3. Operação Ano Novo

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          Big abriu o código discretamente no celular de trabalho e viu que era uma ordem vinda direto de Kinn. Ninguém tinha acessado e tão logo ele clicou na opção "fim da leitura", a mensagem se apagou. Instantes depois o valor pelo trabalho extra foi notificado pelo aplicativo do banco.

           Era uma ordem especial e um tanto perigosa.  Não no que se refere à segurança pessoal, mas ao processo de adequação da família.

             Mesmo tendo passado meses alheio  a tudo e depois passado outro tempo, tão longo quanto, em reabilitação, Big agora já entendia a dinâmica Theerapanyakul. Em intimidade agora eles eram uma família só, nos negócios eram três.  Na família maior Kinn e khun Khorn dividem a administração, na segunda Porsche administra com maestria, tendo já recuperado tudo que era do pai e na terceira, Pete e Vegas cuidam de tudo. O poder dos Theerapanyakul e Kittisawasd sendo agora maior. Todos os negócios escusos de Gun Theerapanyakul foram dissolvidos e o filho já é visto como um administrador e empresário muitíssimo superior ao pai. 

     Entretanto, parece que Kinn não acredita muito na nova organização familiar e conta com Big para  fazer uma investigação. Diferente de outras, essa não é de invasão, é de aproximação. Aproveitando-se da amizade entre as famílias e seus guarda-costas, ele pede para que o subalterno se achegue ao segundo chefe da guarda  de Vegas, Nop.  Big, que por causa dos cuidados de  Porsche,  quase não pode trabalhar, aceita a nova missão.

         Quando todos estavam comemorando a passagem de um novo ano, Big se aproximou do homem de confiança de Vegas e Pete. O sorriso e o brinde. Parar ao lado, dizer desejos menos generalizados e com isso chamar a atenção do homem que ele não sabia ser tão belo e educado.  Quase  receptivo. 

        Nop sorriu simpático para o homem de confiança de Kinn. Sua missão ia ser bem mais fácil  tendo que se aproximar de alguém tão educado e cortês. O belo homem não parece  em nada alguém que passou meses acamado. E visto de perto sua pele faz inveja ao pêssego  mais premiado de qualquer fazenda de cultive o suculento fruto. Seu sorriso é uma música nobre, daquelas que khun Pete ouve quando pinta.  Seus lábios são um convite, uma afronta para sua libido sem uso. E seu andar? Ele ginga leve, provocante, uma promessa indevida... 

           É. Khun Vegas não disse quais armas usar para conseguir  descobrir se khun Kinn estava mesmo pronto a respeitar o novo formato familiar ou se ele trairia o pai, quando khun Khorn fosse só uma fotografia no altar da família.  Ele só não pode matar o belo homem.

          " A missão acabou de ganhar contornos bem especiais." Era o pensamento de Nop. E  o pensamento de Big não diferia em nada. 

(...)

           Conversaram um pouco, sendo interrompidos de quando em quando por algum de seus homens. Riram de alguns que por estarem de folga, acabaram de fogo, trocando os passos trôpegos pela residência.

           Arm e Pol cantavam pelas cercanias, sendo seguidos por Gun e Off, que por fazerem parte dos novatos têm obrigação de cuidar dos veteranos nos dias de festas. Tucci e Tuffi conversam discretamente com P'Chan e Rox.

            Todos partilham a alegria de uma nova promessa de paz dessa nova união.

            - Khun Vegas disse que você ficou em coma como ele, pī Big. Você  ouvia tudo?

             -  Nos primeiros nove meses não ouvia nada. Depois ouvia sim...

             -  Você dormiu por um ano? E khun Khorn pagou tudo? Seus remédios e direitos?

Missão  de Ano Novo    #BigNopOnde histórias criam vida. Descubra agora