II - A Chegada

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Na manhã seguinte, Blair acordou cedo depois de uma noite agitada. Emily estava roncando na cama do outro lado do quarto que compartilhavam, sem dúvida exausta com a agitação da noite anterior. A mãe delas a deixou ficar acordada até tarde para ajudar Blair a fazer as malas e ler o manual.

A maioria das regras listadas eram padrão - nada de correr nos corredores, nada de brigas, não se atrase sem um passe, etc. O manual não dizia tanto quanto ela gostaria sobre como seria realmente viver e estudar lá; nem listava as aulas dela. Blair teria que esperar para ver.

Ela olhou pela janela, apreciando a vista familiar uma última vez. Não que fosse uma bela vista, era o beco entre o prédio dela e o próximo. Ela podia ver uma lixeira e a esquina da rua e, se olhasse para cima, um pedaço de céu cinza claro. Quase garantido que sua nova visão seria melhor, mas...

Blair olhou para a irmã adormecida e suspirou. Não seria o mesmo.

Para matar um pouco de tempo, ela ligou o velho computador do quarto de sua mãe, com cuidado para não acordá-la, e pesquisou a prestigiada escola de Princesas no Google. Blair rapidamente absorveu o máximo de informações que pôde. O básico ela já conhecia, era uma escola para princesas, nobres e damas da realeza. O que a lembrou, ela ainda não sabia o que era uma dama da realeza. Ela pesquisou no Google.

Lady Royal ou Dama Real: uma conselheira, assistente e assistente de confiança de uma princesa ou rainha; uma dama de companhia.

Pelo que Blair percebeu, era uma posição muito procurada, geralmente dada a amigas próximas e parentes da realeza. Historicamente, o papel incluía coisas como tomar banho e vestir a Princesa em questão, mas nos tempos modernos, damas reais tinham um pouco de poder político; algumas foram até mesmo delegadas responsabilidades de governo. Blair não conseguia se imaginar sendo boa em nada disso, ou sendo escolhida por uma princesa de verdade, mas quando viu o salário médio delas resolveu dar o melhor de si.

Sua mãe começou a se mexer, impedindo-a de fazer mais pesquisas. Em vez disso, ela foi fazer o café da manhã, aproveitando uma última manhã com as três.

"Você acha que poderá visitar nos fins de semana?" Emily perguntou.

"Eu não sei", disse Blair tristemente. "Há um ônibus de Garden City até aqui, mas pesquisei as rotas ontem à noite e a estação de ônibus mais próxima fica a quilômetros da escola. Eu teria que pegar um táxi."

As três entenderam sem ter que dizer uma palavra, não podiam gastar suas economias em incontáveis ​​corridas de táxi.

"Mas talvez possamos fazer funcionar algumas vezes, em fins de semana prolongados e coisas assim", disse a sua mãe.

"Você acha que poderíamos ir visitá-la na escola?" Emily perguntou ansiosamente. "Ohh, por favor, diga sim, eu quero tanto ver isso! Pesquisei fotos no Google ontem à noite, é tããão bonito! Não acredito que você vai morar lá, como uma verdadeira princesa."

"Dama real," Blair a lembrou. "Se eu for escolhida."

"Vamos ver", disse a mãe.

Em pouco tempo, houve uma batida na porta e elas se despediram com lágrimas nos olhos. Blair prometeu ligar e enviar e-mails todos os dias. Ela fez Emily prometer cuidar bem da sua mãe e se comportar. O homem na porta parecia impaciente, então ela o seguiu rapidamente.

"Obrigado por vir me buscar", disse Blair alegremente enquanto desciam as escadas, apesar do homem grande estar imponente em seu uniforme de guarda e óculos escuros.

Ele apenas grunhiu.

"Qual o seu nome?"

"Brock. Entre."

Um ano na Escola de Princesas Onde histórias criam vida. Descubra agora