Broken wall - Brulari

Capítulo 2

O som do ambiente adentra nos ouvidos de Bruna e parecia que seus tímpanos explodiram a qualquer momento. Era impressionante a quantidade de pessoas dentro daquela casa, como era possível?

Tinha mesas de bebidas espalhadas por todos os cantos da casa, era impressionante.

Agora, no lado externo dela, escorada no balcão de um mini bar, Bruna observava cada pessoa que por ali passava.

Um homem sem camisa, com uma garrafa de Gin em uma das mãos, e na outra um pato de borracha?

No outro canto uma mulher desmaiada em uma cadeira e ao seu lado inúmeras garrafas de alguma bebida.
Tinha alguns grupos de pessoas dançando, outros com pessoas apenas conversando ou fazendo coisas idiotas que adultos idiotas fazem.

Não era uma coisa estranha de se ver em uma festa, mas ao mesmo tempo era tão aleatório.

Bruna vira o corpo em direção ao barman e o chama com um aceno de mão.

– Pois não? - ele pergunta atenciosamente.

– Qual é a bebida mais forte que tem aqui?

– Tem certeza?

O barman examina Bruna de cima a baixo e arqueia uma sobrancelha.

– Acha que se garante? - diz claramente na tentativa de irritá-la.

– Acha que se garante com a minha mão na sua cara?

É, ele conseguiu o que queria. O Barman dá um sorriso vitorioso, vai até a prateleira de bebidas e pega uma específica.

– Esta daqui é a mais forte que temos. Vai beber?

– Vou.

Ele, então, despeja o líquido em um copo médio e o entrega para Bruna.

– Já vou avisando que é muito forte, então não nos responsabilizamos pelos efeitos que ela lhe causará.

Com sangue nos olhos, ela revira de uma vez o copo com a bebida em sua boca e… Puta que pariu. A bebida desce rasgando sua garganta, é como se deixasse um caminho de fogo por onde passava, seu estômago revirou ao receber o líquido extremamente forte, Bruna poderia jurar que se fosse fraca para bebida, desmaiaria na hora.

O barman a encarou com curiosidade esperando qualquer reação vinda de Bruna, mas ela tentou esconder ao máximo o efeito causado pela bebida. Ao se sentir levemente irritada com o Barman a olhando, ela olha no fundo dos olhos do  homem a sua frente e coloca o copo no balcão.

– Mais uma, por favor.

– Eu não faria isso se fosse você - uma mulher ao seu lado diz, apreciando toda aquela cena.

– O que disse?

Bruna encara a mulher ao seu lado, ela estava escorada no balcão com apenas um braço, seus cabelos cacheados e escuros iam até o ombro, seu olhar era escuro, não dava para ver direito, o ambiente em si estava escuro.

– Eu disse que se fosse você, não faria isso - diz com um sorriso no rosto.

aquele sorriso incomodou Bruna de uma forma surreal.

– E Por que eu deveria ouvir você?

– Porque obviamente está tentando provar pra esse cara - aponta para o barman - que você aguenta mais uma dose dessa bebida aí e, consequentemente, vai cair dura no chão.

desgraçada! quem ela pensa que é?

Bruna cerrou a mandíbula tão forte que jurava que seus ossos poderiam rachar a qualquer momento, ela estava com uma vontade imensa de quebrar o copo na cabeça dela.