14. Dívida de honra

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           A conversa continuou leve na mesa, apesar do sofrimento de Nop. Enquanto ele não visse Vegas não iria se acalmar. E o chefe não tinha descido para o café ainda. 

         Entretanto, quando o homem chegou, sua expressão nada dizia e diferente do que Nop imaginava, ele não se acalmou,  mesmo quando o viu se aproximar de Sky e sorrindo,  bagunçar seus cabelos como faz com Porchay e Macau.

          -    Dormiu bem, caçulinha?

          -    Dormi, sim,  Vegas. Nop dormiu comigo. 

          A alegria do rapaz aumentou o sorriso do patrão,  que se virou para ele com uma expressão desconhecida.

           -    Ei, Nop, bom dia! Desculpe tudo. Espero que ter seu irmão livre o ajude a me perdoar.

         -    Vegas, fala logo para o rapaz a novidade. Não vê que ele está ansioso, meu amor? Coloque-se no lugar dele.

         -    Bom dia, Nop. Dormiu?

          -    Bom dia, Vegas. Dormi um pouco.  Ainda não acredito que  ele está aqui. Ele vai servir aqui ou na casa de Kinn?

          -    Servir a quem? Sky está livre. Eu lhe prometi entregar seu irmão e o fiz.

         -    Sim. Eu agradeço. Mas temos que falar da minha dívida. Faço questão de pagar.

        -    Eu também. Agradecer é pouco,  khun Vegas.   -  Sky se intrometeu na conversa e sua voz conquistou novos sorrisos de Pete e Vegas.

         -    Vou lhe fazer uma pergunta : Nop,  quanto você me cobrou para proteger Macau do meu pai assassino?

          -   Nada!  Era uma questão de humanidade. Eu salvaria qualquer um.

        -    Pois é a mesma coisa. A vida de Sky vale tanto quanto a de Macau. Então se você salvou meu irmão de graça, eu fiz o mesmo pelo seu. Estamos entendidos?

          -   Obri...

          -   Eu não quero ouvir nenhum agradecimento. 

         -    Isso mesmo. Sky é nosso novo bebê. Ele já fez todos os exames necessários, Nop e está vendo um psicólogo. Vegas e eu queremos que vocês dois estejam bem.

        Pete levantou-se de seu lugar  e abraçou Nop.

       -    Você sabe que Macau é como meu filho e quando o salvou daquele demônio, também fiquei em dívida com você. 

         -    Eu sei,  mas um milhão...

         -    Nós o recuperamos em algumas  horas, Nop. Fique em paz.

         -    Nop, agora eu vou entender se você quiser ir. Vamos sentir sua falta, mas você é livre para fazer o que quiser...

(...)

         -   Vegas, Porsche convidou Big e Nop para serem chefes dos seus guarda-costas... Eu apoiei  e ainda vamos ver Sky e cuidar dele... Se Nop aceitar, claro.    -   Pete comunicou o marido, enquanto se servia de mais chá.

          Nop não sabia. Estava tão imerso na volta do irmão que mesmo vendo Big ali, abraçado a ele,  não tinha pensado no impasse que estavam.

          Mesmo que não exista uma pendência  financeira, existe uma dívida de gratidão.  Como vai ser isso? E ir para a casa dos Kittisawasd era compensador e ainda estaria ligado a Vegas. Eles eram mais que empregados e patrão, não era?

Missão  de Ano Novo    #BigNopOnde histórias criam vida. Descubra agora