30 - ELE

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AMANDA NARRANDO:

Tenho me sentido tão vulnerável nos últimos dias se passou 1 semana desde que anunciamos a gravidez, de lá pra cá tenho recebido muito amor, mas muitos ataques também, diferente do que pensei, não perdi nenhum patrocínio, na verdade eu e Antônio até ganhamos mais trabalhos juntos, no fundo acredito que as pessoas sempre viram amor verdadeiro entre nós.
O único problema tem sido alguns fãs radicais que não aceitam, isso tem me deixado com medo, mas Antônio tem se mostrado ainda melhor do que eu poderia imaginar, ele me ama, cuida de mim, me protege, as vezes me irrita tanto cuidado mas eu entendo.

- Amor, tá pronta? ( Perguntou ele)
- Tô sim amor ( hoje tenho médico, ver como tá o bebê)
- Hoje vamos ver nosso bebê, pena que ainda é cedo pra ver o sexo.
- Nem me fale, tô tão ansiosa, mas eu acho que é menino e você?
- Uma menina né, pra mim mimar igual faço com a mãe dela.

Chegamos no médico, ouvimos o coração, que emoção, Antônio chorou mais que eu, graças a Deus tudo certo com nosso pacotinho de amor.

Saímos de lá e fomos almoçar, via algumas pessoas acenando de longe, algumas tirando foto, mas o que me deixou intrigada, foi um rapaz que me olhava de longe, e que seguia eu e Antônio com os olhos.

- Amor tô incomodada
- Com o que princesa?
- Com aquele rapaz que está sentado lá trás do lado esquerdo, olha disfarçadamente.
- amor não deve ser nada e não se esqueça eu tô aqui pra proteger vocês.

Respirei fundo tentei não pensar nisso, Antônio empenhado começou a fazer piada.

- Amor vamos colocar o nome de Crocs no bebê que tal? Falou rindo
- Amor prefiro que se chame pantufa

Caímos na gargalhada, assim que começamos a rir aquele rapaz se aproximou, com muita raiva jogou a mesa em que estávamos pra cima.

- sua vadia ( disse ele)

Antônio foi pra cima dele, batia sem parar.

- Antônio para por favor, amor para ( ele parou e veio me abraçar)
- Vadia, falava o moço, como ousa trair o Luan
- Eu nunca tive nada com Luan, ele já está namorando ( falei chorando)

Os seguranças chegaram e tiraram o rapaz, eu não parava de tremer e Antônio tentava me acalmar.

- Amor calma, você se machucou?
- Não Antônio ( Tava muito nervosa)
- Vem amor, vamos pra casa ( falou Antônio me abraçando)

Entramos no carro, não conseguia falar, até que Antônio falou:

- Eu sou um problema pra você e nosso filho
- Não fala isso por favor
- É verdade amor ( falou ele com os olhos lacrimejados)

Ficou um silêncio, chegamos em casa, Antônio não me olhava nos olhos.

- Antônio, olha pra mim
Ele demorou, mas me olhou
- Antônio eu não trocaria você e o que temos por nada, você é meu amor, minha vida.
- Me perdoa, eu morro se acontecer alguma coisa com você e nosso filho.

Peguei a mão dele coloquei na minha barriga.

- estamos bem e precisamos de você.

Fomos deitar no sofá, segurei a mão dele, ele estava tendo uma crise de ansiedade.

- Respira amor, pensa no nosso bebê aqui com a gente, lindo completando nossa família.
- você é a realização de tudo que eu sempre quis, falou ele me olhando.
- Vai ficar tudo bem.
- Vai sim, vou fazer o que tiver que fazer pra que você fique segura.

Adormecemos no sofá, quando acordei já era início da noite, eu tava sentindo muita falta de trabalhar, a clínica estava sendo um sucesso, a realização de um sonho pessoal.
Antônio tava na cozinha, fazendo janta.

- Acordou dorminhoca ( falou Antônio)
- Amor o que você tá fazendo?
- Macarrão ao molho branco
- Hummm, delícia.
- Eu sei que você gosta de tudo que eu faço, faço tudo bem feito né amor ( me olhou com cara de safado)
- Não posso negar amor, você é nota 10 em tudo.

Ele veio e me beijou, aquele beijo que eu sei que tá querendo mais coisa.

- Vamos comer primeiro amor ( falei rindo)
- Tá certa, vamos jantar
- Antônio quero voltar a trabalhar.
- Não comece ( falou ele irritado)
- Amor, eu amo trabalhar
- E o que eu faço se acontecer alguma coisa com você Amanda?
- Não vai acontecer nada
- Você viu o que aconteceu hoje? Quer que eu contrate seguranças pra ficar com você o dia todo?
- Não, sem segurança
- Então não comece, eu já tô me sentindo um lixo por não conseguir evitar esses ataques.

Não falei nada fui até ele e o abracei por trás enquanto ele terminava a janta, seu coração tava acelerado, eu sei que ele tava tentando não ficar nervoso com toda aquela situação de ameaças.

Mas eu preciso trabalhar, não posso ficar todo esse tempo sem trabalhar, eu vou dar um jeito...

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ESTÃO GOSTANDO?

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