Eles já estavam meio perdidos na mata, Lucas ainda meio envergonhado pelo ocorrido.
-A gente tá perto da nossa aldeia, não sei se vão nos aceitar lá, mas- Matheus foi interrompido por Marian - Primeiro, me explica como vocês sobreviveram mais de uma década fora do bunker.- Ordenou Mari e, Lucas olhou para a garota julgando-a para parar de ser grosseira daquele jeito.
-A nevasca poupou um lugar de Paris deixando uma temperatura habitável para os humanos, por algum motivo, mas a chuva e o frio continuam lá.- Kaio disse e, prosseguiu- Vocês, aparentemente são mais sensíveis ao frio, como uma descendência do bunker.- Kaio terminou sua fala e Marian arqueou suas sobrancelhas se perguntando como aquele menino era tão inteligente em meio a um apocalipse.
-Então, a gente viveu quase quatro décadas em um bunker a toa? - Questionou Lucas. -Não, como Kaio disse o povo do bunker são mais sensíveis ao frio - Matheus iria continuar sua fala antes de uma pantera pular em direção á os quatro, mas só acertar Lucas e Laíhs, que estavam no meio.
-Lucas! -Gritou Marian. Kaio não optou em outra opção a não ser matar aquele bicho. -Kaio, não! - Gritou Matheus vendo seu irmão atacando um animal selvagem e em extinção, mas o animal já havia morrido.
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Os jovens já haviam seguido até a aldeia dos três irmãos, levando o animal morto junto, poderia servir de comida.Kaio estava guiando caminho enquanto Matheus estava segurando Lucas e, Marian segurando Laíhs, já que estavam danificados. -Aqui! -exclamou Matheus indicando sua aldeia. O lugar era cheio de cabanas de palha e, uma torre no meio, como um farol. -Onde fica o hospital?- Perguntou Marian. - Hospital? Não - Matheus riu falando. - Aqui não tem hospital, mas uma curandeira boa.- Mari estranhou, mas seguiu Matheus á uma cabana que, aparentemente era sua casa. - Vó?!- Matheus disse quando entrou no lugar.
-Você mora aqui? - perguntou a menina. -Sim, eu moro.- Matheus deu uma pausa.- Se minha vó estranhar suas roupas, deixa que eu explico.- O menino disse botando Lucas em um sofá, Marian fez o mesmo com Laíhs.
-É, minha vó não tá aqui. --Deve ter saído. -Disse Laíhs com dificuldade.- Onde eu tô? - Lucas tinha acordado. - Lu!? - Exclamou Matheus. Lucas sorriu levemente com o apelido.
Matheus olhou para dois lados e, correu para um armário, abrindo-o, pegando um esparadrapo e um pacote com folhas.- Olha, essa aqui arde, mas é a única que melhora.- Lucas se sentou e, Matheus passou a planta nos machucados, seus rostos estavam próximos demais, o que causou um leve arrepio em Lucas. -Aí!- Lucas exclamou fechando os olhos com a dor. - Pronto -Matheus riu falando - Obrigado - Disse Lucas após plantar um beijo na bocheicha de Matheus.Laíhs e Marian viram a cena e se encararam rindo, pensando a mesma coisa. Já Kaio deu um sorriso leve vendo seu irmão ficar vermelho, mas tinha sempre um pé atrás sobre o menino do bunker.
Marian estava limpando as feridas de Laíhs. - Isso é normal? - Perguntou Marian. -O que? - Questionou Laíhs. - Panteras quase matando pessoas. -Laíhs riu com a resposta. - Ás vezes, mas, nós temos comida.- Disse se referindo ao animal. Mari concordou e deu um leve riso.
-Estão falando de Cah e Buka.- Disse em voz alta, mas falando com Laíhs e Matheus. -Quem são esses?- Perguntou Lucas se levantando do sofá.
-O casal que nós matamos ontem á tarde.- Matheus respondeu como se fosse a coisa mais simples do mundo.
Os dois irmãos consentiram, estranhando.
Os jovens concordáram em ficar na cabana essa noite. Já Kaio foi pescar, já que "à noite os peixes estão mais calmos".————————————————————
N/F- -//-

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Amor Metafórico
RomansaEstamos em 2170 e uma nevasca, chuvas fortes e temperaturas baixas são localizadas como furacão no Polo Norte, vindo para Paris, e ocupando o mundo inteiro. Os moradores se enlouquecem antes de descobrirem um bunker embaixo da terra. Pessoas de tod...