Eu sempre amei você (EREMIKA)

Vem ser minha

Quando Eren caiu, eu e Armin corremos imediatamente para socorrê-lo enquanto o motorista do ônibus ligava para a ambulância.

- Eren!! Tá me ouvindo?! Eren!!! – eu agarrava seu rosto, desesperada, enquanto Armin verificava os batimentos cardíacos

- Ele tá sem pulsação! – o mesmo desatou a fazer uma massagem cardíaca nele

Alguns minutos que pareceram horas se delongavam e eu vi minha vida passar diante dos meus olhos. Se eu o perdesse ali, me perderia junto. Segurei fortemente sua mão, pedindo ao universo que aquela tortura acabasse.

De repente, Eren voltou a respirar. Armin enfim sentou-se no chão, suado e pálido, o corpo tremendo. Eu não tinha noção de que ele sabia prestar primeiros-socorros e me senti imensamente agradecida por isso. Ficamos junto de Eren até a ambulância chegar.

Assim que a assistência médica chegou, eu insisti para que me deixassem entrar, mas fui impedida. Armin chamou um táxi, entramos e, no caminho para o hospital mais próximo, comecei a processar tudo que tinha acontecido. Voltei a sentir meu coração batendo, mas um enjoo súbito subiu pela garganta e comecei a tremer.

- Calma, Mika. Vai ficar tudo bem. – Armin tentava me ajudar, mas eu fiquei assim durante todo o trajeto

Ao chegarmos ao hospital, a atendente nos informou que Eren estava sendo atendido e nós deveríamos ficar na sala de espera. Novamente, aquele tremor tomou conta do meu corpo e eu tinha certeza que meu coração sairia pela boca dessa vez.

- Moça, você tá com uma crise de pânico, quer que eu chame uma enfermeira? – a atendente foi muito gentil, mas eu não queria nada no momento, estava preocupada apenas com Eren

Armin assentiu apesar de eu dizer que não, e logo uma enfermeira nos encaminhou para outra sala. Tomei um comprimido e fui orientada a respirar fundo várias vezes, até que, aos poucos, comecei a me sentir melhor.

Por favor, que Eren esteja bem.

Por favor, esteja bem, por favor...

- Mikasa. – Armin tocou meu ombro – Vamos voltar pra sala de espera?

Concordei, já estava me sentindo bem, mas a preocupação não deixou de aumentar. Nesse momento em que ficamos esperando, liguei para minha mãe, pedindo que ela avisasse a família de Eren sobre o ocorrido, já que eles continuam sendo vizinhos. Eu não tinha contado a ninguém sobre nosso reencontro, então meus pais ficaram um pouco surpresos, mas felizes.

- Pronto, já avisei. – finalizei a ligação e voltei a conversar com Armin

- Você quer uma água? Posso pegar pra... – o abracei subitamente, ele ficou confuso, mas logo correspondeu

- Você salvou o Eren. Obrigada. – novamente senti algumas lágrimas se formarem em meus olhos

- Na verdade foi ele que me salvou. Vai ficar tudo bem, Mika. Não chora. – eu então o soltei e tentei secar o rosto com as mãos, apesar de ainda estar chorando – Eu não devia ter atravessado a rua naquela hora. Se não fosse por ele... – Armin engoliu em seco e se afastou para servir alguns copos d'água, se continuasse falando iria cair no choro também

Ficamos em silêncio esperando, já tinham se passado duas horas, até que um enfermeiro veio em nossa direção.

- Vocês estão com Eren Jaeger?

- Sim.

- Ele teve uma ferida na cabeça, tivemos que fazer alguns pontos, mas nada muito grave. Também fraturou o braço direito, já fizemos a cirurgia e ele está bem.

- Ah, que bom! – minha tensão finalmente pareceu se esvair do meu corpo

Eren está bem!!

- Você foi de grande ajuda. – o enfermeiro se direcionou a Armin – Se não tivesse prestado os primeiros-socorros, talvez seria tarde demais. – eu e o loiro nos olhamos admirados – Vocês podem vê-lo agora, mas seria importante que ele passasse a noite aqui. Daremos alta amanhã cedo.