O Príncipe Rebelde (Taekook)

Casamento e bebes

Essa história é uma adaptação de O príncipe rebelde- da Yule Travalon.
Todos os direitos autoriais pertencem a ela.

Eu nunca tinha adaptado, mas amei a história e quis trazer, então criei essa segunda conta.

"Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado consegue estar certo duas vezes por dia".
-Paolo coelho

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POV JUNGKOOK IV

— Você é uma grande decepção. — O rei, meu pai, respira fundo.

Tudo no gabinete real parece mais interessante do que me encarar. Ele observa os grandes quadros, onde antigos reis posam majestosamente. Encara a estante com livros, os ornamentos de guerra bem expostos, depois observa Ravena, a minha mãe, de braços cruzados e semblante apreensivo.
Nenhum deles olha para mim. Porque nessa família perfeita, eu sou a ovelha negra.

A este ponto, eu já deveria ter me acostumado com a forma como meu pai me trata. Para ele, sou invisível. Mas cada vez que o todo poderoso
rei Haakon  Jungkook III é indiferente comigo, me sinto menos do que nada.

— Não merece o título de príncipe, não merece os privilégios que tem, sequer merece o nome que carrega! — Ele explode de uma vez.

Quando me encara por uma fração de segundo, percebo o quanto ele se arrepende do dia em que me deu seu próprio nome, talvez à espera de que eu fosse como ele.

Não sou. Ninguém jamais poderia ser tão perfeito quanto o rei do Setentrião.

Com sua fúria repentina, meu pai acaba derrubando tudo em cima da mesa, menos o tablet onde um vídeo passa em looping. Vejo a minha própria imagem, deitado no chão, várias garrafas ao meu redor e uma seringa usada também. Em cima de mim há uma ômega, quicando tão forte que conforme respiro agora, consigo acompanhar minha falta de ar no vídeo.

— Sabe quanto o governo precisou desembolsar para acobertar isso? — Esfrega a mão no rosto.

As palavras duras e o jeito agressivo dele não me machucam mais.
É seu olhar de completa decepção mesclado a indiferença de sequer me encarar nos olhos que me faz sentir um lixo.

— Meio milhão de euros — revela, não espera que eu diga mais nada. — E sabe o quanto essa garota cobrou para não levar para a imprensa o escândalo de um estu...?

— Não foi um estupro — sibilo.

— É? E o que essa merda te parece? — Ele pega o tablet, quase o bate contra o meu rosto. — Os advogados dela só pediram uma pensão de cem mil euros por alguns anos. Está satisfeito?

Aqui estamos nós, oito meses após o ocorrido daquele vídeo.
Quando tudo aconteceu, o rei do Setentrião imediatamente me arrancou da faculdade e me mandou para um reformatório no interior da puta que pariu, onde vivi os piores dias da minha vida.

Pensei que ao retornar, sentaríamos como dois adultos e ele me daria a chance de explicar o ocorrido.

— Deixe-o falar, Haks — minha mãe pede.
Ela Abre um sorriso encorajador e mostra que eu devo dizer algo
importante.

— Por que não me envia esse vídeo e me deixa subi-lo na internet para todo mundo ver? — proponho.

Minha mãe fica pálida. Faz um aceno negativo discreto com a cabeça, como se não fosse essa a resposta certa.