IIIII

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Último capítulo, aproveitem pessoinhas e espero que gostem.

Boa leitura.

- Na época em que vivemos ter esse tipo de...sentimento não é correto - Edmundo começou a contar enquanto se sentava na poltrona confortável do quarto, Caspian se sentou na outra ao seu lado - Caspian, você sabe como eu morri? - O ex rei negou apreensivo, dava para notar a formar como seu olhar preocupado se movia por Edmundo, ele queria o tocar para mostrar que estava ali mas não o fez, Edmundo queria que fosse tocado por Caspian - Eu...me deixei levar uma vez e contei os meus sentimentos a um homem, ele era gentil comigo, tinha sorrisos bonitos assim você e era tão_ - Edmundo suspirou incapaz de poder dizer mais sobre, de pensar sobre aquela pessoa - Dava para perceber que ele também tinha os mesmos sentimentos por mim mas se negava a aceitar.
Bem...eu contei e ele disse a todos que eu tinha "intenções pecaminosas" - Edmundo engoliu em seco, as lágrimas começando a se formar em seus olhos e foi quando Caspian não aguentou e se aproximou passando seus braços quentes em volta dos ombros trêmulos do menor - Tudo isso, minha família morreu queimada por culpa minha.

- Não foi culpa sua Edmundo, você só estava amando, as pessoas são ruins em pensar assim - Caspian tentou o confortar enquanto puxava a cabeça de Edmundo para deitar em seu ombro, o ex rei precisou se ajoelhar a frente da poltrona ao qual Edmundo estava sentado enquanto esse respirava fundo tentando controlar as lágrimas e a voz para continuar falando.

- Um ancestral seu, Miraz I, ele era alguém importante onde morávamos e quando soube do que eu sentia..., ele me matou e queimou a minha família junta porque minha irmã, Susana, tinha diversos pretendentes mas não queria se casar com nenhum, logo associaram issso a bruxaria e coisa do demônio porque Susana era extremamente bonita e eu tinha sentimentos por um homem, nossa família foi chamada de amaldiçoada.

Caspian logo entendeu o quão difícil foi para Edmundo passar por tudo afinal, sua família morreu porque ele se entregou ao seus sentimentos e isso é muito mais do que qualquer outra coisa que ele pensava. Caspian sentiu ódio e ressentimento, como alguém que foi seu antepassado pôde ter feito algo cruel assim? Se bem que só pelo nome já é uma prova de como ele é tão ruim, Miraz, seu tio era alguém tão cruel quanto os demônios ao qual ele xingava.

Caspian quis se vingar de todos aqueles que fizeram mal a Edmundo; primeiro o tal homem que negou os seus sentimentos tendo alguém tão maravilhoso o amando, Caspian fez de tudo para receber um sorriso de Edmundo enquanto essa pessoa os negou e provocou sua morte como se não fosse nada; em segundo o tal Miraz que não é seu tio mas com certeza uma representação dele, Caspian queria reviver ele novamente só para ter o prazer de matá-lo por pura vingança, seus olhos brilhavam em uma chama cheia de ódio.

- Mas eu me deixei levar e me vinguei, queimei todos daquele lugar da mesma maneira que eles me queimaram - Edmundo contou sem olhar em seus olhos, mantendo a atenção total no chão do quarto mas ainda com poucas lágrimas descendo por sua bochecha e a voz rouca - Miraz foi reduzido as cinzas e até eu penso, como puderam me deixar vivo quando tudo aquilo foi culpa minha? Isso não é justo.

Caspian suspirou - Edmundo, eu já lhe disse e digo novamente, não foi culpa sua.

- Foi sim, nada daquilo teria acontecido se eu não tivesse me deixado levar - Ele exclamou alterando o tom de voz - Eu fiz questão de fazer Miraz sentir a mesma dor minha ao ter o fogo queimando todo o seu corpo, de como aquilo doeu, ser queimado vivo e ver sua família fazer o mesmo.
Eu sequer tive a chance de abraça-los uma última vez porque Miraz me amarrou em um lugar longe, eu pedi desculpas mas ainda é tão...tão falso porque eu não sinto que fui perdoado.

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