O Reinado de Um Ômega • JIKOOK

👑 Fim... Um NOVO ECLIPSE

вσα ℓειтυяα ! 

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Jeon sentia o carinho nos cabelos longos, seu corpo que antes doía, agora não sentia nada. O ômega não queria sair dali, tê-la novamente lhe dando carinho era confortante e amoroso. O som de sua risada, seu cheiro, os olhos doces que o olhavam com tanto carinho.  

"Está difícil sem você, mamãe"  

Disse com a cabeça apoiada sobre a coxa coberta pelo vestido.  

“Não sei liderar como o papai”  

"Tu és um bom rei, teu marido o apoia em tudo também"  

“Park é perfeito, mamãe”  

“Tu tens a garra de seu pai e minha bondade em seu coração, cuidar de todos os ômegas é realmente importante, meu filhote.”  

Park seria um bom rei, cuidaria dos ômegas como Jeon cuidou.  

“Vem, vamos, meu filhote”  

Enquanto para uns era quase uma vida com alguém importante, para outros eram segundos aterrorizantes de agonia e desespero.  

Após ter marcado seu ômega, Park ainda não o sentia. Como viveria sem ele? Como iria cuidar de todo o reino sem ele, como cuidaria do filhote deles e contaria para Sun o que aconteceu.  

— Park, temos de limpá-lo.  

— Vocês não vão tocar nele! — Jimin o puxou para seu corpo. Começou a beijar a marca feita tarde demais.  

Sisa e Chen haviam saído do quarto junto ao filhote.  

— Meu amor, meu rei... — o sussurro era rente a orelha, para que apenas ele escutasse. — Não faça isso, não me deixe, precisamos de você, todos precisamos. — Ele o balançava em seus braços. — Pai, tiraste de mim o amor de minha vida, meu sol, meu rei, meu ômega, por que tamanha punição? O que fizemos para sofrermos assim?  

Ele chorou, agarrado a um último fio de esperança, ele chorou diante de súplicas ao Pai para que ele não levasse o amor de sua vida, o homem por qual se apaixonou perdidamente, o ômega que seu lobo escolheu amar para o resto da vida.  

O que eles teriam feito em suas vidas passadas para pagar agora?  

Nada.

Nada, porque essa era a primeira vida deles como seres humanos/lobos. Não era punição, tampouco raiva, o Pai os havia criado para serem seres de luz, não possuírem carne, músculo, ossos ou sentimentos.  

Lua era para ser somente a Lua  

E Sol somente o Sol 

Mas a partir do momento em que ele os transformou em seres vivos, tudo havia mudado. Nada seria exatamente como antes, nem mesmo as deusas passariam a amar como amaram Lua e Sol.  

Como amaram o eclipse que eles formavam juntos.  

Seria difícil conviver com a perda, mas teriam a alegria de um fruto sincero e puro.  

O Pai, que observava o sofrimento de seu filho, ouviu Chen, a Deusa que havia enviado à terra para cuidar do sol, chorar e berrar aos seus ouvidos perdões e promessas.  

Ouviu ela suplicar de joelhos que voltaria agora se ele devolvesse o sol a lua,  que nunca mais pisaria ou pediria algo a ele contanto que não fosse tão cruel.  

Sisa fazia os mesmos pedidos, pediu que se Pai tivesse misericórdia, não destruísse o reinado de um ômega, não fizeste um alfa tão bom e gentil se tornar alguém frio e impiedoso, devido às suas próprias escolhas egoístas.  

Ambas suplicavam para que ele as levasse e trouxesse o Rei Ômega de volta.   

Pai lamentou diante das lágrimas pesadas.  

Alguns anos depois…  

Park estava sentado no jardim de seu castelo junto a SeokJin, observava seus filhotes brincando, as duas crianças haviam se dado muito bem.  

A filha de SeokJin, agora com seus quatro anos, liderava o pequeno barco de piratas onde Win, filho do Rei Park com o Jeon, era o prisioneiro que andaria na prancha.  

 — Palado ai, lobo! — Ela apontou uma espada feita de papel para o prisioneiro. — Agola terás de andar na plancha!   

— Nunca! Tenho medu de dobaloes — Win respondeu olhando para o garoto.  

— Eu te plotejo! — Ajudou o amigo descer do banquinho. — Não é mais pensioneiro, é amigo do caplitao.  

Os dois comemoraram e voltaram a, segundo eles, procurar por “pensioneiros”.  

— Cadê seu marido?  

— Deve estar dando de mamar, aquela loba come mais que a lobinha ali quando era menor. — Ele devorava as maçãs em suas mãos. — Por que ficamos sempre com a missão de olhar eles? Eu quero poder me sentar contigo e saborear um uísque caro!   

SeokJin sentiu um par de mãos em seu ombro e sorriu.  

— Queres o que, meu amor?  

— Quero brincar com nossos filhos. — Sorriu olhando para o marido.  

— Pensas que me engana! Tu bebeste junto a meu pai não tem nem cinco dias!  

— Com teu pai, não com o rei. Ai! — Havia levado um tapa. — Tu és agressivo demais— falou esfregando o local dolorido.  

— Tu não reclamas na cam-... — SeokJin tampou a boca do ômega com sua própria mão. — Certo, certo. Subam, eu e Jeon cuidamos das crianças. 

— Há uísque em cima de nossa mesa. — Jeon selou os lábios de seu alfa. — Bebam à vontade, NamJoon resolveu pernoitar aqui.  

— Beberei apenas um pouco, não quero que se canse tanto. Nosso filhote é terrível demais.  

— Eu te amo, meu alfa. — Jeon ditou entre os beijos.  

— Eu o amo mais.  

— NamJoon, me dê um beijo, estou ficando com inveja! —  SeokJin o puxou para beijá-lo.  

— Oras… se-…  

— Olha lá, lobinho, seus pais fazendo beijo — Win falou virando o amigo.  

— Eca! Os seus também.  

— Eca! — disseram juntos.  

Sun havia ido morar com os pais de NamJoon, segundo eles, na cidade, ela teria mais oportunidades de aprender mais e ter uma boa vida quando crescer.  

Sun era uma alfa lúpus linda.  

Educada, gentil e amorosa.  

Seus pais, os reis, a criaram muito bem.  

Sobre aquele dia, ninguém havia entendido muito bem, mas...  

Jeon voltou após quase dez minutos morto, ninguém nunca soube explicar o motivo ou como aquilo aconteceu, apenas chamaram de milagre.  

Mas, infelizmente, Sisa e Chen haviam os deixado dois dias depois.  

Passaram por momentos difíceis dos quais superaram juntos, como a boa família que eram. 

E agora, naquele fim de tarde, viveriam todos os momentos juntos ao casal de amigos, mal sabia eles que os próximos destinados eram seus filhos.  

Os frutos de amores puros e sinceros.  

Quatro filhos, quatro destinos ligados, diante de outra realidade viveriam momentos únicos e novos. 

Um novo Eclipse se iniciaria.

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Abbys.escritora