BOSSA NOVA, James Potter + Regulus Black.

1❜ The Hannibal is on loose

PRÓLOGO & EPÍGRAFE.

"Eu gostaria ver quem você realmente é. Não apenas a versão que você acha que eu gostaria.
Mesmo que testar meu sangue, para você, signifique: "Eu te amo"".

DARKFIC; Antes, (TW) !
BOSTON, UNITED STATES, AMERICA.

"Tem certeza? Aposto que você vai estar perdendo seu tempo, ele é o prisioneiro mais rebelde. Adolescente de merda, um dos piores." Ela perguntou ao estranho enquanto girava as chaves. "Me admira que tenha se formado em medicina aos dezessete."

"Ah, sim." O homem respondeu. Sua voz era quente como uma lareira e convidativa. "Tenho certeza, obrigado. Então, é aqui que vocês...O mantém?"

  A mulher bufou, seus saltos chegando rigorosamente perto. "Não, em circunstancias normais ele costuma estar solto no pátio com todos os outros pacientes, acontece que semana passada esse garoto foi pegue após um descuido. Ele roubou uma seringa e tentou drogar uma guarda, mas acabou sendo entregue por um outro paciente. Não encontramos a seringa mas, segundo a revista, ele não está mais com ela."

"Entendo." O homem soa pensativo, ao invés de preocupado ou assustado. "Desculpe, mas, o que você sabe sobre a condição do garoto?"

"Tudo que preciso saber." Ela soou fria. "Ele está aqui desde os quinze e sempre nos deu trabalho. "

"Tem certeza de que sabe tudo o que precisa?"

"Ele tem tendencias psicóticas. Cometeu canibalismo mas a família conseguiu um mandato para interná-lo em uma clínica de alta proteção, depois o abandonou. E agora eu, que me formei nessa merda de profissão, tenho que cuidar de um idiota de dezenove anos." Regulus escutou o chacoalhar de chaves. "Agora, preciso vê-lo antes de você, espere aí."

  Os saltos de veludo estalando no piso de pedra. Ela girou as chaves, primeiro a grade de ferro rangeu e depois a pesada porta de aço que costuma impedir a luz de entrar. Aquele lugar, consumido pela escuridão, era chamado de Pesadelo Vazio pelos demais pacientes. Todos tinham medo de serem jogados na cela solitária no escuro por dias, mas Regulus esteve tantas vezes ali nos últimos quatro anos que já não estranhava a falta de calor e luz.

"Black, está aí?"

"Aonde você queria que eu estivesse?" Ele questionou, e quando a porta foi aberta revelou-se sua imagem.

  Sentado sobre o chão, ao lado do colchão velho, Regulus estava. Sua aparência extremamente pálida e magra indicava os dias presos ali, ou os anos longe da presença célebre do sol. Seus cachos pretos não eram longos, e caíam como ondas em uma franja para cobrir suas olheiras, presentes ali apenas pela falta de melatonina, pois dormir era o que ele fazia a maior parte do tempo sob efeito de medicamentos obrigatórios. O observando assim você pode dizer que Regulus está em seus últimos anos de vida, e ainda sim, continua sendo um elegante rapaz de tonalidade atraente. Era isso que pegava as pessoas, sua atraente estranheza.

"Acho que você não está em uma situação exatamente de debochar. Se eu fosse você, eu começaria a rever minhas ações. Não que algum dia você vá sair daqui, mas quem sabe você para de mofar nessa cela seu merdi-"

  Regulus franziu o cenho quando a mulher foi derrubada em sua frente e o barulho estridente zumbiu em seu ouvido. Seus olhos se arregalando quando percebeu o sangue que havia sujado com respingos brutais, até mesmo a ele.

"Cala a boca, puta." A voz do estranho veio acompanhada de um desengatilhar. Regulus se inclinou para frente, engatilhando na direção da luz que o obrigou a apertar a visão, até que aquela voz tivesse ganhe um rosto familiar.