Existe apenas uma pessoa na terra que Sarah Andrade odeia, e esta é a sua chefe... Juliette Freire. Ela é fria. Ela é cruel e incapaz de emoção humana e, para maior frustração de Sarah, a mulher mais quente andando na face do planeta.
Dizer que eu tenho evitado Sarah Andrade pelo último par de dias seria o eufemismo do século!
Eu estive evitando e adiando cada situação possível onde Sarah e eu precisássemos estar no mesmo código postal, quanto mais no mesmo cômodo.
Na quinta-feira de manhã, depois da noite anterior, quando Sarah tão eloquentemente informou-me que ela sabia... sobre mim... e... bem, você sabe? Eu me levantei antes mesmo que o relógio interno de Lourival pudesse acordá-lo, tomei banho e me vesti silenciosamente e escapei da minha casa que estava lentamente começando a se tornar a minha prisão.
A mortificação de perceber que Sarah estava acordada durante a minha introdução ao mundo maravilhoso das habilidades sexuais de Sarah Andrade estava corroendo meus nervos.
Só de pensar que ela estava acordada e ciente do fato que eu estava usando sua perna e, finalmente, sua mão enquanto me contorcia e gemia e implorava... ugh...
Mate-me. Agora.
Eu estava no escritório às 05hs30min, lutando meu caminho através de toneladas de papéis nos momentos em que eu não estava olhando fixamente para a minha parede, repetindo as palavras da noite anterior. Imaginando o que eu devo ter parecido para Sarah quando gozei... esperando que eu não parecesse uma completa desesperada e louca por sexo.
Saí do escritório pouco antes das 08hs, sabendo que Sarah chegaria atrasada devido à ressaca que ela certamente teria.
Enviei a ela uma porrada de e-mails e tarefas que certamente a manteria ocupada pelos próximos dois dias enquanto eu me escondia dela, lambendo minhas feridas... e ego.
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Eu também enviei uma mensagem do meu número pessoal dizendo que eu passaria a quinta e sexta-feira com os meus pais e que os seus 'serviços' não seriam necessários pelos próximos dois dias.
No final da tarde de quinta-feira, depois de uma longa e desgastante maratona de compras com Fátima, eu recebi uma mensagem de Sarah perguntando se ela deveria dormir na minha casa. Eu rapidamente disse a ela que não seria necessário e que ela não tinha que dormir na minha casa na sexta-feira à noite também.
Eu mantive as mensagens curtas e profissionais, lutando para agarrar as últimas palhas da minha dignidade.
Ela não forçou, ou fez qualquer pergunta, claramente indicando que ela se lembrava da sua admissão da noite anterior e, finalmente, esmagando as minhas esperanças por uma milagrosa amnésia induzida pelo álcool.
Se Fátima e Lourival estavam desconfiados sobre o fato de que eles não tinham visto Sarah na quinta-feira, ou sexta, durante todo o dia, eles não deixaram transparecer... graças a Deus. Eu simplesmente não podia imaginar fabricar qualquer mentira sem que o meu rosto explodisse em chamas que tão regularmente acompanhavam minha aparência nos dias de hoje.
