POV: Sarah- Um Latte com 2% de leite, um café normal, sem leite. - Recito meu pedido normal para a coisa bonitinha atrás do balcão da Starbucks.
Ela está fazendo todo o possível para receber minha atenção hoje, deliberadamente empurrando seu quadril para a frente tanto quanto pode antes de atirar em alguém. Eu a agracio com um sorriso torto e luto para conter o seguinte revirar de olhos quando ela ri e cora profusamente. Tão fácil.
É manhã de terça-feira, um dia após a apresentação desastrosa para os pais de Juliette e, devo dizer, estou me sentindo leve como uma pluma e pronta para conquistar o mundo.
Pensei sobre a forma que procederei neste assunto e lembro-me da repetição aguada que meu pai costumava dizer sempre que tentava me motivar a estudar mais para o meu SAT*
"Conhecimento é poder, filha."
De fato, Doutor Andrade, de fato.
É com esta nova revelação que pago pelo pedido, pego o café e digo meu adeus com uma piscadela na direção de Stacey. Aí, isso deveria ser o suficiente para segurá-la até eu voltar.
*SAT (Scholastic Aptitude Test, ou Scholastic Assessment Test): é um exame educacional padronizado nos Estados Unidos, aplicado a estudantes do ensino médio, que serve de critério para admissão nas universidades norteamericanas (semelhante ao ENEM brasileiro, embora as universidades não se baseiem somente nas notas dos alunos para aprová-los).
Faço meu caminho em direção aos escritórios da Amanhecer, uma hora mais cedo para o trabalho. Lembrei-me que Juliette gosta de chegar ao escritório mais cedo e, a julgar pela noite louca que ela teve ontem à noite, eu só posso imaginar que ela estaria fora da sua casa no início da madrugada em uma tentativa de evitar seus pais.
Tomei a decisão na noite passada quando cheguei em casa e fiquei olhando para o teto do meu quarto por horas, contemplando qual seria meu próximo passo. E, uma vez que fiz minha decisão, eu dormi como um bebê.
Veja você, apenas como qualquer outra mulher por aí, estou dando pérolas para senhoras, então, escute-me, eu odeio confrontos. Eu evitarei isso a qualquer custo. Então, em vez de valsar para o escritório da Senhorita Freire esta manhã, revelando tudo que Viviane me disse e depois pavoneando-me como a vencedora que eu planejo ser, estou tomando outro curso de ação; um que certamente compensará mais tarde. Conhecimento é poder, baby.
Dez minutos mais tarde, estou entrando na área de recepção da Amanhecer, café na mão e um sorriso no rosto. Estendo a mão para a porta do escritório da Senhorita Freire e vejo uma luz queimando lá dentro. Bem, adivinha quem está aqui?
Eu bato e giro a maçaneta para entrar sem esperar pela resposta. Entro em seu escritório para encontrá-la inclinada sobre o seu laptop; óculos empoleirado no seu nariz parecendo toda como a fantasia-sexy-da-bibliotecária, e o cabelo puxado para trás. Adeus vestido casual da menina-mulher de ontem à noite, e olá poderosa chefe explosiva de terninho cinza granada. Sua cabeça levanta e seus olhos caem sobre os meus com um começo.
- Bom dia. - Eu sorrio amplamente e faço meu caminho em direção à sua mesa.
Ela parece desgrenhada por um momento, como se estivesse tentando me entender, e então vejo seus olhos clarearem e recebo um pequeno sorriso. Seus sorrisos estão ficando melhores, eu noto, menos forçados.
- Bom dia. - Ela responde brilhantemente e então seus olhos caem no café na minha mão.
- Latte? - Eu ofereço, colocando o café na sua mesa em frente a ela.
- Dois por cento? - Ela pergunta conhecedoramente e me dá um olhar brincalhão, o que me pega de surpresa por um momento.
Bem, merda, isso foi inesperado.
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A proposta
FanfictionExiste apenas uma pessoa na terra que Sarah Andrade odeia, e esta é a sua chefe... Juliette Freire. Ela é fria. Ela é cruel e incapaz de emoção humana e, para maior frustração de Sarah, a mulher mais quente andando na face do planeta.