CAPÍTULO 25

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NAVEEN
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   O ruim de ter transado em cada centímetro do meu apartamento nas horas seguintes, foi porque tivemos que voltar limpando tudo para nos livrar do cheiro de sexo e dos nossos feromônios, assim que meu irmão ligou dizendo que já estava voltando para trazer Baz. Além de fazermos amor durante horas e horas e ficarmos deitados agarradinhos completamente pelados na cama, Michael e eu conversamos bastante sobre os acontecimentos dos últimos anos.

   Ele me contou sobre como perdia o controle facilmente quando era mais jovem e se entregava ao seu lobo interior. Contou como foi difícil acordar desorientado no meio da floresta, sentir uma ligação na sua cabeça e pensar que poderia ter abusado de forma brutal algum Ômega inocente que sequer teve a chance de se defender. Contou como passou os três anos seguintes contratando investigadores e pesquisando sobre o paradeiro do seu Ômega, enquanto o laço ia diminuindo gravitativamente por causa da distância.

   Depois, foi a minha vez te contar a minha versão desses últimos quase quatro anos. Eu expliquei sobre a gravidez e como foi difícil no começo, apesar de eu estar extremamente feliz em ter um filhotinho. Expliquei sobre como meu irmão me ajudou em tudo e em como o trabalho no hotel tem nos sustentado nesses últimos tempos. Michael ouviu tudo em silêncio, e eu tive que beijar os seus lábios repetidas vezes e assegurar que estava tudo bem, para ele não se sentir mais culpado do que já está.

   Já passava das 6:00 da tarde quando Calvin finalmente apareceu, junto com seu marido e o meu filhote. Eu e meu irmão não somos muito parecidos, ele tem uma beleza extremamente delicada que puxou da nossa mãe, enquanto eu tenho porte mais simples e as cores do nosso pai.

   — Oi, bebê. — me abaixo ao lado de Baz e dou um peteleco no seu narizinho empinado, fazendo-o grunhir baixinho e continuar mastigando... O que quer que seja (parece biscoito recheado).

   — Titio Michael!! — ele exclama com a boca cheia, fazendo soar como "Xixio xichael!!". Calvin segue o olhar de Baz ergue uma das sobrancelhas ao perceber o enorme alfa loiro atrás de mim, que não desgruda os olhos do filho, mordendo levemente o lábio e com os olhos brilhando.

   — eu te explico depois, irmão. — sussurro para Calvin, esperando que ele perceba que a situação é um pouco mais complexa do que parece, e eu não simplesmente trouxe um alfa aleatório para o meu apartamento.

   — Okay okay. Tchau Baz. — Calvin revira os olhos e a cena para o garotinho loiro ao meu lado, abrindo um sorriso largo para ele. Baz acena de volta e dá um pulinho de empolgação.

   Nós observamos em silêncio o casal sair pela porta, e assim que estamos sozinhos, Michael avança na velocidade da luz e pega Baz com seus braços enormes, abraçando-o com força e soltando um grunhido de alegria e carinho.

   — Também senti saudades, Titio. Vamos tomar sorvete de novo no shopping? — o diabinho pergunta, passando os braços pelo pescoço do alfa maior e ainda mastigando o bendito biscoito. Eu observo a cena já sentindo os meus olhos arderem, porque eles são simplesmente perfeitos juntos, e baz finalmente vai conhecer o seu outro pai.

   — Sempre que você quiser, bebê. — Michael diz, rodopiando Sebastian no ar e o fazendo soltar uma risada alta e sonora, agarrando o cabelo loiro do maior com suas mãozinhas rechonchudas. Olhar para eles dois juntos agora e perceber o quão idênticos são, faz eu me sentir um pouco estúpido.

   — você e o papai estão juntos? — Baz pergunta, apoiando a cabeça no ombro de Michael, que não para de beijar o cabelo loiro e macio dele por um segundo sequer.

   — Sim. Estamos juntos. E você é meu filhote.

   — Sério?! — Baz exclama, arregalando os olhos azuis e completamente maravilhado com isso. Eu não espero que ele entenda agora que Michael é o seu outro pai de verdade, mas com o passar do tempo ele vai perceber isso.

   — Super sério. — Michael afirma, caminhando até mim e colocando o nosso filho nos meus braços, antes de nos abraçar com força, deixando Baz feliz da vida por estar espremido entre os nossos corpos.

   — Papai, eu gosto dele. — Baz sussurra no meu ouvido, de modo com que apenas eu consiga escutar. O cheirinho de perfume de criança dele me faz respirar profundamente, sem conseguir evitar o sorriso.

   — Eu também, bebê. — sussurro de volta, acariciando seus cachinhos loiros e sentindo os braços grandes e musculosos que Michael nosso redor.

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A MARCA DO LOBO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora