Quando pequenos, desejamos ir para lugares incríveis e mágicos, onde existam sereias e unicórnios, onde poderemos voar e possuir o mínimo de poder que for, onde animais falem, e um reino exista, talvez esse lugar não esteja tão distante assim. Prepa...
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Paola P.O.V
— Temos que contar aos outros - Susana falou de repente, enxugando uma lágrima.
— Mas não podemos deixá-lo aqui! - Lúcia exclamou preocupada, logo me levantei fazendo o olhar delas se virar para mim
— Não hay tiempo - eu disse enquanto Susana concordava comigo - eu vou avisá-los - disse com firmeza e minha irmã logo se levantou
— Eu vou com você - ela disse, mas eu protestei contra. Sabina é muito inteligente e intelectual, o que nos ajuda em várias situações precisas, em compensação ela é lerda de mais para atividades de correr, até que estava melhor agora por conta dos treinos, mas é melhor guardar a energia para a batalha
— No, No y No, eu sou mais rápida - ela tentou argumentar, mas eu fui firme - Sabes que no é boa corriendo, guarda tu fôlego para a batalha - eu estava vendo a hora em que eu iria simplesmente parar de falar português(inglês) e focar no espanhol de tão nervosa que eu estou. Ela pareceu se convencer e então veio me dar um abraço com algumas lágrimas, me dirigi até o início da floresta, olhei para trás sentindo o vento bater contra meus cabelos e virei-me para correr floresta adentro. Eu comecei a correr o mais rápido que eu podia até parar para olhar onde estava, as árvores estavam altas de mais eu mal podia enxergar entre elas, comecei a me desesperar pensando que iria ficar perdida ali no meio da floresta de madrugada
— Paola - escutei uma voz calma sussurrar meu nome. Assustada olhei em volta por todos os cantos, mas não havia ninguém ali além de mim - siga-me - a voz disse, um amontoado de folhas que estava no chão de repente se levantou com uma brisa formando uma mulher
— As árvores ouvem - lembrei da fala de Lúcia. Se elas ouvem, elas estão vivas! A mulher se desfez formando um caminho com a brisa, ela começava a ir cada vez mais rápido conforme o caminho e eu acompanhava sem nenhuma dificuldade. De longe comecei a ver uns pontinhos bem fracos de luz, as folhinhas me guiaram até uma cabana onde eu já sabia ser a de Ed e Pedro, entrei com tudo dentro da cama já indo acordar o loiro - Pedro! Pedro, acorda Pedro! - ele então levantou de supetão assustado, Edmundo do outro lado levantava confuso
— Lola - ela suspirou de alívio, mas logo me olhou em confusão - o que foi? O que vocêtá fazendo aqui? - quando eu ia começar a falar, a realidade se chocou contra mim com uma força imensa me fazendo baixar o olhar para compreender. Aslam estava morto. Meus olhos mais uma vez enxeram-se de lágrimas, levantei o olhar para Pedro com o queixo trêmulo
— Lola o que foi?! - Edmundo disse se levantando e vindo para meu lado
— É o Aslam. Ele se foi - eu disse com pesar abraçando Edmundo, lentamente senti seus braços rodearem meu corpo. Eu não via o rosto deles, mas com certeza ou estavam em choque, ou já estavam com as feições tristes
Autora P.O.V
Após relatar sobre a triste notícia de óbito, os três foram constatar Oreius para que eles se reunissem na cabana e discutissem os próximos passos que fariam. Chegando na cabana, Pedro ainda a adentrou para verificar se o leão não estava ali apenas dormindo, ele não conseguia acreditar que Aslam tinha ido. Suspirou trêmulo e logo tornou ao lado de fora onde os outros aguardavam, se apoiou na mesa aonde Paola mexia em alguns soldadinhos, ali em cima estava um mapa do lugar da batalha e os soldadinhos que os representavam, precisavam preparar uma estratégia, mas a cabeça viajava para todos os lugares e pensamentos, o medo invadia seu coração e Edmundo notou
— Você terá que nos liderar - ele falou tentando transmitir confiança para o mais velho, que o encarava - Pedro, há um exército lá fora pronto para segui-lo
— Eu não posso - respondeu Pedro nervoso, com a pitada de medo transparecendo desviando o olhar
— Aslam acreditava que podia - Edmundo retrucou prontamente - e eu também - um silêncio se instalou apenas para ser quebrado por Paola que queria falar algo que ajudasse a séculos, ou melhor, desde que aquela conversa havia começado
— Se um de nós aqui é capaz de liderar algo, e principalmente essa batalha, essa pessoa com certeza é você, - ela disse com carinho, mas sua expressão era séria, então para aliviar um pouco o clima tenso ela lhe deu um sorrisinho dizendo - cunhadinho - Pedro e Edmundo riram nasalmente com o apelido. O loiro sorria para os dois, e agora, parecia mais confiante e determinado
— O exército da feiticeira está se aproximando, senhor - as expressões risonhas logo se tornaram sérias novamente - quais são as suas ordens? - Pedro voltou seu olhar para o mapa em sua frente analisando todas as estratégias e possibilidades que tinham, seus olhos se moviam tão rapidamente que Paola se perguntava se ele já não sentia náuseas, até que então sem tirar os olhos do mapa declarou
— Tenho uma ideia - Edmundo e Paola se olharam com sorrisinhos, estavam nervosos é claro, mas estavam felizes por terem pelo menos uma estratégia contra a feiticeira má - nós chegaremos primeiro, e então... - após contar a estratégia Pedro foi explicar ao resto do exército para que pudessem se preparar. Edmundo e Paola treinavam espada, um contra o outro
— E eu te peguei de novo - disse Ed após arrancar agilmente a espada de sua amiga - qual é Lola, você está nas nuvens. O que se passa nessa cabecinha, hum? - ele perguntou tocando o fino dedo indicador na testa da menor que sorrio com o ato antes de se sentar na grama olhando o horizonte, sendo seguida por Edmundo. Por uns segundos os dois ficaram ali só apreciando o silêncio e calmaria, estavam um pouco afastados do acampamento, então mal escutavam os preparativos para o dia
— Eu nunca pensei que no auge dos meus 9, quase 10, años - eles riram um pouco com a fala - eu estaría me preparando para ir a una batalha, sabe? Onde realmente é tudo ou nada, onde eu posso perder mi hermana, mis amigos e até eu posso... - de repente a garota sentiu o ar se esvair de seus pulmões só em pensar em todas aquelas possibilidades, uma aflição enorme lhe atingia, levando consigo todo ar de seu pequeno par de pulmões. Edmundo vendo a menina aflita, segurou a mão da menor fazendo com que ela lhe olhasse e disse
— Pedro estará lá para nos proteger, e Susana, Sabina e Lucia vão ficar bem. Tenho certeza que quando chegarem ainda nos ajudarão a vencer essa batalha, e se você precisar eu vou estar lá, porque você esteve lá por mim todo esse tempo - o menino de cabelos negros finalizou, conseguindo acalmar a pequena amiga que lhe deu um abraço apertado em agradecimento. Logo o casal de amigos foi interrompido por um Pedro preocupado mas tentando transparecer confiante, a atenção dos dois logo se fixou no loiro
— Está na hora
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Notas Finais:
1 - Uns queridos o Ed e a Lola né? Aslam foi de comes e bebes e a batalha já está batendo na porta uiui
2 - Vocês estão tão ansiosos como eu? Mds do céu!!!