Presos no Tempo

III

Demorei um ano mas postei, o capítulo 4 será o último imagino já que é uma fic com poucos capítulos.

Boa leitura pessoal e espero que gostem.

Obs: Cenas quentes, eu daria um +14 ou +16, não é explícita então até então tá de boa.

Eu não tenho uma noção de época certa para essa fic porque eu não planejei isso mas eu diria que pode ser lá pela época da primeira ou segunda guerra mundial ou até mesmo a época da revolução industrial, vocês podem criar a ideia de vocês sobre época porque eu não planejei ao certo, fiquei com preguiça, sou estudante de história mas sou péssima com datas porque minha memória é um horror, só lembro das fofocas históricas.

◇

- Tudo bem, você quer mesmo ir nesse jantar?

Edmundo se jogou na cama de luxo como um morto (o que ele é), seu corpo estava todo dolorido por correr por uma floresta densa atrás de pessoas que deveriam aceitar a sua morte, a sua frente estava Caspian usando um terno chique e preto. Edmundo quis questionar como ele se vestiu tão rápido sendo que eles acabaram de voltar de uma quase segunda morte.

O que muitos não contam é sobre o fato de ser extremamente difícil trabalhar como um "agente funerário" (como alguns mais novos chamam) no mundo em que eles vivem. Muitas pessoas não aceitam suas mortes e o seu trabalho é pegá-las e mandar direto para o além que é onde elas deveriam estar, a partir dali quem cuidava de suas almas era Aslam. As vezes você pode se machucar porque esse trabalho exige um novo corpo, no dia da sua morte existe uma escolha, você pode ficar com seu corpo demonstrando o momento onde sua alma se prendeu ou escolher algum outro, muitos não querem mudar de aparência e por isso escolhem a mesmo como Edmundo, ele ainda deseja encontrar seus irmãos e precisa estar da maneira como eles se lembram dele.

Caspian que estava parado no pé da cama observando Edmundo relaxar sorriu.

- Eu realmente gostaria de ir, estamos em um hotel cinco estrelas em Londres - Caspian comenta abismado - Precisamos aproveitar.

- Sinceramente, você não é um príncipe?

- Rei - Caspian o corrigiu levantando o dedo.

- Jura? - Edmundo abriu os olhos fingindo surpresa, Caspian revirou os olhos mas sorriu - Enfim, vá na frente, eu preciso de um banho quente e vestir minhas roupas.

- Ah, eu posso te ajudar com iss_

- Não.

Os lábios de Caspian formaram um biquinho triste - Mas por quê?

- Porque você ainda é um garoto que está cheio de hormônios, até pouco tempo atrás você estava cometendo um ato bem impróprio no último hotel que estivemos - Edmundo sorriu travesso vendo a maneira como as bochechas de Caspian coraram violentamente.

- Isso_você ouviu?

- Você estava pensando em mim, eu soube disso na hora.

- Pensei que isso fosse acabar com o tempo - Caspian gritou indignado e envergonhado demais.

- Eu também pensei mas pelo visto ambos estávamos errados - Edmundo bufou e se levantou da cama em um pulo - Tudo bem, se você quer me ajudar, então venha.

- É sério? - Caspian questionou sem de fato acreditar, Edmundo assentiu e já caminhou em direção a porta do banheiro com o outro correndo atrás - Isso parece ótimo, eu juro que vou ajudar e eu gostaria de dizer que_

- Sem querer interrompe-lo mas não temos o dia todo - Edmundo cantou já se posicionando próximo a enorme banheira, suas mãos indo de encontro aos botões da camisa preta para retirá-la.