é que o Dr. Z...
- Você está me rejeitando? - Dobra o lábio inferior - Por favor, não faça isso, eu te adoro... - Implora.
Tom suspira antes de falar:
- Tá bom. Você fica aqui comigo hoje.
Lali fica feliz e sorri, o abraçando em seguida.
Enquanto isso, o Dr. Z fazia pesquisas sobre o monstrinho-cupido que havia capturado e que agora, estava preso dentro de uma cúpula transparente, em cima da mesa.
Ao ler o artigo em seu computador, Dr. Z compartilha com Morgume as suas pesquisas.
- Aqui diz que se trata de uma criatura chamada "Cupidus Apaexonadus Fatalys"! "A monstrinha" da paixão. - Diz, catalogango o monstrinho em seu computador. - Ele lança, através das suas flechas, altas substâncias de dopamina e feniletilamina, que são os hormônios da paixão.
Dr. Z olha para o lado e o monstrinho da paixão lutando para sair de dentro da cúpula, atirando suas flechas que atingiam o vidro e sumiam.
- Você fez um belo estrago. - Falou para ele. - Agora eu preciso criar uma fórmula "anti-paixão" e... Ah! - Sente alguém abraçando seu corpo- Morgume! Me solte!
- Eu te amo... - Beijava os pés do doutor.
- Ah, como eu vou conseguir trabalhar assim? - Põe a mão na testa.
Dr. Z começou a fazer várias poções e a testá-las em Morgume.
- Beba isto, Morgume. - Ele disse, dando um frasco para o seu assistente (e cobáia).
- O que é isso?
- Apenas beba.
Morgume tomou o líquido rosado, e Dr. ficou esperando a reação dele.
- Ah... - Arrotou.
- Agora me diga: O que você pensa de mim?
- Você é... Maravilhoso, inteligente, fantástico e...
- Não deu certo!
Dr. Z continuou a criar mais fórmulas e Morgume já estava passando mal de tanto beber os líquidos.
- Eu não aguento mais...
- Vamos, Morgume...
- O que a gente não faz por quem a gente gosta tanto? - Morgume disse antes de beber mais um frasco.
Perto dali, Tom jantava na mesa com Lali. Ele forrou a mesa e preparou um jantar para os dois.
Pôs até um jarro com flores no centro da mesa, para enfeitar e serviu os pratos.
Eles jantaram olhando um para o outro e tanto Lali, quanto Tom, estavam felizes.
- Eu sempre quis jantar na sua companhia, sabia? - Tom lhe diz.
- E por que nunca me convidou antes? - Lali pergunta.
- Nunca tive coragem. - Respondeu acanhado.
- Mas você deve ser sempre corajoso!
Eles riram.
Continuaram a se alimentar e a beber o suco.
- Ainda bem que aqui também tem comida pra humanos que nem eu. - Tom riu.
- Gostei disso que você me serviu. Como é o nome, mesmo?
- Ostras.
Tom a olhava comer e sorriu do jeito que ela fazia com as garras.
Mais tarde, era a hora de dormir e Tom forrou o colchão que era seu, para Lali dormir nele.
- Mas onde você vai dormir? - Lali pergunta.
- Eu dou meu jeito. O importante é você dormir de maneira confortável. - Pôs o travesseiro para ela.
- Obrigada. - Sorriu.
Depois de preparar a cama, Tom lhe disse:
- Boa noite, Lali.
- Boa noite.
Tom afastou-se e foi para o outro cômodo, a deixando ali.
Lali deitou-se no colchão que Tom havia lhe preparado, embrulhou-se com o lençol e fechou os olhos.
Tom não estava conseguindo dormir e por isso, foi para o lado de fora.
Ele sentou-se em uma pedra e olhou para o céu, que estava limpo e estrelado e ficou pensando na situação.
- Eu queria tanto que ela gostasse de mim de verdade. Que tudo o que ela me diz fosse verdade, como o que eu sinto por ela. Talvez eu seja mesmo um covarde, já que nunca me declarei pra ela, antes.- Suspiro.
Enquanto mantinha os olhos para cima, sentiu um cheiro familiar. Aquela fragrância de erva doce, que sabia a quem pertencia.
- Lali? - Ele diz ao vê-la - O que faz acordada a essa hora?
Lali senta-se a seu lado e lhe responde:
- Não conseguia dormir direito.
- Insônia?
- Não.
- Então o quê?
Lali segura sua mão e lhe diz:
- Saudades de você. - Suas bochechas ficaram rosadas.
Tom sorri para ela.
- Você é tão fofa.
Ela continua a olhar para ele.
- Vamos entrar. Está muito frio aqui fora. - A segura pela mão e a guia para dentro de casa.
- Você precisa dormir agora.
- Por favor, Tom. Dorme comigo.
- Dormir com você?
- Sim. Não gosto de ficar longe de você.
- Mas o colchão é pequeno. Acho que... - Tom percebe a tristeza no rosto de Lali.
Tom pensa por um momento, antes de responder:
- Tudo bem. - Diz e Lali, sorri.
Os dois deitaram-se e Lali o abraçou, olhando direto para seus olhos.
- Me sinto segura com você, Tom.
- Por que eu sou um herói?
- Porque você é meu herói.
Tom lhe sorri e lhe acaricia.
- Eu te amo, Lali.
- Tom, eu... - Seus olhos brilhavam por estar junto a ele, mas Tom coloca o dedo na boca dela, a calando.
- Palavras não são necessárias quando podemos provar isso.
Tom começa a beijá-la sem pressa.
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Amizade ou Paixão? (QMTM)
FanfictionUma fanfic da série infantil "Que monstro te mordeu?" da TV Cultura. Sinopse: Tudo estava normal no Vale quando um monstrinho da paixão aparece causando muita confusão e fazendo Lali apaixonar-se por seu melhor amigo Tom. Criadores: Cao Hamburguer...