O Imperador Lobo e seu gatinho travesso (ABO) - OBIDEI [EM HIATUS]

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A temperatura amena da manhã se encontrava presente no lugar, naquele quarto já mais tranquilo sem muita presença de feromônios doces e calorosos. O tatame próximo a janela recebe uma iluminação maior por os raios de sol atravessarem a mesma aberta, aquilo criando um ambiente mais claro e agradável, assim como os tilintados dos adornos presos e das cortinas menores de bambus, se fazerem presentes com o aparecimento da brisa fresca adentrando o lugar.

Começou com apenas um farfalhar na ponta das orelhas negras, ocasionado dos ares mais frescos que se instauravam no quarto, logo as orelhas se agitaram com maior incômodo e só assim os olhos avermelhados do Lobo Imperador vieram a se abrir com lentidão. A iluminação agrediu sua visão e precisou piscar uma vez antes de se ajustar e conseguir ver com clareza o ambiente.

A primeira coisa que viu foi o teto amadeirado e luxuoso, depois juntou forças para se erguer e percebeu um pouco o ambiente ao redor. Sua cabeça ainda pesava um pouco e achava que estava meio exausto, afinal o ocorrido na véspera estava muito bem vívido em todos os sentidos. Não sentia o aroma intenso de feromônios como antes, mas percebia algo ainda doce no ar, um pouco fraco e suave, que lhe agradava.

Sua visão se volta atenta para uma figura menor, deitada e adormecida ainda, bem do seu lado naquela cama. O vermelho do olhar do lobo tornou-se mais intenso com a visão que tinha do ser encantador ao erotismo.

O ômega estava deitado de lado, parte do rosto e cabelos no travesseiro, uma das mãos também estando próximo enquanto a outra, no colchão; a colcha de seda vermelha lhe cobria em partes no quadril aprumado e erguido por conta do joelho da perna superior estar contra o colchão - sendo formado uma curva erótica da cintura meio exposta, mesmo que parte dela estivesse coberta com a colcha. A coxa estava exposta, sendo possível ver com nitidez as marcas vermelhas de pressões em sua pele fina e com aparência polida, o joelho se mostrava agredido pela fricção ocasionada por tantas vezes ter ficado em posições contra o colchão que o comprometesse. O restante de sua perna erótica se mostrava avermelhada em alguns outros pontos, como tornozelo e por trás do joelho, este último sendo o lugar mais tonalizado por ter sido alvo de tanto aperto ao ser pressionado contra a cama por aquelas mãos grandes do alfa.

Os cabelos dourados caíam em mechas sob a pele fina do pescoço, ombro e costas, também na cintura ômega. A visão do lobo se concentra agora no rosto delicado e meio ruborizado da febre que ainda o afligia, os lábios macios e cerejados sendo percebidos, os olhos curvilíneos e com cílios longos estando meio vermelhos e um pouquinho inchados por terem chorado tantas vezes.

Obito apreciava tamanho vislumbre tentador do ômega que teve a chance de tocar tantas vezes e de diversas formas, e não teve outra reação a não ser observar mais com uma notável excitação crescente no olhar. O cobriu melhor com a colcha para que não acabasse se tornando mais luxurioso ainda com o que via, e também por conta da frieza que tomava o quarto. Lhe deu um pequeno carinho com o focinho no seu rosto delicado e quente antes de se levantar devidamente da cama.

Era um pouco difícil de se acreditar que realmente tudo aquilo tinha sucedido, que realmente tinha dormido com um ômega em cio daquela forma, e que era justamente o ser que esteve envolvido desde um tempo. Obviamente se sentia bem com aquilo, nunca tinha acordado tão bem em toda a sua vida. O que ocorria? Havia um peso de fadiga, mas também estava absurdamente satisfeito com o ocorrido. Não conseguia esconder seu incômodo no quadril, meio que estava dolorido por ter feito tanto de algo que nunca havia feito antes... Mas, se fosse o caso, aquele cansaço seria esquecido por ter ainda energia de sobra para mais coisas semelhantes. Até se sentiu aquecido no baixo ventre com uma inquietação existente quando via o ômega adormecido na cama, então poderia facilmente fazer com que se seguisse, ignorando seus incômodos.