A escolhida do CEO

Capítulo 9

- OLHA QUEM CHEGOU!!

Assusto-me com a barulhenta recepção de Luana. Ela e as outras meninas estavam limpando o salão.

- Oi. - sorrio e aceno. - Querem ajuda?

- Claro que não. Queremos informações.

- Ahhh, Lua, eu estou cansada.

- Ele é mesmo quem a Jen disse ser?

Ela parece não se importar com o que acabei de dizer.

- É. E muito mais.

Elas ficam eufóricas e falam entre si. Aproveito a deixa e escapo para o quarto. Estava quase chegando, quando a voz dela me faz parar.

- Fez tudo certinho?

Reviro os olhos.

- Direitinho, Isadora. Não há nada com o que se preocupar.

- E ele te pagou?

Franzo o cenho e me viro.

- Que?

- Ele pagou os seus serviços?

- Não. Deve ter resolvido tudo com Marta. Por que estou falando disso com você?

Ela dá de ombros e desce as escadas.

A verdade é que Christopher tinha me dado mil libras. Ele pediu para que eu guardasse, junto com minhas economias. Para o caso de eu precisar de algo. Claro que eu não queria aceitar, mas ele praticamente me intimou.

Entro no quarto e largo a bolsa em cima da cama. Retiro os saltos e logo depois o vestido. Tudo o que queria no momento, era uma blusa dele para me esquentar.

Sabendo que meu desejo não era possível de ser realizado nesse momento, levanto meu colchão e pego a chave. Vou até o armário e destranco-o. Antes que pudesse pensar no que pegar para vestir, noto que a pequena caixa onde eu guardava meu dinheiro, estava fora do lugar.

Não me lembrava de ter mexido nela ontem.

Um pequeno arrepio me sobe, ao pensar em uma coisa. E para meu total desespero, aquilo estava acontecendo.

Meu dinheiro sumiu.

Alguém me roubou.

"Ele pagou pelos seus serviços?"

Ela não seria capaz. Não seria.

Saio do quarto o mais rápido que posso e desço as escadas.

- Que isso Mel? - Lua ri, mas ao me ver ir na direção de Isadora, ela se alarma. - O que você...

- Cadê o meu dinheiro?

Isadora ergue uma sombrancelha.

- O que?

- Cadê a porra do meu dinheiro?

- Não sei do que está falando.

- Não se faça de cínica. - exclamo. - QUERO SABER ONDE ESTÁ A PORRA DO DINHEIRO QUE VOCÊ ME ROUBOU.

- Eu? - ela ri. - Ficou louca?

Eu podia ver o quanto ela estava sendo irônica. Isadora tremia quando era pega em uma mentira.

- Acho bom me devolver, ou...

- Ou o quê?

Não consigo me controlar. Não aguentava aquele sorriso cínico e aquela ironia pra cima de mim.

Minha mão vai de encontro com a pálida face dela, deixando a forma dos meus dedos bem ali.

- SUA LOUCA!