43 - Socorro

635 37 3
                                    

ANTÔNIO NARRANDO:

Ouço Paula e o cara doente conversando pediram o dinheiro e querem que entreguem no museu do amanhã ao 12:00, meu Deus espero que Amanda não vá até esse lugar, preciso dar um jeito de sair daqui, Paula tirou minha venda, estou em um lugar que parece uma oficina, tem alguns carros desmontados, tô com fome, mas Paula está com raiva de mim no momento e eu não sei o porque.

Ela se aproxima, pega no meu rosto.

- Se acostume, você agora é meu
- Paula como vocês vão pegar o dinheiro e me manter preso? ( Pergunto)
- Não se preocupe meu bem, vamos ter o dinheiro e você.

Paula se afasta, ouço ela ao telefone:

- Cala a boca, ninguém toca nele ( ouço ela falando brava)

Eu tinha a impressão que o cara que estava com ela não gostava nem um pouco de mim.
Olhei ao meu redor, vi uma janela quebrada, aí se eu conseguisse me soltar e ir até essa janela, faço força tento me desamarrar, mas não consigo.
Acabo pegando no sono, quando acordo, já amanheceu, vejo pela janela que o dia está claro.

- Vamos ligar pra sua querida? ( Fala Paula irônica)
- Já conseguiu o dinheiro ( fala ela ao telefone)
- Ótimo, ao 12:00 quero que você leve o dinheiro.

Paula desliga o telefone, não acredito que ela quer que Amanda faça isso, qual o plano dela, passa algumas horas até que vem o homem que está com Paula.

- Vamos seu otário ( fala ele)
- Onde vamos? ( Pergunto)
- Não é da sua conta ( fala ele me dando um soco na barriga)
- O que você tá fazendo, já falei que não é pra machucar ele ( fala Paula)
- Ele não é lutador, aguenta dor ( fala o homem rindo).

Me colocam em uma Van, tampam meus olhos e logo em seguida saímos do local, durante o caminho, Paula liga pra Amanda dando orientações de como deve levar o dinheiro.

- Sua mulherzinha quer dar ordem ( fala Paula pra mim)
- Deixe Amanda fora disso ( falo)
- Acredita que ela falou que só vai dar o dinheiro assim que te ver lá, ela não aceita que agora você é meu.

Chegamos no museu, tiram minha venda, olho longe e vejo Amanda, sozinha, aquilo me dá um frio na minha espinha.
Meu Deus preciso fazer alguma coisa, não posso deixar ela correr esse risco.
Vejo que tem alguns rostos conhecidos pelo pátio do museu, Paula e o homem, acham que são visitantes comuns, mas eu sei que são policiais amigos do dindinho, então eu só preciso correr, antes que Amanda se aproxime, e mesmo amarrado, eu sei que consigo derrubar esse cara.

Vejo Amanda andando em nossa direção, meu Deus o que essa mulher está pensando.
Em um impulso, empurro com força o homem e corro com toda força que tenho, antes que pudesse chegar perto de amanda e os policiais, sinto uma pressão forte na perna, fui atingido por um tiro, quando olho, era Paula.
Eu caio no chão, mas aí os policiais já se revelaram e pegaram suas armas, eu fico no chão, Amanda corre já chorando.

- Amor, o que você fez ( fala ela desesperada)
- meu amor ( falo já tendo a vista escurecendo)
- Amor, fica comigo, olha pra mim, não fecha olho ( são as últimas palavras que consigo ouvir)

Passou algum tempo, não sei quanto tempo, mas me vejo em um quarto de hospital.

- Amor você acordou ( fala ela emocionada)
- Oi amor, o que aconteceu?
- Você foi sequestrado e baleado, mas já retiraram a bala e você vai ficar bem, só está fraco.
- Eu tive tanto medo que acontecesse algo com você e nossa filha.
- Fica tranquilo estamos bem
- E Paula?
- Paula e o tio dela já estão presos
- Tio?
- Sim, quem fez o sequestro com ela é um tio
- Amor quando vou pra casa.
- Sossega, amanhã te darei alta
- Que médica maravilhosa ( falei e de fato ela é)

Estou tranquilo em saber que Paula foi presa, só quero pensar na minha família no momento...

Docshoe - Depois de tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora