Dois reinos mágicos separados por um rio e uma história perdida no passado... A magia das fadas e a dos dragões separadas para que um mal pudesse governar, até que dois herdeiros se encontram e, começam a modificar a história.
Como Luz & Sombra se c...
Já era tarde da noite, quando os chefes de divisão pararam para descansar. Depois de voltarem da zona proibida e, supervisionarem as atividades de suas equipes eles, finalmente, teriam o descanso merecido. Porém, o ritual que participaram aquela tarde ainda reverberava dentro de suas almas de forma vibrante, dado o tamanho poder que experimentaram. Ram saiu do banho, ainda secando seu cabelo com uma toalha, ele se sentou pensativo, na mesa onde King lhes preparava um chá relaxante. E, seu ar preocupado, logo, foi notado pelo outro jovem atento e, tão conhecedor das sutis mudanças de espírito do parceiro. King enrugou a testa já começando a adivinhar o que se passava na cabeça do outro.
- Ei?! Que cara é essa Ram? – King questionou enquanto lhes servia chá. – Você não deveria estar contente com tudo que ocorreu de ontem para hoje? – Ele ergueu uma sobrancelha em dúvida.
- E, estou... – Ram levantou o olhar repousando a toalha sobre os ombros . – Afinal, conseguimos afastamos Alex de um posto que não merecia, os pequenos conseguiram o reconhecimento da rainha e, nossas pedras de poder herdadas estão mais do que protegidas! – Ele deu um leve sorriso, enquanto acariciava a pedra de seu pai que estava presa em uma pulseira em seu pulso.
- Mas... ? – King ressaltou sentindo Ram ainda inquieto. – Por favor, derrame o que te incomoda. – Ele pediu gentilmente.
- É que... Não deveríamos ser nós, como guardiões, a guia-los? – Ram olhou King de forma angustiada. – Ao invés disso... Eles se mostram sempre a frente... Eu me sinto um inútil dessa forma... Eles são apenas crianças, não deveriam correr tanto risco... Se eu fosse mais forte... – Ele pousou os cotovelos na mesa e, descansou o rosto nas mãos desolado.
- Hum... E, que tal pensar de outra forma? – King ponderou, segurando o antebraço de Ram, para que o mesmo olhasse para ele. – O príncipe Team, está se formando como um herdeiro digno para esse reino, Jao e Manaow serão seus conselheiros mais fiéis, então é melhor que amadureçam e evoluam seus poderes logo. – Ele sorriu para o rapaz a sua frente. – Eles tem o dom... A magia os escolheu, talvez, por isso, o lorde queira tanto poda-los, por temer o nível de magia que serão capazes de alcançar. – O chefe da divisão leste argumentou tomando sua xícara de chá.
- Provavelmente! – Ram concordou absorvendo o chá a sua frente.
- E, outra coisa ... você é forte o suficiente! – King declarou com um largo sorriso por cima da xícara. – É a sua força que os deixam livres para experimentar sem medo, é seu apoio que os fazem querer dar o seu melhor e crescer ainda mais, é sua resiliência que não os deixam desistir nunca! – Ele pousou a xícara na mesa e esticou os braços ao lado com as mãos para cima e, automaticamente Ram pousou as dele sobre elas. – Eu sei de tudo isso, porque vivo isso, você é sempre a luz que me ilumina. – King declarou com carinho surpreendendo o jovem a frente.
- Igualmente... Você é e sempre será meu porto seguro. – Ram gracejou com o rosto vermelho. – Obrigado por sempre estar ao meu lado! – O jovem se levantou e, puxou o outro com ele, tomando os lábios de King, que retribuiu o doce beijo.
- Não se preocupe tanto, nós vamos evoluir junto com eles, para eles! - Kig beijou a ponta do nariz de Ram.
- Sim! - Ram concordou. - Vamos orgulhar nossos pais que deram a vida defendendo esse território e, teremos orgulho de sermos liderados pelo Príncipe Team! - Ele falou animado, abraçando King com mais força.
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Na Cordilheira dos Dragões...
Teng suspira ao observar a paisagem na entrada de sua caverna, seu rosto, quase sempre sério, tinha ganhado o acréscimo de novas rugas. O jovem estava tão distraído que levou um leve susto quando as mãos fortes de Xiao serpenteou sua cintura para abraçá-lo por trás. Ele relaxou nos braços dele inclinando a cabeça de lado para que o intruso repousasse a sua em seu ombro. Xiao se aconchegou absorvendo o delicioso aroma de Teng, deixando um leve beijo no pescoço dele e, aguardou, ele sabia que quando se sentisse pronto o jovem dividiria seus pensamentos inquietantes, então, enquanto isso, só deixaria sua presença ser sentida, mostrando que estava ali para compartilhar qualquer coisa.
- Humm ... Você acha que eles ficaram seguros? – Depois de um tempo de silêncio, Teng resolveu falar. – Quer dizer... Eu sei que sempre fui exigente com eles, os repreendendo para que levassem as coisas mais a sério que focassem na evolução de seus poderes... Mas agora...- Teng resmungou incerto.
- Agora você teme, pois tudo está indo rápido demais e, receia que isso os afete. – Xiao externalizou as palavras no coração do outro, que apenas acenou afirmativo. – É hora dos dragõezinhos saírem debaixo das nossas asas! – Ele brincou , levando um tapa no braço em retaliação. – Oyy... Eu falo sério... Eles estão crescendo, logo o príncipe Win assumirá a liderança do Território, tendo Sky e Pruk ao seu lado... Ficarei melhor em ver que estão prontos para isso e, que reinarão em um período de paz, para preservar os pequenos do outro lado do rio. – O rapaz falou sério.
- Essa é uma boa perspectiva, mas até se concretizar... – Teng era um pouco cético .
- Mas até lá, estaremos ao lado deles e mesmo do lado das crianças do Vale, para não deixar que nada aconteça com eles. – Xiao prometeu beijado a face de Teng. – Estaremos sempre orientando e aconselhando para o melhor. Nós protegeremos nossas crianças! – Ele falou virando Teng para ele. – Vamos estar juntos nessa missão, ok? Não precisa se preocupar tanto. – Pediu ele com um olhar carinhoso.
- Sim, sempre juntos para o que der e vier! – Teng sorriu e, tomou os lábios de Xiao, enquanto lançava seus braços entorno do pescoço dele. – EI!! O QUE ESTÁ FAZENDO SEU BOBO, ME PÕE NO CHÃO!! – Teng gritou ao ser suspendido no colo por Xiao.
- Hora de te levar para cama e, acabar com essas rugas de preocupação! – Xiao murmurou ao pé do ouvido de Teng, antes de tomar seus lábios em um beijo mais selvagem, calando assim, as reclamações do outro rapaz.
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Aquela noite os quatro guardiões entenderam que aquela jornada não teria volta e, por mais que seja arriscado para suas vidas, se prometeram cuidar para que nada acontecesse com os jovens que eram a esperança de paz entre os dois territórios. Se possível fosse eles seriam seus pilares e, na pior das hipóteses seus escudos, para garantir um futuro para o povo cansado de guerra.
