38 - E agora?

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AMANDA NARRANDO:

Os dias aqui na fazenda estão sendo maravilhoso, longe de polêmica, só tranquilidade, Caio e Pedro estão me tratando tão bem, tenho dormido muito confesso, mas também tenho visto a rotina do cuidado com os animais, até cozinhar estou.
Pedro é agradável, sempre me elogia, disse que estou uma grávida linda, no momento eu não tenho cabeça pra pensar em relacionamento, mas as vezes penso que deveria ter conhecido ele antes.

O dia tá lindo, vou até a varanda, Pedro vem em seguida, pergunta se pode massagear meus pés, eles estão meio inchados, conversamos sobre os relacionamentos passados, Pedro também foi traído pela ex, passou por um período difícil, eu o entendo, a gente se entende na verdade.

De repente vejo Jurandir o caseiro, ele vem trazer umas laranjas que colheu no pé.

- Dona Amanda, trouxe laranja ( disse ele)
- Jurandir, não precisa me chamar de dona.
- Tudo bem é costume.
- Obrigada pelas laranjas
- Imagina, tem tantas que estou pensando em doar as famílias carentes daqui de perto, vou ver se um moço que estava no portão quer, bem que ele não tem cara de ter necessidade.
- Moço, que moço?
- Um moço bonito, perguntou do Dr Caio
- Ele não pediu pra chamar o Caio( perguntou Pedro)
- Não, ele parecida confuso e triste

Não pode ser Antônio ( pensei)

- Como ele era Jurandir?
- Bonito, alto, reparei em uma tatuagem no joelho.

Nesse momento eu gelei, Antônio tem tatuagem no joelho.

- Onde ele tá Jurandir?

Me levanto e vou até a entrada da fazenda, Pedro vem atrás, de longe eu já vejo o carro do Antônio, aquele Volvo Preto, ele estava dentro do carro, realmente parecia confuso, ele me vê e sai do carro.

- Eu não acredito nisso ( eu falo desacreditada)

Ele não fala nada

- Como você me achou Antonio
- Que saudade ( disse ele baixo)
- Já não falei pra você me esquecer?
- Só se eu morrer Amanda
- O que você quer?
- Podemos conversar sozinhos ( fala ele encarando Pedro)

Pedro se intromete

- Não vou te deixar sozinha
- Eu sou o pai da filha dela seu otário ( fala Antonio irritado)
- O otário que eu saiba é você ( rebate Pedro)

- Calma, Pedro da uns minutinhos pra nós eu já entro ( Falei)
- Qualquer coisa grita ( falou ele entrando pra dentro.

Antônio me olha sério

- Quem é ele?
- Não te importa
- você veio com ele pra fazenda
- Vim com Caio e ele veio depois
- Você é minha Amanda só minha
- Não mais Antônio ( nessa hora senti um nó na garganta)
- Ouve isso ( ele colocou um áudio no celular)

Era Paula simplesmente confessando tudo.

- Como conseguiu isso?
- Não importa como, você queria prova, tá aí.
- Quem me garante que não é armação isso
- Para com isso, para de me fazer parecer um monstro sem caráter ( disse ele desapontado)
- Antônio eu tô tentando assimilar isso, ainda estou muito chateada.
- Eu sei, mas tenta confiar em mim ( disse ele se aproximando)
- Preciso de tempo
- Que saudade ( disse ele, se aproximando e colocando a mão na minha barriga)
- Antônio
- Não estou fazendo nada, só matando a saudade da minha filha ( nisso ele me puxa pra junto do seu corpo)

- Antônio ( era tudo que eu conseguia dizer)
- Não fala nada, só me deixa matar a saudade de vocês, os amores da minha vida, Amanda eu não vou desistir da gente, eu sou lutador não se esqueça ( ele segura meu rosto com as duas mão, beija a minha boca de forma delicada, sinto meu corpo se arrepiar, mas me afasto)
- Para com isso Antônio, eu preciso pensar

- É por causa desse Pedro ( pergunta ele irritado)
- Para com isso.

Caio aparece.

- Amiga tá tudo bem? Achei que estava demorando
- Tudo bem amigo, fique tranquilo
- Eu vim te buscar ( fala Antônio)
- Eu não vou com você Antônio
- Então eu também não vou, tem lugar pra mim Caio? ( Fala ele cara de pau)
- Antônio não ( falei irritada, eu tava confusa e se esse áudio for uma mentira).
- Tudo bem eu durmo no carro ( disse ele)
- Então durma, falei entrando pra dentro e deixando ele lá, duvido que não vá embora.

Entrando em casa.

- Amiga como ele descobriu que você tava aqui ( pergunta caio)
- Não sei amigo, quem poderia passar o endereço
- Veio pra atrapalhar tudo ( fala Pedro)
- Não vamos estragar o fim do dia ( falei)

Fomos para a cozinha, Caio iria fazer uma costelinha para a Janta e eu fiquei responsável pela salada, começou a escurecer, olhei na entrada o carro de Antônio ainda estava no portão, tentei não ligar pra isso, mas eu me importava, a noite faz muito frio aqui.
Terminamos a janta, comemos, jogamos xadrez, estava me esforçando pra não lembrar de Antônio.
Resolvi ir deitar, fui para meu quarto, da janela eu via o carro no portão, liguei pra Antônio:

- Vai embora Antônio
- Sem você eu não vou ( falou ele)
- Você vai congelar aí
- Meu carro tem aquecedor
- Faça o que quiser então.

Me deitei, rolava de um lado pro outro e não dormia, já era tarde os meninos tinham dormido, quer saber vou lá no carro mandar ele embora e me deixar em paz.

Fui até o carro, entrei no carro, ele levou um Susto:

- Amanda, você aqui ( falou ele)
- Vai embora Antônio,
- Sem você não vou ( falou ele)
- O que você quer?
- Que você acredite em mim, que não acabe com nossa família.
- Antônio, para com isso

Ele se aproximou, pegou no meu rosto e me beijou, eu não resisti o beijei de volta, a paixão, o desejo, tudo estava alí, ainda estava alí.

- Eu te amo ( disse ele).
- Não faz isso
- Amanda, não existe ninguém além de você, você é minha vida.
- Você vai postar esse áudio da Paula?
- Vou sim, chega dessa mentira

Não resisti o beijei, meu homem, pai da minha filha.

- Preciso arrumar minha coisas pra ir embora
- Eu espero, eu sempre vou te esperar ( Disse ele)
- Tá chovendo muito, vou esperar um pouco

Passamos para o banco de trás do carro, deitei no peito do Antônio e ali adormeci...



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