O Imperador Lobo e seu gatinho travesso (ABO) - OBIDEI [EM HIATUS]

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Obito estava olhando para aqueles lençóis da cama e o seu coração batia freneticamente por alguma razão desconhecida. O que estava havendo?

Algo como se sentia um aroma agradável no lugar, o quarto estava tomado por alguma coisa e seu coração percebeu, todo o seu corpo percebeu. Estava sendo tomado por uma ansiedade incomum. Isso aumentava ao estar olhando para aquelas mechas de cabelo douradas e tão estranhas.

Parou ao lado da cama e segurou o lençol no lugar que seria o topo da cabeça do gato tigrado, mas só em ter tocado ali foi como se um impulso de eletricidade percorresse todo o corpo e seu coração ficou mais estranho. Levantou a ponta do lençol e seus olhos vermelhos caíram com tamanha intensidade sob o que viam agora que se tornaram brilhantes como fogo no mesmo momento.

Não haviam palavras para descrever o que sentiu, mas todo o seu corpo sentiu um impacto absurdo com o que presenciava diante de si, além de que um cheiro muito agradável aos seus sentidos estava o consumindo.

A primeira coisa que seus olhos viram foi um rosto fino e sereno, dormindo calmamente, sem nenhuma imperfeição na pele, um rosto humano lindo e formoso com cabelos loiros e lisos, tão dourados em amarelo vívido que se assemelhavam ao sol. Os olhos estavam fechados ao dormir e com cílios escuros longos, sobrancelhas louras e suaves, um nariz pequeno e delicado, bochechas finas, mais delicadas, lábios tênues de textura e aparência de cerejas. Os cabelos amarelos lhe caíam pelo rosto e paravam no travesseiro suavemente - dourados e macios, longos e brilhantes entre a colcha de lençóis.

Um vislumbre tão desproporcional de beleza, que nunca havia visto em nenhum momento da vida, era mais do que indescritível para o Lobo Imperador que o via agora, estando imóvel e com o olhar brilhante, enfeitiçado.

O aroma que sentia pelo quarto estava impregnado por toda aquela cama, lençóis e agora em sua mão que ainda segurava a colcha. Aquele lugar seu parecia se arrepiar em calor, por isso que soltou devagar e olhou para a própria mão, depois voltou a atenção a aquela nova pessoa humana que via. O cheiro era um tanto denso e eletrizante para o seu corpo.

O que era isso? Onde estava o gato tigrado que dormia fazia dias em sua cama?... E por que existe um ômega deitado bem diante de si?

Aquele cheiro que ele esbanjava era tão atrativo para si que Obito estava ficando confuso com o que pensava... Ômegas masculinos eram assim? Um aroma tão intenso, chamativo e sendo formoso em aparência dessa forma?

Sentia uma imensa vontade de tocá-lo, parecia tão vulnerável e frágil que queria encostar, sentir seu aroma viciante e calor penetrante.

Viu que as vestes negras que usava eram as mesmas que Deidara. Então ele era um ômega? De verdade, um ômega? Esteve convivendo e viajando por aí com um sem nem mesmo saber? Teve sentimentos por um ômega e o "ladrão de jóias, famoso por todo o país" era, impressionantemente, assim na realidade?

Obito olha uma última vez para aquele vislumbre e se afasta com todos os tipos de forças que possuía no corpo, dava passos para trás até que pudesse se tranquilizar e parar de pensar em diversas bobagens, como em morder. Sua respiração não estava tranquila, o peito ardia e batucava em um ritmo absurdo, cada centímetro de si estava ficando quente como brasa.

Queria muito tocá-lo e sentir todo o seu corpo nas mãos... Nunca imaginou que justo quem menos esperava seria um ômega. O que estava acontecendo com sua cabeça nesse momento?

Foi com o corpo pesado para a varanda, respirar ar fresco e se apoiar em algo. Voltou depois de um tempo para constatar o que tinha olhado e tirar a conclusão que realmente viu aquilo. O que era isso? Uma bênção? Os deuses estavam olhando por si?