violin.

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     Sherlock é bom em muitas coisas.

  Seu QI demasiadamente elevado era realmente impressionante, mas algo mais impressionante ainda é sua delicadeza quando toca seu violino.

  A suavidade do som, ecoando pelas paredes do apartamento onde Sherlock e eu moramos é hipnotizante, é lindo. A melodia criada pelas cordas era quase um calmante natural, eliminava até o último vestígio de ansiedade de quem quer que escutasse.

  Sherlock usava essa vantagem consigo, tocando violino quando estava entediado, ansioso ou triste. Saber disso me preocupa, na verdade. Pois é contraditório em minha mente, gostar tanto de ouvir o soar da música, mas sabendo que o homem que amo não estava em sua melhor forma.

  Mesmo assim, quando estou fazendo qualquer coisa: Preparando algo na cozinha, saindo do quarto, lendo jornal ou um livro, escrevendo meu blog, observando e admirando o homem deslumbrante que tenho ao meu lado, qualquer coisa, tudo para quando ele pega aquele instrumento junto com o arco. Absolutamente tudo se torna apenas a sinfonia do instrumento de corda e os movimentos serenos do moreno.

  Apaixonantemente brilhante, é como Sherlock fica tocando seu violino. Na verdade, é como ele fica fazendo qualquer coisa: Quando está resolvendo um crime, quando está pensando, quando está sorrindo, quando está falando, quando está chapado, quando está efetuando qualquer ação, mas o violino tem um toque a mais; um brilho a mais.

  Nunca acreditei muito no destino, mas Sherlock me fez pensar mais; pois se conhecê-lo não foi o destino, então foi o acidente mais feliz de toda a minha vida. Pois ter a chance de olhar para ele todos os dias, de poder beijá-lo todos os dias, não é pra qualquer um.

  Me sinto um bobo apaixonado sempre que ele pega aquele bendito violino e começa a tocar, fazendo minha cabeça girar e meu coração palpitar; me fazendo quase enlouquecer, como sempre faz. Vê-lo fazer algo tão simples, mas tão belo e gracioso, é tão bom que quase dói.

  Penso em sua própria mente, algumas vezes. Penso em como deve ser dentro daquele cérebro que nunca para de trabalhar e de pensar, penso sobre o que deve estar passando por lá. Sherlock Holmes é uma mente brilhante que é complicada de ser compreendida, mas quando se consegue entender, não quer se desfazer de sua presença.

  Sherlock é alguém bom, tem um coração enorme, só não sabe muito bem sobre como usá-lo. Aprendeu com a vida que sentir não era bom, mas seu amor por conhecimento e sua busca por aprendizado o faz entender todos os dias que sentir pode ser uma das melhores coisas proporcionadas ao ser humano.

  Me pergunto às vezes se ele também sente o som tão melódico do instrumento de corda em suas mãos correr por todo seu corpo; me pergunto se é por essa razão que ele ama tanto tocar.

  Ultimamente, tenho começado a tocar piano. A influência do próprio Sherlock, é óbvio. Na biblioteca que fica não tão longe de casa existe um, algumas vezes o moreno me acompanha, escutando enquanto aprendo cada vez mais a tocar, às vezes não só apenas com os ouvidos, mas com seu próprio violino.

  Sherlock Holmes: Um detetive consultor, um sociopata altamente funcional, um amante de música, um viciado em drogas e cigarro, um dos homens mais amáveis que já conheci e homem que considero a pessoa mais perfeita de todo o universo, em todas as galáxias, em toda a Via Láctea, em cada uma das estrelas.

  John Watson: Eu. Um ex-soldado, apaixonado pelo detetive consultor, sociopata altamente funcional, amante de música, viciado em drogas e cigarro. Apaixonado pelo homem que considero um dos mais amáveis que já conheci. Apaixonado pelo homem que considero a pessoa mais perfeita de todo o universo, em todas as galáxias, em toda a Via Láctea, em cada uma das estrelas.

  O amo em cada um dos seus cachos escuros; em cada nota musical que seu violino produz; em cada dia que passamos juntos; em cada um dos momentos ruins que passamos, do mesmo jeito que o amo em cada uma das risadas que demos juntos, em cada momento bom que tivemos.

  Sherlock Holmes e John Watson. Como um quebra-cabeças perfeitamente encaixado.

  Se almas-gêmeas realmente existirem, tenho certeza que Sherlock Holmes com certeza é a minha.

JohnLock one-shots!Onde histórias criam vida. Descubra agora