O Imperador Lobo e seu gatinho travesso (ABO) - OBIDEI [EM HIATUS]

»•'☯︎☁︎Busca☁︎☯︎'•«

Previsível que inúmeras e difíceis decisões precisariam ser tomadas por si próprio desde que assumiu o trono como sucessor do pai. Responsabilidades gigantescas e decisivas que afetavam o destino de sua nação. 

Guerras não são fáceis… 

Possuiu tempo o suficiente para saber de todos esses detalhes e muitos outros observando o próprio pai no posto de Imperador, quando mais novo. 

Ser Imperador agora depois do falecimento do pai, há um ano, lhe proporcionou momentos interessantes comandando o exército com o posto mais alto. No entanto, as responsabilidades eram difíceis, sem dúvida… 

Um total de três guerreiros da força armada do Império Uchiha marchavam em sincronia para o Salão Imperial real. As vestes negras e brancas com faixas e bordas vermelhas farfalhavam ao marchar pelas escadas, os tilintares das armaduras de ferro no peitoral e ombros, juntamente do tilintar das armas presas na bainha de madeira, couro e ferro também eram ouvidos. Os brasões do Império eram esculpidos no metal das espadas e ombreiras das armaduras. 

Esses guerreiros do exército, bestiais lobos de 2,10 de altura, com pelagens escuras e cinzas, grandes em altura e porte físico, totalmente aptos para guerrear por anos, se assim os deuses permitissem, aproximaram-se do Salão Imperial onde o seu Imperador estava. Iriam ao seu encontro para notificar novos relatórios e observações de batalha. 

… 

"Então é assim…" 

"Sim, senhor. A segurança de quilômetros em torno das fortalezas do Império inimigo são muito densas, podendo se equiparar às nossas." Um dos guerreiros se pôs a falar. 

"Se aventurar em espionar será uma tarefa difícil com uma força especial do Império. Adentrar pode ser bem arriscado, senhor." Um outro falou. 

Um momento se passou antes de haver uma resposta do Imperador Lobo, enquanto os três guerreiros permaneciam em silêncio agachados no chão, apoiados com um joelho diante a figura do seu superior, e de cabeças baixas em posição de respeito. 

A figura respeitosa se encontrava no final do Salão Imperial real, acima do altar de piso madeirado escuro, sentado em seu trono ornamentado de ouro e rubis. Existia uma cabeça de dragão oriental em cada uma das duas pontas das extremidades do painel acima do trono, onde se encontrava também o brasão e as runas esculpidos na madeira vermelha nas paredes, o corpo de ambos os dragões banhados em ouro se encontravam no centro e depois seguiam no sentido do teto amadeirado, se enroscando nas tantas hastes distribuídas pelo ambiente. Outros dragões esculpidos de maneira semelhante surgiam de outras imediações, tornando o Salão Imperial brilhante em dourado em meio às paredes avermelhadas e escuras. 

Haviam duas pilastras adornadas em forma de lobos ancestrais antigos no piso, com posições agressivas mostrando garras e dentes afiados, um em cada lado do trono – ambos os lobos banhados em ouro. 

A figura bestial no trono, com vestes brancas e pretas de mangas largas, de tecidos de luxo e com fios dourados de ouro em alguns pontos específicos das bordas da vestimenta, sentado confortavelmente e se apoiando com o cotovelo no metal brilhante, buscava refletir sobre alguns pontos abordados na conversa atual que tinha com os soldados. Os olhos vermelhos em escarlate estavam direcionados para eles mais abaixo e decidiu apoiar o rosto na mão, pensando. 

"Quero que procurem um espião que possua capacidades de fazer todo o trabalho. Deve haver algum que aceite e se certifiquem que não haja divulgação sobre… Me tragam informações até a semana que vem." Falou com voz rouca. 

"Sim." Os três soldados responderam e receberam permissão para sair. 

Após saírem e o Salão Imperial estar em silêncio novamente, o Imperador Lobo permaneceu uns segundos pensando, mas logo levantou e desceu os degraus do altar do trono, indo para a saída lateral do palácio. A brisa bateu contra os seus pêlos negros como a noite assim que saiu para o corredor e as orelhas longas agitaram por conta do vento. Andou tranquilamente pelo piso de madeira do corredor e aos poucos se dirigia para as saídas laterais do palácio, vendo as copas das cerejeiras balançando nas brisas de primavera.