10º Capitulo - Uma Intrusa no Apocalipse Zumbie parte 2

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Quando acordasse tinha a expectativa de estar no mesmo barco furado, mas para sua surpresa um grupo esquisito de pessoas altamente questionáveis lhe acordaram com uma espingarda apontada para o meio da sua testa. Eles fizeram algumas perguntas, mas se fingiu de surda e muda, tiveram a audácia de acorda-la de forma descortês e ainda exigiam respostas? Quem eles pensavam que eram o FBI, o MI6?

- Eu aposto que ela esta mordida, vamos mata-la antes que ela se transforme naquelas aberrações que vimos. – A mulher parecia à própria Lara Croft, pronta pra qualquer aventura, armada com pistolas, um objeto que se parecia muito com uma granada e um facão.

- Sei que estamos todos com os nervos a flor da pele, mas quem sabe ela seja estrangeira ou tenha algum problema físico? – O cara deveria ter uns quarenta anos, típica barriga de cerveja, roupas baratas e uma barba que escondia seu queixo. Era o mais sensato entre eles.

O mais jovem do trio era o cara da espingarda, devia ter um vinte anos, asiático, corpo de atleta, feições de um típico líder que só tem uma missão, cumprir a tarefa designada, custe o que custar.

Estava fraca com sua magia divina, seu receptáculo não era compatível com seu total poder, mas se usasse a magia de absorção que herdou de sua mãe poderia acabar com aquela palhaçada com apenas um gesto de mão.

- Eu não sou deficiente, eu tenho nome. – Respondeu Megan cessando a discussão do trio.

- Aé, e qual é o nome que colocarei na sua lapide? – Perguntou o asiático.

- Garoto, você tem uma carinha de psicopata. – Velhos hábitos nunca mudam, sempre fazendo piadinhas nas horas mais impróprias. – Já me chamaram e vão me chamar de muitos nomes ainda, mas se quer algum nome para reclamar quando eu te mandar para o inferno, fala que quem te enviou para lá foi a Rainha Titânica.

- Fala mais uma palavra e eu puxo o gatilho, fala...

- Ué, se quer brincar tem que aprender a perder. – Sorriu Megan ignorando a ameaça.

- Pelo tempo que ficamos aqui já sabemos que ela não porta o vírus e nem vai se tornar uma aberração. – Falou o homem barbudo. – Prazer, sou o Thomas, o jovem destemido se chama Elliot e a garota se chama Cherry.

- Não vou dizer que é um prazer conhecê-los já que seu amigo ainda esta apontando uma arma para a minha cabeça. – Respondeu Megan encarando Elliot com os olhos semicerrados.

- Você tem remédios? – Perguntou Cherry guardando uma das facas.

- Peguei um pouco. – Respondeu Megan sem desviar os olhos do asiático.

- Ótimo, vamos para o abrigo, seria de grande ajuda se pudesse compartilhar o que adquiriu aqui na clinica. – Falou esperançosa. Megan a encarou e viu o quão cansada ela estava, precisavam de uma boa noite de sono.

- Levando em conta que eu não faço ideia do que esta acontecendo, não me importo de seguir com vocês e nem de dividir suprimentos, mas me responde uma coisa, o que esta acontecendo aqui, porque tem tantos cadáveres?

O grupo a encarou como se ela fosse uma alienígena que havia caído na Terra de paraquedas.

- A cidade foi isolada do mundo exterior. – Informou Elliot abaixando a arma. – Graças a um vírus que transforma as pessoas em algo parecido com um zumbi.

- E o que as autoridades estão fazendo? – Perguntou Megan preocupada, estava em uma enrascada.

- Provavelmente discutindo se devem ou não explodir a cidade para que não aja mais vitimas. – Respondeu Cherry dando as costas para o grupo.

- Tesla não vai permitir, ele tem amigos de fora! – Falou Thomas esperançoso.

- Você disse Tesla? Nikola Tesla? – Questionou Megan, talvez nem tudo estivesse perdido.

- Ele tem o mesmo nome do inventor, e é tão bom quanto. – Confirmou Thomas.

Megan sorriu, Nikola Tesla poderia ser a luz no fim do túnel, Negam o havia ajudado uma vez, talvez pudessem se ajudar.

Em quanto isso em outra realidade...

Um mês atrás havia recebido uma encomenda no mínimo inusitada, sempre podia esperar o inesperado da sua irmã não tão querida, Megan. E qual foi à surpresa ao descobrir que o pacote era um livro fantasioso que ela provavelmente havia escrito se fazendo de uma protagonista cômica, se envolvendo com um vampiro e fugindo de armações divinas. Havia continuado a leitura apenas para debochar das cenas, mas durante a leitura começou a desassociar a irmã a personagem, e apenas tratar como uma protagonista qualquer. Aproveitava os intervalos do trabalho e até mesmo colocou Sebastian, seu meio-irmão por parte de mãe por dentro da história, mas quando estava para terminar, o livro desapareceu misteriosamente.

As semanas seguintes não pode deixar de pensar onde havia parado o livro, lembrava exatamente o ultimo lugar que havia o visto, na mesa de cabeceira do seu quarto, mas mesmo procurando em cada fenda, cada buraco daquele cômodo não foi possível achar resquício do livro, seu irmão também havia ficado chateado com o sumiço do livro, ele era o que mais tinha se divertido com a história, seu interesse nas técnicas nada comuns de sedução da Megan o pegaram de jeito, com o azar que ele tinha no amor ele via esperanças naquelas paginas e estava louco para saber o destino do par romântico da Megan, mas tudo havia acabado com o desaparecimento do livro.

- Eu não consigo dormir direito sem saber o final daquela história. – Suspirou Sebastian, seus cabelos negros estavam desalinhados, tiveram um dia cheio, e agora comiam em um restaurante. Quando se tratava do livro ninguém mais deles podia saber e fazia questão de ler fora da vista de todos e em um lugar onde não seriam incomodados.

- Megan pareceu se encontrar naquelas paginas, ela era fechada no mundinho dela, tendo Regina como mãe era até que compreensível. Ela criou toda uma narrativa de uma protagonista forte e imponderada. – Falou Lívia pensativa, as cenas de batalha da irmã eram vividas em sua imaginação.

- Não cedendo nem mesmo para o namorado charmoso da realeza dos vampiros. – Falou entusiasmado.

- Falando do Marcus desse jeito me faz questionar seu gosto literário e sua sexualidade. – Riu Lívia depois de tomar um gole de suco depositado em sua taça.

- Nunca tentei com um homem, vai saber..

Lívia Wells não pode deixar de rir com o sorriso provocativo do irmão. 

Uma Intrusa em Crepúsculo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora