Nos sentamos e ficamos jogando conversa fora ali mesmo. Com o tempo e com "papo vai e papo vem", a conversa desenrolou até algo ou alguém deitou sua cabeça sobre meu ombro. Era Gon, que fofinho.
- Mas que folga, hein?- apontou para o Gon
-É. - peguei a vara de pesca e entreguei ao Killua - Leva isso e eu levo o Gon!
Peguei o Gon no colo e ajeitei ele para não cair. Passei seus braços pelo meu ombro para me equilibrar. No mesmo instante, ele me abraçou em um aperto um pouco forte.
- É um bebezão mesmo.- debochou
- Quieto, Killua! Você vai acordá-lo. - me virei e andei em direção a porta, seguida pelo Killua bem atrás - Pode abrir aqui, fazendo favor?- sussurrei
- Tá' madame! Eu abro...- veio até a porta e abriu
- Brigada'!- passei pela porta
Assim que passamos pela porta, continuamos andando e entre nós, rolava' até um silêncio agradável. Mas eu precisava perguntar, estava na ponta da língua. O bom que ele me poupou da dificuldade de perguntá-lo.
- Tem algo te incomodando?- olhou para mim
- Tem...- arfei - É sobre o que aconteceu hoje de manhã. - ele gesticulou para continuar - O que foi aquilo? Eu fiz algo de errado?
- Não. - respondeu seco - Aquilo não foi nada. Esqueça!
- Hum...- olhei para baixo
- Por que você é tão insegura assim?- voltei meu olhar para ele
- Eu criei um cenário em mim cabeça...- olhei para baixo pensativa - De que eu não posso cometer erros. - olhei para o outro lado - Com o tempo, isso se agravou e fez eu ter essa insegurança. Então, quando eu erro ou vejo algo que saiu fora do controle, eu tenho a sensação de estar cometendo um erro.
- Entendi...- ele parecia pensativo - Você... Tem algum trauma? - eu olhei para ele e mordi o meu lábio inferior - Você tem tantas crises... Isso é originário de um trauma?
- Eu...- fui interrompida
- Tá' tudo bem.- ele sorriu reconfortante - Não precisa responder agora. Sua feição já entrega. - desviou o olhar
Voltei olhar para frente e eu me senti aliviada. Acho que por ele ter vivido em uma família totalmente tóxica, ele sabe bem como dói carregar um trauma. É claro que os traumas dele são piores do que o meu, mas não muda o fato que dói.
Continuamos andar até achar um quarto vazio- o que não era muito difícil. Quando achamos, era um quarto com duas camas e um ventilador de teto. Até que saímos no lucro, afinal da última vez a gente teve que dormir em um colchão no chão.
Entrei no quarto e coloquei o Gon na cama. Soltei seus braços do meu pescoço e peguei a coberta, assim o tampando. Ele se virou para o lado esquerdo na posição fetal. Se parecia com um bebezinho.
- Que fofo...- olhei para o Killua e disse: - O que você está fazendo, Killua?
- Vou fazer um bigode na cara do Gon. - sorriu descaradamente, enquanto quase passava a canetinha preta na cara do Gon
- Onde você pegou essa canetinha?- cruzei os braços e comecei bater o pé
- Se eu disser que peguei ela na sua apostila, você vai me matar?- se levantou e colocou as mãos - com canetinha - atrás das das costas e mordeu seu lábio, enquanto me olhava com deboche
- Talvez...- ele me olhou confuso e me perguntou:" Talvez?" com deboche - Isso é só uma brincadeira ou só ciúmes? - sorri com o " xeque-mate " que eu dei
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~Me desculpa...-(Imagine Killua)
Fanfic"-... - S/N enviou a mensagem,mesmo sabendo que iria ser rastreada daquela forma -S/N...?- Killua já apreensivo respondeu:- Aonde é que você está? -Não posso dizer.... -Então,por que você respondeu? -Eu...-não conseguiu pensar numa forma melhor de r...