my mind make noises

Revelação.

Após alguns minutos pensando em todas as palavras do que tinha descoberto dos meus pais, eu acabo percebendo que se pensar demais naquilo vou acabar ficando doidinha e olha que esses primeiros dias aqui estão contribuindo muito bem pra isso, acho melhor eu só ir pro colégio e saber aonde o andrew está porque se não eu vou acabar batendo em alguém logo no primeiro dia.
logo após isso aquela garota que esbarrou em mim passa para descer junto com seu grupinho de "Barbie Girls" e eu percebo que esse deve ser um daqueles momentos que a pessoa quer te matar com os olhos ou vai ficar pensando em uma vingança pelo resto do fim desse bimestre ou sei lá, últimas semanas, e olha que isso vai fazer eu cometer um crime de ódio nessa cidadezinha pacata

--Nossa garotas, olha essa esquisita, parece ter saído de um clipe musical estranho ou de uma falta de amor dos pais quando criança hahahaha

--ai amiga essa garota passa uma vibee totalmente triste, esse colégio já é o estranho o suficiente sem essas pessoas

Nesse momento eu percebo que esse bando de acéfalos estão falando pra mim e eu não entendo, tipo, eu ser de um jeito diferente é motivo de ser zoada? caralho mano que porra de pensamentos são esses. A minha cabeça fica pesada nesse momento e a unica coisa que me passa é levantar e dar um soco na boca dessa loira plastificada, mas logo após esses risos e um beijinho elas vão embora e seguem até a entrada do colégio, cara.. que triste deve ser a vida de alguém que acha normal se achar superior, mas enfim eu já tenho problemas demais, vamos deixar essa seção de bonecas pra mais tarde.
eu aumento totalmente o volume dos meus fones porque se isso não abafase o barulho do mundo lá fora eu iria ficar insana em questão de minutos, descendo do ônibus eu consigo perceber que essa cidade tem um ar meio gelado, algo que parece um frio na espinha, ou eu seja a única que estou sentindo isso, logo após o porão e eu ter descoberto aquele livro eu sinto alguém me observando, sinto que alguém quer me contar alguma coisa mas não consegue sabe.. se comunicar, será que eu deveria pedir ajuda pro...

--eu sabia que iria te encontrar por aqui, mesmo sendo um lugar que você parece não frequentar, só acho que...

nesse momento eu levo um susto repentino pois acabo escutando algo abafado e uma mão segurando no meu ombro por trás, eu pego o braço dessa pessoa e giro em torno de mim deixando na posição perfeita para quebrar, eu olho pra pessoa e já começo falar com um pouco de ódio

--CARA eu poderia ter quebrado seu braço, tá ficando maluco?

--olha... (falando com a voz um pouco baixa) eu não achei que voce poderia fazer isso mas..eu fico feliz de ter visto você por aqui beatrice.

--andrew?? meudeus me desculpa eu não estava prestando atenção ao meu redor, eu acho que so queria quebrar o braço de alguém e esperar que isso me deixase mais calma sei lá

eu solto o braço dele, e percebo que esse garoto só usa camiseta de banda e se veste como um integrante de uma banda de adolescentes, bom, talvez ele seja mas eu percebo que ele se veste diferente pra uma cidade tão padrão e normal como dawnwood's, fora que ele estava com um piercing no septo, cara eu não lembro disso mas tudo bem

--sabe, pra uma pessoa voce pode quebrar o braço de alguém bem rapidinho e a unica coisa que eu poderia fazer era dar risada e pedir perdão, e olha que meu pulso já é quebrado.

--eu queria era ter quebrado o braço daquela loirinha babaca que eu encontrei no ônibus, porque olha que ódio de existir uma pessoa assim, na minha antiga cidade eu já passava por isso, mas aqui? não achei que no primeiro dia iria ter uma desavença

--ah voce esta falando da Madison? a garota mais chata possível e que todo mundo tenta pegar de qualquer jeito? sim ela é assim mesmo e olha que você já está no twitter dela ein, da uma olhada